O grande legado de Paulo Freire para a educação é que o aluno pudesse participar mais e que esse educação não estivesse aprisionada dentro de uma escola, mas que envolvesse todos os setores da sociedade.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Temas Geradores...
O grande legado de Paulo Freire para a educação é que o aluno pudesse participar mais e que esse educação não estivesse aprisionada dentro de uma escola, mas que envolvesse todos os setores da sociedade.
Postado por Lucele Bolzan às 17:33 2 comentários
Marcadores: DIDÁTICA, MÉTODO PAULO FREIRE, PAULO FREIRE, TEMAS GERADORES
Mestre Paulo Freire!
( Paulo Freire )
Para Freire a educação é um processo de problematização da realidade, do enfrentamento e de questionamentos dos problemas que envolvem o indivíduo, o diálogo com o meio, sobre os desejos, as necessidades, as perspectivas de mudanças, os instrumentos, as dificuldades, as características, os detalhes de um mundo percebido e carente de transformações.
Postado por Lucele Bolzan às 17:26 0 comentários
Marcadores: DIDÁTICA, PAULO FREIRE
Prós e contras da inclusão dos surdos na escola regular
Quando as crianças surdas têm sua iniciação escolar com um professor também surdo, as possibilidades de sucesso deste indivíduo são muito maiores do que daquelas crianças que são falsamente incluídas em escolas normais inclusivas, pois terá neste profissional um marco referencial de que ser surdo não limita e tampouco desqualifica qualquer pessoa.
Postado por Lucele Bolzan às 17:03 0 comentários
Marcadores: EDUCAÇÃO DE SURDOS, INCLUSÃO, LIBRAS
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Pedagogia de Projetos!
Postado por Lucele Bolzan às 17:50 0 comentários
Marcadores: DIDÁTICA, PEDAGOGIA DE PROJETOS
A educação de surdos!
Nos textos estudados, percebe-se a grande importância de as escolas de surdos terem em seu quadro funcional profissionais que dominem a Língua de Sinais, ou ainda e quem sabe preferencialmente, professores surdos e com domínio da Língua de Sinais, visto que esta escola para surdos não deve apenas estar preparada para ensinar os conteúdos pré-estabelecidos para cada série, mas sim apresentar a essa criança surda a identidade, a língua, a história, a arte, a comunidade e a culturas surda, tudo isso focalizado e entendido a partir da diferença, a partir do seu reconhecimento político e da sua valorização como diferente e não como inferior por estar na condição de diferente.
Postado por Lucele Bolzan às 17:17 0 comentários
Marcadores: EDUCAÇÃO DE SURDOS, LIBRAS
Trocando experiências na aula da EJA...
De modo geral, conseguimos ver o aluno da EJA com um olhar diferente, pois aprendemos que este aluno é normalmente aquele que foi excluído da escola ou que se excluiu, por ter problemas de comportamento, dificuldades de aprendizagem, repetências consecutivas, desinteresse...
Na teoria de Martha K. de Oliveira (p59) vimos que “o aluno da EJA geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles provenientes de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar.” Afirmação que constatamos com as entrevistas feitas na saída de campo, pois apenas um aluno é Sapiranguense, os demais vieram em busca de emprego. Alguns começaram a trabalhar ainda crianças e não tiveram oportunidade de estudar.
Enfim, deparamos-nos com diversas realidades, idades diferentes e cada um com uma história de vida diferente e almejam uma vida mais digna melhor. Os alunos da EJA que entrevistamos estão cientes de que para conseguir um emprego melhor ou até mesmo para poder se comunicar ou ler uma revista, bula de um remédio e ajudar seu filho nos deveres de casa é necessário estudar.
Postado por Lucele Bolzan às 17:11 0 comentários
Marcadores: EJA
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Um mundo nas mãos!
Não estamos mais no século XVIII, quando as crianças que não acompanhavam um "ritmo" estabelecido pelo grupo eram rotuladas e estigmatizadas de incapazes e idiotas. Hoje acredito que maioria das pessoas já consegue ver o homem como um ser social, que necessita de profunda inserção cultural para se desenvolver.
A surdez não afeta a capacidade de ninguém para aprender e a Língua de Sinais é, com certeza, uma das maneiras de inclusão social da comunidade surda. Ainda há um longo caminho para que a integração dos surdos realmente aconteça em nossa sociedade. Quando as pessoas com necessidades especiais devido a deficiência ou problemas em seu desenvolvimento consigam viver e conviver normalmente com as demais pessoas de sua comunidade, isso sim será inclusão, mas para isso é preciso que se alarguem as possibilidades para que as pessoas em geral consigam ter acesso também a Língua de Sinais.
Postado por Lucele Bolzan às 22:29 1 comentários
Marcadores: LIBRAS
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social
Durante a narrativa, a menina usou uma entonação de voz diferente. A cada “daí” que ela dizia, ela criava um tom de suspense, provável reflexo das narrativas que ela está habituada a ouvir, pois percebi que já está adquirindo as noções dos usos e do funcionamento da linguagem.
Pude analisar que ela usou vários elementos dos contos de fadas e narrou a história com grande propriedade, próprio da criança que desde os primeiros anos de vida já convive com o mundo literário, mas para isso, o papel dos professores e dos pais é fundamental. São eles que irão inserir a criança neste universo e desenvolver o gosto em ouvir e contar histórias. "O ideal é que ele seja um verdadeiro co-construtor das narrativas, incentivando a criança a avançar nos recursos que utiliza em suas construções", diz Maria Virgínia.
Com essa atividade, constatei que ao ouvir as narrativas das crianças percebemos uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação.
Postado por Lucele Bolzan às 17:36 1 comentários
Marcadores: CONTOS DE FADAS, HISTÓRIAS, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO, NARRATIVA
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Desafios da Educação de Jovens e Adultos
Mas, com a leitura do texto “Alfabetização de adultos: ainda um desafio” de Hara Regina, percebi que trazendo o cotidiano destes adultos para a sala de aula, até mesmo os alunos com mais dificuldade de aprendizagem, com pouca oralidade, poderão falar e participar com segurança, fazendo com que as dificuldades diminuam, pois quando se toma como ponto de partida o que estes adultos sabem, em vez de partir do que ignoram, percebe-se que a aprendizagem é construída pelo sujeito através das suas relações com o meio, assim como ocorre com as crianças.
Postado por Lucele Bolzan às 22:53 1 comentários
Práticas de Leitura, escrita e oralidade no contexto social
Percebi, com isso, que atualmente tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita é poder se engajar em práticas sociais letradas, respondendo aos inevitáveis apelos da atual cultura.
A partir da leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (KLEIMAN, 2006), constatei que a importância das práticas sociais de leitura enfatiza as diferenças entre as modalidades da língua oral e da língua escrita e demonstram como muitas crianças se apropriam da linguagem escrita através do contato com diferentes gêneros textuais, explorando através de suas interações com adultos alfabetizados a leitura e a produção de textos, mesmo antes de estarem alfabetizadas da forma convencional, enquanto que outras, apesar de alfabetizadas, não apresentam domínio da linguagem utilizada nas formas de comunicação oral. Analisando, assim, que as práticas de alfabetização nem sempre são capazes de promover a inserção dos alunos na cultura da leitura e da escrita, a escola deve buscar ser um espaço de abertura para outras formas do conhecimento, para ampliar o mundo social das crianças e também os múltiplos modos de mostrar, aprender, discutir e conhecer as diferentes linguagens sociais.
Postado por Lucele Bolzan às 22:29 0 comentários
Marcadores: LETRAMENTO, LINGUAGEM E EDUCAÇÃO
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Fordismo e Taylorismo na educação?
Nunca imaginei que a educação sofresse influências das filosofias do Taylorismo e do Fordismo. Percebi que os alunos estão desmotivados, provavelmente porque suas vivências, interesse, saberes e ritmos não estão sendo respeitados. Por isso, acredito que para garantir uma educação de qualidade com aprendizagens significativas, os sistemas educacionais necessitam rever suas propostas de ensino, buscando uma integração curricular não fragmentada durante todo o processo educativo.
A influência do Taylorismo na educação moderna gerou alguns problemas que precisam ser revistos pelos educadores e toda a comunidade escolar: as metodologias pedagógicas precisam ser revistas, pois, ao se subjugar aos reguladores das políticas educacionais que, de cima para baixo, elaboram sugestões, imposições, para nortear a educação ignorando as necessidades específicas de cada povo, evitam que as escolas trabalhem com liberdade desenvolvendo seu trabalho pautado no que é realmente preciso diante da realidade socioeconômica de sua clientela.
Postado por Lucele Bolzan às 21:52 1 comentários
Marcadores: DIDÁTICA, FORDISMO, TAYLORISMO
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
Na aula presencial, tivemos a oportunidade de aprender que Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais. As Línguas de Sinais são as línguas naturais das comunidades surdas e ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.
A professora, usando a Língua Brasileira de Sinais, nos explicou que A LIBRAS tem sua origem na Língua de Sinais Francesa.
As Línguas de Sinais não são universais, ou seja, cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da cultura nacional, podendo haver variações até mesmo dentro do mesmo país, como é o caso do Brasil, pois como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região. Alguns sinais comuns aqui no Rio Grande do Sul, não são conhecidos em outras regiões do país e vice-versa.
Postado por Lucele Bolzan às 00:00 0 comentários
Marcadores: LIBRAS
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Planejamento
Atualmente, não realizamos mais planos de curso e de unidades, pois eles são elaborados pela secretaria de educação, com todos os conteúdos a serem desenvolvidos em cada trimestre, conhecidos como planos de estudos. Com base nestes planos de estudos, desenvolvemos nossos projetos pedagógicos e planos de aula diários, de forma a contemplar os conteúdos neles especificados. Nos projetos pedagógicos temos uma abertura maior para escolher uma temática a ser trabalhada, que pode ser da escolha do professor ou da turma. Dentro desta temática, desenvolvemos as aulas com base nos conteúdos dos planos de estudos.
A autora comenta que os antigos planos de curso e de unidade acabavam sendo hipotéticos, mas, ao longo de alguns anos usando os atuais planos de estudos, percebo que estes também são um pouco hipotéticos, pois presumem um andamento dos conteúdos contínuo, que não condiz com as diferenças entre escolas e suas realidades, nem mesmo a sondagem de início de ano, que eu julgo essencial para saber de onde partir, está inclusa nos planos de estudos. Infelizmente, estes planos limitam o trabalho do professor a uma série de conteúdos que devem ser necessariamente trabalhados, independente do andamento da turma. Muitas vezes, esses planos, assim como os antigos planos de curso e de unidades, acabam ficando abandonados, pois nem sempre a mecanicidade descrita no papel pode ser efetivada em sala de aula. Acabamos contornando a burocracia destes planos para atender verdadeiramente às necessidades de nossas turmas.
Postado por Lucele Bolzan às 23:42 0 comentários
Marcadores: DIDÁTICA, PLANEJAMENTO
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Parecer CEB
Segundo o Parecer, a formação dos docentes não só da EJA, mas de qualquer nível ou modalidade, deve ter como meta o disposto no art.22 da LDB, que estipula que a finalidade da educação deve ser desenvolver o educando, dando-lhe formação indispensável para o exercício de sua cidadania e meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, atendendo também ao art. 61 da mesma, que deixa claro que a formação dos docentes deve atender aos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase de desenvolvimento do educando.
O Profissional que atenderá a EJA deve estar preparado para interagir empaticamente com os estudantes e para exercer o diálogo. Os docentes deverão estar preparados para elaborar projetos pedagógicos que darão uma significação social para as competências de cada um, articulando conhecimentos, habilidades e valores. O professor da EJA precisa receber aperfeiçoamento específico para ter o cuidado de não infantilizar os métodos, conteúdos e processos da EJA.
Há a exigência de uma formação específica para docentes da EJA a fim de que haja uma relação pedagógica com sujeitos, trabalhadores ou não, propiciando a permanência na escola, que acontecerá por meio de conteúdos trabalhados de forma diferenciada para atender ao perfil deste estudante, respeitando as especificidades da EJA, as características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Dessa forma, os cursos de formação docente e as licenciaturas devem habilitar os profissionais para criar correlações entre os conteúdos das áreas de conhecimento e o universo de valores e modos de vida dos alunos da EJA, mas na prática, não sei se é exatamente isso que acontece. Eu, por exemplo, quando fiz o concurso “cai de pára-quedas” em uma sala de EJA, 3ª e 4ª série, mas sem preparo nenhum para atender às necessidades desta clientela. Ao longo do Magistério não tive nenhuma formação/orientação específica para EJA e, pelo que percebo nas estagiárias que chegam em minha escola, ainda não há este preparo. Mas isso não é apenas no Magistério que percebo, pois ao conversar com colegas que cursam ou já estão formadas em alguma licenciatura, constatei que também não tiveram preparo para conseguir articular conhecimentos, habilidades e valores dos alunos da EJA com os conteúdos a serem desenvolvidos.
Hoje, lamento não ter tido uma preparação adequada para trabalhar com a EJA e reconheço que, ao iniciar minha carreira com uma turma de EJA, muito deixei a desejar por falta de experiência, afinal, eu era a pessoa mais nova da sala!
Postado por Lucele Bolzan às 12:26 1 comentários
Marcadores: EJA, FORMAÇÃO DOCENTE, PARECER CEB
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Comênio, o pai da Didática Moderna
Para a realização da atividade do enfoque temático 2, que tinha como objetivo conhecer a vida e obra de Comênio, o “pai da Didática” e identificar heranças das idéias pedagógicas presentes no cotidiano escolar, fiquei muito impressionada com a contemporaneidade deste educador.
Ao ler alguns de seus ensinamentos, percebi que, mesmo sem conhecer sua obra, já aplicava-os em minha prática docente, além disso, percebi também que em muitas tendências atuais para a educação há vestígios (e não poucos) das idéias revolucionárias de Comênio, difundidas no século XVII.
Sua obra pedagógica foi um grande marco para o avanço da educação em sua época, com reflexos até nos dias de hoje.
Para ele, didática é ao mesmo tempo processo e tratado. É tanto o ato de ensinar como a arte de ensinar.
Ao ler o material proposto no enfoque 2 constatei que Comênio defendia a idéia de educar com base na realidade da criança e na formação de um indivíduo pensante, capaz de tomar decisões, por isso, quando li a afirmação “Facilitará o estudo do aluno quem lhe mostrar como usar na vida cotidiana aquilo que está sendo ensinado”. (Op. cit., 180), percebi que isso também está presente em meu cotidiano escolar, pois busco relacionar os conteúdos a serem desenvolvidos com fatos de seu interesse, mostrando que o que estudamos na escola faz parte de seu cotidiano.
Postado por Lucele Bolzan às 20:57 1 comentários
Marcadores: APRENDIZAGENS, COMÊNIO, DIDÁTICA, EDUCAÇÃO
Eixo 7
Mas o meu maior receio para este Eixo 7 está em pensar que posso não conseguir “dar conta” de tudo. Desde o Eixo 4 até o último mês de junho eu estava apenas com 20 horas na escola, conseguia disponibilizar um bom tempo para o curso, mas agora... estou com 44 horas (na verdade trabalho bem mais do que isso).
Ao mesmo tempo em que sinto uma imensa alegria e orgulho em ter chegado ao Eixo 7, estou com grande receio de tudo o que vem pela frente.
O atual cargo que assumi exige muito tempo disponível, além da carga horária.
Mas a sensação de estar chegando ao final... é indescritível!!!
Postado por Lucele Bolzan às 20:43 1 comentários
Marcadores: REFLEXÃO, SEMINÁRIO VII, SENTIMENTOS, TEMPO
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Relacionando conceitos!
A proposta de nossa aula presencial de Psicologia II era construirmos em pequenos grupos um mapa conceitual relacionando alguns conceitos da teoria piagetiana que abordamos ao longo das aulas.
Postado por Lucele Bolzan às 22:52 1 comentários
Marcadores: JEAN PIAGET, PSICOLOGIA II
Indígenas e sua identidade étnica!
Mesmo assim, no que diz respeito à identidade étnica, as mudanças ocorridas em várias sociedades indígenas, como o fato de falarem português, vestirem roupas iguais às dos outros membros da sociedade nacional com que estão em contato, participarem da política, utilizarem modernas tecnologias (como câmeras de vídeo, máquinas fotográficas e aparelhos de fax), não fazem com que percam sua identidade étnica e deixem de ser indígenas.
Postado por Lucele Bolzan às 22:28 0 comentários
Marcadores: POVOS INDÍGENAS, QUESTÕES-ÉTNICOS
Desenvolvimento Moral
Na fase de anomia, natural na criança pequena, ainda no egocentrismo, não existem regras e normas. O bebê, por exemplo, quando está com fome, chora e quer ser alimentado na hora. As necessidades básicas determinam as normas de conduta. No indivíduo adulto, caracteriza-se por aquele que não respeita as leis, pessoas, normas.
Na moralidade heretônoma, os deveres são vistos como externos, impostos e não como obrigações elaboradas pela consciência. O Bem é visto como o cumprimento da ordem, o certo é a observância da regra que não pode ser transgredida nem relativizada por interpretações flexíveis. A responsabilidade pelos atos é avaliada de acordo com as conseqüências objetivas das ações e não pelas intenções. O indivíduo obedece às normas por medo da punição. Na ausência da autoridade ocorre a indisciplina.
Na moralidade autônoma, o indivíduo adquire a consciência moral. Os deveres são cumpridos com consciência de sua necessidade e significação. Possui princípios éticos e morais. Na ausência da autoridade continua o mesmo. É responsável, auto-disciplinado e justo. A responsabilidade pelos atos é proporcional à intenção e não apenas pelas conseqüências do ato.
Na medida em que a criança cresce, ela vai percebendo que o "mundo" tem suas regras. Dessa forma, não consigo concordar que todas as atitudes de agressividade das crianças sejam somente devido ao processo de desenvolvimento moral, pois, ainda segundo Piaget, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais. Por isso que geralmente os alunos mais agressivos são filhos de pais também agressivos, mas não por uma questão de genética, mas sim por conviver diariamente com os princípios da sua família.
Tendo conhecimento que as crianças e adolescentes seguem fases mais ou menos parecidas quanto ao desenvolvimento moral, cabe ao educador compreender que há determinadas formas de lidar com diferentes situações e diferentes faixas etárias. Cabe a ele, ainda, conduzir a criança na transição das fases, encaminhando-se naturalmente para a sua própria autonomia moral e intelectual, mas o contexto familiar influencia positiva ou negativamente neste desenvolvimento.
Postado por Lucele Bolzan às 22:14 1 comentários
Marcadores: DESENVOLVIMENTO MORAL, JEAN PIAGET, PSICOLOGIA II
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Conhecendo a Hidrocefalia!
Esta técnica, de modo geral, controla a hidrocefalia, direcionando o líquido para a cavidade abdominal ou para uma veia no pescoço, que leva ao coração. De acordo com Martín (2004), "é a condição patológica caracterizada pelo aumento da pressão intracraniana. Produz-se como conseqüência de um desequilíbrio entre a formação e a absorção do líquido cefalorraquidiano (LCR)". Neste caso, a caixa craniana cresce e a cabeça aumenta de tamanho.
As causas mais freqüentes, segundo o Coletivo de Autores (2001), são, "secreção aumentada de LCR, a obstrução das vias de circulação do LCR, seja no interior do sistema ventricular, seja na sua saída para o espaço subaracnóideo e o bloqueio na absorção do LCR". Dentre estas três causas, a mais freqüente é a obstrutiva (não comunicante).
De acordo com os mesmos autores, algumas sequelas como as de ordem motora surgem, como por exemplo, déficits de equilíbrio, na coordenação ampla e fina.
Na pesquisa realizada, constatei que algumas crianças com hidrocefalia podem ter dificuldades cognitivas, deficiências físicas ou possibilidade de outros problemas de saúde, atrasos no desenvolvimento, problemas de aprendizagem , problemas na fala, problemas na visão e dificuldade de memória, como é o caso do menino que eu estou acompanhando.
Os pais e professores deverão estar conscientes das complexidades de viver com hidrocefalia e assegurar que a sua criança receba o acompanhamento adequado, as intervenções e terapias necessárias. Na escola, eu acredito que ninguém saiba o motivo das dificuldades do menino, pois em documento nenhum esta informação aparece. Agora eu conheço as características desta doença, consigo compreender a sua situação e irei divulgar entre os seus professores um pouco de seu diagnóstico e da consequencias que ele tem em função da doença.
Postado por Lucele Bolzan às 17:12 2 comentários
Marcadores: HIDROCEFALIA, NECESSIDADES ESPECIAIS
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Aprendendo sobre o Autismo!
O autismo é um transtorno mental que afeta a comunicação e o comportamento humano. O termo autismo refere-se ao significado: ausente ou perdido. Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade.
A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas, mas a causa do autismo não é conhecida.
Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).
Muitas vezes, o autismo é confundido com outras síndromes ou com outros transtornos globais do desenvolvimento, pelo fato de não ser diagnosticado através de exames laboratoriais ou de imagem, por não haver marcador biológico que o caracterize, seu processo de reconhecimento é dificultado, o que posterga a sua identificação.
Grande parte dos profissionais que trabalham com autismo, dizem que faz parte do tratamento recomendado para portadores de autismo o recebimento de educação especial, com aprendizagem intensa e gradual, acompanhada de um controle intenso do comportamento da criança. O enfoque atual é fazer com que estas crianças aprendam conceitos básicos para que funcionem o melhor possível dentro da sociedade. As escolas especializadas, atualmente, individualizam o tratamento para cada criança, tornando assim o aprendizado bem mais específico e eficiente.
Acredito que uma criança com autismo pode obter resultados escolares muito interessantes, mas acho que seria importante avaliar a necessidade específica da criança e seu grau de comprometimento para direcioná-la para à escola mais adequada: educação especial ou escola regular com adequação do currículo à criança.
Postado por Lucele Bolzan às 20:46 0 comentários
Marcadores: AUTISMO, NECESSIDADES ESPECIAIS
domingo, 31 de maio de 2009
Garantia de Direitos
Assim como já trabalhamos na interdisciplina de Necessidades Especiais, também tivemos a oportunidade de aprender mais sobre a garantia dos direitos de cada cidadão, portador ou não de alguma deficiência e percebi, com isso, a grande importância de nós cidadãos e professores de sabermos a que temos direito, tentando, com isso, entender um pouco mais de nossa sociedade e dos problemas que nossas famílias e as famílias de nossos alunos estão submetidas. Esses fóruns existem para criar uma força política para cobrar tais direitos.
Os seres humanos por si só não sentem (ou percebem) a necessidade de todos serem tratados com igualdade, por isso há necessidade do estado criar leis que diminuam as diferenças entre as pessoas, ou seja, as leis existem para que as diferenças entre negros, índios, brancos, pessoas com deficiência, mulheres sejam menores. Há necessidade de leis que garantam o acesso aos mais excluídos, mais desfavorecidos, pois nossa sociedade é historicamente excludente e preconceituosa. Mas o maior problema que vejo não é a falta de leis. As leis existem e atenderiam ao direito de todos se não fosse o descumprimento destas, infelizmente. Toda administração pública, antes de mais nada, deveria zelar pelo cumprimento dos direitos humanos!!
Postado por Lucele Bolzan às 23:26 1 comentários
Marcadores: NECESSIDADES ESPECIAIS
sábado, 23 de maio de 2009
Alunos com necessidades especiais
Quando falamos em inclusão não podemos esquecer que um aluno com necessidade especial será inserido dentro de uma turma regular. A turma não pode parar de evoluir em função deste aluno, mas este aluno também não acompanhará o ritmo da turma, pois o seu ritmo é diferente.
Uma coisa que sempre me deixa com muitos questionamentos... dar a esse aluno atividades diferenciadas, dentro de suas limitações, ou proporcionar a ele as mesmas atividades do restante da turma, mas adaptada ao seu limite físico, quando forem deficiências físicas. Mas se a necessidade especial for de alguma dificuldade de aprendizagem ou deficiência mental, seria recomendado dar a esse aluno a mesma atividade dada ao restante da turma, mas como um apoio maior e talvez com um grau de exigência menor.
Já tive e tenho alunos com dificuldade de aprendizagem, por fatores familiares, sociais, psicológicos... e já tentei fazer as duas coisas: dar atividades diferenciadas e dar as mesmas atividades do restante da turma. Há alunos que aceitam tranquilamente realizar atividades dentro de sua necessidade e diferente do restante da turma, já outros não gostam e se sentem excluídos, pois os colegas sempre questionam as atividades diferentes. Geralmente faço um pouco de cada. Às vezes trabalho as mesmas atividades com material de apoio, mas em seguida dou uma mais específica para o nível dele. Não sei se estou fazendo o certo. Às vezes dá super certo, mas há dias que volto para casa frustrada por ter conseguido avançar tão pouco.
O ideal seria conseguir fazer conforme o vídeo Atendimento Educacional Especializado – Deficiência mental, que mostra uma proposta de trabalho que parte dos próprios alunos, na qual eles definem o que será estudado. Não há planejamento das aulas, pois não se sabe o que partirá dos alunos. Acredito que quando se trabalha com Atendimento Especializado isso seja o mais indicado, no entanto, dentro de uma sala regular, com conteúdos a serem desenvolvidos, não acho muito viável. Precisamos organizar as aulas de forma que todos os conteúdos da série sejam trabalhados e precisamos fazer com o que o aluno de inclusão consiga evoluir dentro de suas limitações, mas sem defasar o restante da turma...
É possível, mas não é fácil.
Postado por Lucele Bolzan às 21:53 0 comentários
Marcadores: NECESSIDADES ESPECIAIS
domingo, 17 de maio de 2009
Estádio Operatório Concreto
Percebi que as crianças nesta fase são capazes de aceitar o ponto de vista do outro, levando em conta mais de uma perspectiva.
Eles já têm capacidade de classificação, agrupamento, reversibilidade e conseguem realizar atividades concretas, que não exigem abstração. Durante este estágio, a criança adquire o esquema das operações como a soma, a subtração, a multiplicação, a ordenação serial e é justamente neste estádio que trabalhamos com estas operações em sala de aula, mas percebo que ainda apresenta dificuldade em operar com princípios abstratos quando eles estão ligados a objetos específicos.
Também ocorre o aperfeiçoamento dos conceitos de causalidade, tempo, espaço, velocidade, mas ainda não alcança o nível mais elevado das operações lógicas.
A criança neste estágio é capaz de superar a mudança imediata, visível e considerar a relação lógica envolvida, ou seja, adquiriu o esquema da conservação e constância dos objetos. Torna-se menos egocêntrica e a fala é empregada com o fim básico da comunicação.
Essas características são muito evidentes em meus alunos, mas nem todos estão exatamente no mesmo nível, ou seja, alguns ainda têm algumas características do estádio anterior e outros já mostram a transição para o estágio seguinte.
Neste estádio a criança começa a construir conceitos, através de estruturas lógicas, consolida a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. Assim conseguimos compreender melhor o porquê de muitas das dificuldades de nossos alunos, proporcionando atividades que estejam de acordo com seu desenvolvimento.
Postado por Lucele Bolzan às 22:58 1 comentários
Marcadores: ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO, PSICOLOGIA II
Afro-descendentes no Brasil
Devido a isso, para iniciar a entrevista, preferi não fazer a pergunta diretamente, mas perguntar qual era a sua cor, assim poderia sentir qual era a postura do aluno entrevistado frente a sua auto imagem. Percebo que quando as crianças são pequenas não sentem a discriminação, ou melhor, não têm consciência do motivo dos colegas não brincarem com eles, de ficarem sozinhos no recreio, de ficarem sem duplas, de alguns não gostarem dele. Alguns até justificam a discriminação por serem pobres, mas não por serem negros, isso mostra que ainda há uma consciência enraizada no período histórico em que ser negro é ser inferior, por isso preferem não se ver como negros por medo da rejeição, preferem não assumir a sua identidade étnica, até mesmo por que em nossa escola há poucos alunos negros, em sua grande maioria são pardos, então é mais fácil se sentir igual ao seu grupo.
Neste campo, não será demais lembrar que apenas a educação pode mudar valores, contribuindo para a valorização da diversidade e a construção de um senso de respeito recíproco entre os grupos que formam esta rica mistura de identidades culturais chamada Brasil.
Postado por Lucele Bolzan às 22:24 1 comentários
Marcadores: AFRO-DESCENDÊNCIA, AUTO IMAGEM, QUESTÕES-ÉTNICOS
domingo, 10 de maio de 2009
Método Clínico
Na Interdisciplina de Psicologia vimos algumas características dos estádios do desenvolvimento propostos por Piaget. Trabalhamos com os conceitos de aprendizagem, desenvolvimento e estádios a partir da utilização da metodologia desenvolvida por Piaget, conhecida como método clínico piagetiano.
Para a realização da atividade 6 realizamos o método com uma aluna que já sabíamos da sua grande dificuldade de aprendizagem, a escolhemos propositalmente para a realização do método, pois gostaríamos de compreender melhor suas dificuldades e poder ajudá-la. Constatamos que esta aluna, apesar de ter 10 anos, ainda tem muitas características do estádio pré-operatório, pois percebemos que muitas vezes ela respondia intuitivamente e ainda não tem a noção da conservação do número. Devido à mudança da forma, mudança da configuração perceptiva, ela pensava que a quantidade também tinha mudado.
Quando constatamos que contava as duas colunas, chegava ao total de fichas em cada uma delas, mas não sabia responder se havia a mesma quantidade, percebemos que ela ainda não adquiriu um pensamento lógico, com capacidade para fazer operações mentais. Ela não percebia que as peças só estavam em uma posição diferente, mas não alterava a quantidade, o que permite concluir que ela criança ainda não possui um raciocínio lógico reversível.
Suspeitamos que talvez seja um caso de inibição cognitiva, como nos explica a Psicopedagogia. Neste caso há uma retração intelectual e um empobrecimento de idéias, ocorrendo, em grande parte àquelas crianças que não receberam estímulos quando ainda bebes ou nos primeiros anos de vida, pois bem sabemos que a criança, à medida que evolui vai-se ajustando à realidade circundante, e superando de modo cada vez mais eficaz, as múltiplas situações com que se confronta, mas se essa criança não recebe estímulos do meio, seu desenvolvimento cognitivo fica prejudicado ou aquém ao de uma criança estimulada desde o nascimento. A mudança dos estádios ocorre devido aos ajustamentos da criança ao meio e que se vão manifestando ao longo do seu desenvolvimento.
Segundo Jean Piaget, a criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e com as pessoas, por isso acreditamos que a aluna C ainda não ultrapassou totalmente o estádio pré-operatório, pois recebeu (ou recebe) poucos estímulos do meio. Como as concepções infantis combinam-se às informações recebidas do meio, o conhecimento é concebido como resultado de uma interação, ficando limitado quando o sujeito não é um elemento ativo no meio em que vive.
Postado por Lucele Bolzan às 19:41 1 comentários
Marcadores: APRENDIZAGENS, MÉTODO CLÍNICO, PSICOLOGIA II
terça-feira, 28 de abril de 2009
Epistemologia Genética de Jean Piaget
A Epistemologia Genética de Jean Piaget vê a criança como sujeito que cria e recria o seu próprio modelo de realidade, atingindo um crescimento mental por integração de simples conceitos em conceitos de nível mais elevado ao longo de estádios. Piaget traçou então, quatro estádios nesse desenvolvimento: o estádio sensório-motor, o estádio pré-operatório, o estádio operatório concreto e o estádio operatório formal.
Postado por Lucele Bolzan às 22:43 0 comentários
Marcadores: EPISTEMOLOGIA GENÉTICA, JEAN PIAGET, PSICOLOGIA II
O que é inclusão?
A inclusão é :
- atender aos estudantes portadores de necessidades especiais na vizinhanças da sua residência
- propiciar a ampliação do acesso destes alunos às classes comuns.
- propiciar aos professores da classe comum um suporte técnico
- perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos diferentes
- levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as crianças portadoras de deficiência
- propiciar um atendimento integrado ao professor de classe comum.
O conceito de inclusão não é:
- levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado
- ignorar as necessidades específicas da criança
- fazer as crianças seguirem um processo único de desenvolvimento, ao mesmo tempo e para todas as idades
- extinguir o atendimento de educação especial antes do tempo
- esperar que os professores de classe regular ensinem as crianças portadoras. de necessidades especiais sem um suporte técnico.
Postado por Lucele Bolzan às 22:37 1 comentários
Marcadores: INCLUSÃO, NECESSIDADES ESPECIAIS
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Argumentos e Premissas!!!
Estamos perante um argumento sempre que alguém apresenta um conjunto de razões a favor de uma ideia. Os argumentos podem ter apenas uma premissa, ou mais de duas; contudo, só podem ter uma conclusão.
Postado por Lucele Bolzan às 16:11 1 comentários
Marcadores: FILOSOFIA
Mosaico Étnico-Racial
Com a história, consegui chegar até o ponto que eu desejava sobre a nossa origem e nossas etnias. As crianças simplesmente adoraram a história e tinham muito para falar de suas descendências, mas ainda não falavam em etnias. Tratava-se apenas de um diálogo sem muito conhecimento étnico, mas com um interesse incrível, percebi, com isso, que um grande trabalho estava surgindo. Como as crianças já estavam bem aguçadas e com muito o que falar sobre sua descendência, lancei de tema de casa para que pesquisassem sobre sua descendência.
Percebi um certo receio de alguns em comentar que seus antepassados eram negros, então achei prudente falar da minha etnia, mostrando que sou descendente de italianos, portugueses e negros e isso realmente fez efeito; logo surgiu “eu também profe sou descendente de negros, e eu também profe...” Fiquei muito feliz com esse momento, pois acho que consegui direcionar a conversa para que todos se sentissem à vontade para falar e que sentissem orgulho da sua origem.
Solicitei que trouxessem para o dia seguinte fotos de familiares com os quais eles são parecidos ou tem algum traço semelhante. Caso não pudessem trazer fotos, pedi que questionassem sobre as características dessas pessoas para que conseguissem desenha-las.
Solicitei que colocassem a sua foto ou o desenho do seu auto-retrato no centro de uma folha e que colassem as fotos das pessoas com quem se parecem ao redor e escrevessem o que são parecidos. Foi um momento de grande envolvimento. Salientaram a cor do cabelo, dos olhos, o sorriso, a altura e até mesmo características psicológicas.
Por fim, montamos um painel no saguão. Como havia outras duas turmas também realizando esse trabalho, a socialização foi ótima. Havia três painéis diferentes, mas que tratavam de nossa descendência, de nossa origem. Muitos encontravam a sua família nos outros painéis e chamavam os colegas para mostrar que havia outros que também faziam parte de sua família. Durante a empolgação da socialização, muitos diziam que eram parecidos com o avô, que tem o cabelo como de sua mãe, que é alto como seu tio... Eles queriam mostrar aos colegas com quem eram parecidos.
Foi muito gratificante a realização dessa atividade! Mais gratificante ainda foi ver o orgulho em apresentar a sua família e mostrar aos colegas a sua descendência.
Postado por Lucele Bolzan às 15:54 2 comentários
Marcadores: QUESTÕES-ÉTNICOS
quarta-feira, 22 de abril de 2009
As leis sobre a diversidade
Várias leis e documentos estabelecem o direito das pessoas com necessidades especiais:
A Constituição da Republica de 1988, prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Garante também o direito de escola para todos.
A lei nº 7.853/89 define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa da sua deficiência, podendo, o infrator, sofrer a pena de um a quatro anos de prisão, mais multa.
O ECA também garante o direito à igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, garantindo também que o atendimento educacional especializado ocorra preferencialmente na rede regular de ensino, assim como também define a Convenção da Guatemala, reafirmando a urgência para providenciar uma educação que atenda às crianças, jovens e adultos com necessidades especiais.
Postado por Lucele Bolzan às 19:57 0 comentários
Marcadores: DIVERSIDADE, LEIS, NECESSIDADES ESPECIAIS
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Novas aprendizagens...
O construtivismo rejeita a apresentação de conhecimentos prontos ao estudante, daí o termo "construtivismo", pelo qual se procura indicar que uma pessoa aprende melhor quando toma parte de forma direta na construção do conhecimento que adquire.
O trabalho de educar não deve se limitar a transmitir conteúdos, mas a favorecer a atividade mental do aluno. Por isso, importante é não apenas assimilar conceitos, mas também gerar questionamentos, ampliar as idéias. O construtivismo condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno. O professor cria situações para que o aluno chegue ao conhecimento.
A criança constrói o conhecimento a partir de suas descobertas, quando em contato com o mundo e com os objetos. Por isso, não adianta ensinar a um aluno algo que ele ainda não tem condições intelectuais de absorver.
Segundo Piaget, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
Postado por Lucele Bolzan às 12:57 0 comentários
Marcadores: CONSTRUTIVISMO, PSICOLOGIA II
terça-feira, 7 de abril de 2009
· A questão é formulada de modo a impulsionar uma abertura para a exploração de novas relações ao invés de restringir a busca a uma simples resposta?
2- Sobre as certezas e dúvidas iniciais:
· Existe uma coerência lógica entre a Questão de Investigação e o que é afirmado no quadro inicial das Certezas Provisórias e das Dúvidas?
3- Processo de Desenvolvimento do Projeto:
· As certezas e dúvidas são consideradas na orientação das buscas ou são “esquecidas” durante o desenvolvimento do projeto?
· A busca de soluções para a questão eleita parte de uma sistematização criteriosa do que os sujeitos pensavam saber ("Certezas Provisórias") e do que julgavam necessário compreender ("Dúvidas Temporárias") para responder a questão?
· É possível identificar um movimento de mudanças e reformulações nas "certezas" e "dúvidas", durante a realização do projeto? Os sujeitos vão retomando as certezas e dúvidas na medida em que fazem descobertas que modificam seus conhecimentos iniciais? Ao mesmo tempo em que são encontradas soluções para as dúvidas já colocadas, são geradas novas questões e dúvidas? É possível perceber que o grupo toma consciência da existência desse processo de modificação das certezas que se aprofundam e consolidam ou se transformam em dúvidas e das dúvidas que se tornam novas certezas?
4- Sobre as buscas e a construção de novas relações (sobre procedimentos, instrumentos e fontes)
· Essas fontes, instrumentos e procedimentos são coerentes com a questão proposta, com as certezas e com as dúvidas?
· A busca e seleção de informações e a escolha dos procedimentos (enquetes, entrevistas, observações, experimentos, leituras) abrem para a construção de novas relações, novas articulações entre conceitos e idéias (novas formas de explorar as questões, utilização de novos instrumentos etc), por exemplo?
· Há evidências de rompimentos nos limites disciplinares?
· Observam-se aprendizagens relevantes relacionadas com os conteúdos e conceitos abordados no projeto?
5- Sobre os mapas conceituais
· O mapa final representa os conceitos e relações que constam na síntese do projeto (resposta à pergunta principal)?
6- Sobre o conteúdo publicado
· O material recolhido e elaborado no projeto é relevante e focado no problema proposto?
· O conjunto de informações recolhidas foi suficientemente trabalhado?
· O material é apresentado em forma de hipertexto permitindo diferentes navegações?
· Os textos produzidos pelo grupo são originais e refletem as características do grupo?
· As referências e citações estão clara e corretamente colocadas e identificadas?
· As imagens e vídeos, eventualmente publicados, contribuem para a compreensão do conteúdo?
· As certezas provisórias foram validadas?
· As dúvidas temporárias foram esclarecidas?
· Há uma síntese parcial ou final? E ela responde à Questão de Investigação?
7- Sobre a aprendizagem cooperativa
· Os registros do processo mostram a riqueza do processo de aprendizagem do grupo, evidenciando um trabalho cooperativo?
· É possível identificar, pelos registros, interações virtuais ou presenciais com especialistas ou outras pessoas, fora do grupo, na busca por contribuições para o projeto?
8 – Sobre a apresentação do trabalho
· Foi adotado um padrão de letras (tamanhos e cores) que facilita a leitura?
· O site busca uma interação com o leitor?
Postado por Lucele Bolzan às 20:50 1 comentários
Marcadores: AVALIAÇÃO, PROJETO DE APRENDIZAGEM, SEMINÁRIO VI
Identificando Epistemologias
Pedagogia diretiva
“Não há nada no nosso intelecto que não tenha entrado lá através dos nossos sentidos”.
- O conhecimento é transmitido para o aluno.
- Professor é o detentor do saber.
- O indivíduo é uma folha de papel em branco não somente ao nascer, mas frente a cada novo conteúdo.
- O conhecimento vem do meio físico ou social.
- Epistemologia = empirismo
Pedagogia não-diretiva - O professor tem a função de auxiliar/facilitador do aluno.
- Traz à consciência o saber que o aluno já possui.
- O aluno já traz o saber que precisa desenvolver.
- Aprende por si mesmo.
- O aluno aprende conforme sua herança genética
- Regime do deixa fazer.
Pedagogia relacional
O conhecimento novo é construído através de: - Ação do aluno sobre material significativo para ele (assimilação).
- Respostas do aluno para si mesmo diante das perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação. Reflexionamento e reflexão.
- Apropriação não mais do material, mas dos mecanismos de suas ações sobre esse material..
- Professor ensina-aprende, aluno aprende-ensina.
- O aluno não é passivo, ele interage integralmente com o meio.
Postado por Lucele Bolzan às 19:20 0 comentários
Marcadores: MODELOS EPISTEMOLÓGICOS, PSICOLOGIA II
domingo, 5 de abril de 2009
Os pais de minha avó paterna sempre deixaram bem explícitas a sua descendência portuguesa, desde hábitos culinários até a sua aparência física, comprovada no sobrenome tipicamente português.
Mas ainda há muitas incógnitas sobre os pais de meu avô paterno, ainda há muitas perguntas sem respostas, muitas feições que ainda não sei ao certo de onde descendem. Pouco sabemos sobre a descendência de meu avô paterno, apenas acreditamos na sua descendência negra devido à cor da pele de seu pai (meu bisavô) e de seus tios, mas não há nada além de hipóteses.
Isso me causou uma grande vontade de pesquisar, de saber um pouco mais sobre ele e consequentemente, sobre mim também.
Hoje, sei de minha origem italiana, portuguesa e possivelmente, negra.
Tenho muito orgulho de olhar as fotos de meus antepassados, saber sua história, sua origem e reconhecer em mim a continuação deste fio.
Postado por Lucele Bolzan às 23:43 0 comentários
Marcadores: ANCESTRALIDADE, DESCENDÊNCIA, QUESTÕES-ÉTNICOS
quinta-feira, 26 de março de 2009
Vale a pena ler...
- Vá em frente e chore. - O médico aconselhou amavelmente - Ajuda a prevenir sérias dificuldades emocionais.
Apesar das sérias dificuldades, eu não chorei nem durante os meses que se seguiram.
Quando Kristi estava com idade para ir à escola, sete anos, nós a matriculamos no jardim de infância da escola de nossa vizinhança. Eu poderia ter chorado no dia em que a deixei naquela sala cheia de seguras, ansiosas e espertas crianças de cinco anos.
Kristi passava horas e horas brincando sozinha, mas naquele momento, quando era a criança "diferente" entre outras vinte, estava provavelmente mais solitária do que nunca.
Entretanto, coisas positivas começaram a acontecer para Kristi em sua escola, e para seus coleguinhas, também.
Quando se gabavam de suas próprias realizações, os coleguinhas de Kristi sempre tinham prazer de elogia- la também:
- Kristi conseguiu soletrar direito todas as suas palavras hoje.
No segundo ano de Kristi na escola, enfrentou uma experiência traumática. Uma apresentação pública, finalizando o ano, que tinha uma apresentação musical e uma competição de atividades físicas. Kristi estava muito atrás em ambos, música e coordenação motora.
No dia da apresentação, Kristi fingiu estar doente. Desesperadamente eu quis mantê- la em c asa. Por que deixar Kristi falhar em um ginásio cheio de pais, de estudantes e professores? Que simples solução seria apenas deixar minha criança em casa. Certamente faltar a uma apresentação não podia importar.
Mas minha consciência não me deixava sair desta situação assim tão facilmente. Então, eu praticamente enfiei uma pálida e relutante Kristi dentro do ônibus escolar e eu mesma é que passei a estar doente. Mas como eu havia forçado minha filha a ir à escola, agora eu me forçava a ir à tal apresentação.
Parecia que nunca chegava a hora do grupo de Kristi se apresentar. Quando finalmente vieram, eu descobri porque Kristi estava preocupada.
Sua turma foi dividida em equipes. Com suas reações débeis, lentas e desajeitadas, certamente atrasaria a sua equipe.
O desempenho foi surpreendentemente bom, até que chegou a hora da corrida de sacos. Agora cada criança tinha que entrar em um saco, ir pulando dentro do saco até uma linha, voltar e sair do saco.
Eu observei Kristi parada atrás de sua equipe, olhando nervosa. Mas quando chegou a vez de Kristi, o menino mais alto da turma foi para trás de Kristi e colocou suas mãos em sua cintura. Outros dois meninos se abaixaram ao seu lado. Então, o menino mais alto levantou Kristi e os outros dois ajeitaram o saco.
Uma menina segurou a mão de Kristi e a apoiou até que Kristi ganhasse equilíbrio. E então, ela foi pulando, sorrindo e orgulhosa. Diante da torcida, do apoio e do entusiasmo dos professores, dos estudantes e dos pais, eu agradeci à Deus por aquelas pessoas amáveis e compreensivas que tornaram possível que minha inabilitada filha fosse um ser humano como seus companheiros.
Então, finalmente eu chorei.
(texto de Meg Hill T radução de SergioBarros)
Postado por Lucele Bolzan às 16:11 0 comentários
Marcadores: INCLUSÃO, NECESSIDADES ESPECIAIS
Reflexões sobre a Inclusão...
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. "
Artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Eu acredito que a escola só ensina quando fica atenta às necessidades de cada indivíduo dentro de seu ritmo e suas limitações e não basta apenas dizer que a escola está preparada para receber crianças com necessidades especiais se não dispõe de rampas de acesso, material para crianças cegas, pessoas que dominam Libras etc. Não se pode escolher o tipo de necessidade que aceitamos em nossa escola. Cada deficiência requer materiais e estratégias específicas.
Sabemos que todos tem a ganhar com a inclusão, mas acredito que os órgão públicos precisam qualificar o espaço físico e material das escolas. A escola que realmente incluiu se preocupa em disponibilizar ferramentas para o professor trabalhar, pois nenhuma deficiência pode determinar as possibilidades de cada indivíduo, é preciso, contudo, que o meio seja adequado, com equipamentos e recursos que facilitem a vida dessas crianças.
Infelizmente, para muitas instituições a inclusão ainda é vista como uma maneira de colocar uma criança com necessidade especial para dentro de uma sala de aula sem nenhum acompanhamento, sem material diferenciado e sem nenhum apoio ao professor, que muitas vezes tem turmas lotadas e com muitos outros problemas de dificuldades de aprendizagem e que não são vistos como uma necessidade especial.
Postado por Lucele Bolzan às 15:59 0 comentários
Marcadores: INCLUSÃO, NECESSIDADES ESPECIAIS, REFLEXÃO
quinta-feira, 19 de março de 2009
Recomeçando...
Com a elaboração do PA, percebi que os projetos são muito importantes, pois fazem com que o próprio aluno busque o seu desenvolvimento no processo de aprendizagem, através da pesquisa, do trabalho em grupo, da troca de experiências, diminuindo uma grande distância entre a realidade vivida pelos alunos e os conteúdos que constituem os currículos escolares. Estes projetos além de trazerem todos esses benefícios de auto-desenvolvimento, também são excelentes para o professor identificar a evolução do aluno no processo de aprendizagem, bem como as dificuldades que precisam ser trabalhadas.
Para 2009... espero, realmente, não passar por momentos tão turbulentos como passei em 2008, mas sim adquirir conhecimentos que preencham as lacunas que tenho sobre a educação de crianças com necessidades especiais e que há muito tempo me causam uma certa angustia por não ter muitos conhecimentos sobre o assunto. Espero conseguir conciliar todas as minhas atividades e realizar meus trabalhos em dia, pois desde o ano passado abri mão de um turno para poder me dedicar mais à Faculdade. Enfim, espero aprender muito e aprimorar a cada dia a minha prática docente.
Postado por Lucele Bolzan às 17:27 1 comentários