quinta-feira, 2 de junho de 2011

Objetivo para os 5ºs anos

Para os 5ºs anos, meu objetivo para ser alcançado com o projeto de estágio foi o seguinte:

Desenvolver a prática de filosofar e a capacidade de pensar com autonomia, de forma que seja capaz de compreender o mundo e a comunidade em que vive, reconhecendo igualmente o direito de cada um, sensibilizando-se pela necessidade de construção de uma sociedade justa, plena de atitudes de respeito pelas diferenças e com princípios da dignidade do ser humano.

Objetivo para os 4ºs anos

Meu objetivo para desenvolver o projeto de estágio com os 4ºs anos foi o seguinte:

Desenvolver a prática do filosofar e a capacidade de pensar com autonomia, de forma que o aluno seja capaz de exercitar um pensamento crítico do mundo que as rodeia com o intuito de preparar as futuras gerações numa prática constitutiva de espírito crítico e de libertação do senso comum, e, com isso, resgatar e valorizar suas origens, evidenciando a importância do convívio social para a construção da sua própria história e de sua identidade cultural. Através do diálogo procuraremos, professor/mediador, incentivar o aluno a explicitar e refletir acerca de suas idéias tanto na escola quanto na sociedade em geral, incentivando também os alunos a lerem para obterem mais informações que os ajudem a fundamentar suas idéias e a avaliar e conceituar outros objetos de estudo.

Objetivo para o 3º ano

No período do estágio, tive como principal objetivo para o 3º ano:

Desenvolver a prática do filosofar e a capacidade de pensar com autonomia, de forma que seja capaz de questionar sua realidade e posicionar-se em relação às questões sociais, elegendo valores, aceitando ou questionando normas, resgatando e valorizando suas origens, bem como adotar atitudes de respeito pelas diferenças, para dessa forma evidenciar a importância do convívio social para a construção da sua própria história e de sua identidade cultural.

Filosofia aliada às tecnologias

Para a realização do Estágio Curricular busquei aliar as aulas de Filosofia às novas tecnologias. O estudo da Filosofia é essencial porque não imagino ser humano que não deve ser instigado a pensar, refletir e depois agir. Penso que a Filosofia unida às novas tecnologias oferece condições para a superação da passividade, pois o uso do computador, internet e outras tecnologias desperta habilidades de busca de conhecimento, interatividade e comunicação. A Filosofia por si só ajuda na estimulação do pensamento abstrato e no desenvolvimento da autonomia do pensar das crianças. Juntando esta disciplina às tecnologias atuais é possível favorecer que estas crianças possam crescer críticas sobre si mesmas e sobre o mundo atual e mais, possam perpetuar sua curiosidade natural. Dessa forma, considerando que cada criança traz do seu meio familiar suas características próprias que, se unindo na sala de aula, se evidenciam na convivência e nas relações interpessoais, faz-se necessário o resgate ao respeito mútuo, à justiça, ao diálogo e à solidariedade, que de acordo com os PCNs, favorecem o entendimento e reconhecimento da diversidade cultural através de práticas de reflexão em meio às novas tecnologias.

terça-feira, 15 de março de 2011

Dando início aos trabalhos!

Hoje dei início a mais uma etapa do curso de Pedagogia. Iniciou-se o estágio curricular!

Irei desenvolver o estágio com oito turmas, do 3º ao 5ºano do Ensino Fundamental, atuando com a disciplina de Filosofia. Durante o período do estágio buscarei aliar as aulas de Filosofia às novas tecnologias, pois acredito que a Filosofia unida às novas tecnologias oferece condições para a superação da passividade, pois o uso do computador, internet e outras tecnologias desperta habilidades de busca de conhecimento, interatividade e comunicação, essenciais para as aulas de Filosofia, assim como para todas as outras disciplinas.

Espero que, com as aulas de Filosofia, os alunos sejam capazes de se relacionar em grupo e saber resolver problemas, além de aprender a viver com os outros, desenvolvendo a compreensão do outro, preparando-se para gerir conflitos, além de fortalecer sua identidade e respeitar a dos outros.

Logo que soube que este ano eu não teria uma única turma e sim várias turmas e trabalhar com Filosofia, fiquei muito assustada, mas agora percebo que é possível desenvolver um trabalho de reflexão maravilhoso, pois as crianças têm inclinação natural para a curiosidade, admiração, indagação, discussão e reflexão. Vamos ver o que teremos pela frente!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O tempo passou...


O tempo passou e eu fiquei um ano afastada de tudo, tudo mesmo... trabalho, faculdade, amigos, passeios, vida social... tudo!

Vivi os oito meses de minha gestação em verdadeira clausura em uma cama, mas foi por uma causa louvável. Hoje meu bebê está aqui esbanjando sorrisos. Ele é um vitorioso. Lutou pela vida ainda antes de nascer. Enfrentou uma UTI quando deveria estar no aconchego de um colinho e hoje briga para se livrar da alergia alimentar. Masssss... tudo vale à pena! Ter um filho é algo indescritível...

Agora é chegada a hora de retomar minha vida... ou ao menos tentar. Retomo minhas postagens e, principalmente, retomo o sonho de me formar em Pedagogia.

Ressurgem as dúvidas, as angústias e as incertezas do estágio. Juntamente com o desafio do estágio, estarei enfrentando um novo desafio em minha vida profissional.

Meu último ano na escola foi permeado por vários desafios ao assumir a coordenação, agora, ao retornar, vou trabalhar com algo que nunca trabalhei: assumirei a disciplina de Filosofia nas turmas de 1º ao 5º ano.

Ficam inúmeras interrogações sobre o estágio realizado várias turmas e com uma disciplina específica. Ainda não sei bem como será, mas estamos na arrancada inicial, ainda há muito para questionar! Começo uma nova etapa na minha vida. Agora sou mãe, tenho que pensar primeiro em meu bebê, mas sem deixar meus sonhos se perderem pelo caminho. Queridos professores e tutores, chegou, finalmente, a minha vez!

terça-feira, 16 de março de 2010

Respirem fundo... vem ai o estágio!!!

Como o semestre já iniciou, eu e minhas colegas das arquiteturas pedagógicas também iniciamos nossos trabalhos...
Nos reunimos para realizar mais uma versão das arquiteturas. Muitas coisas foram alteradas em relação a versão anterior, pois estamos conseguindo compreender melhor o “espírito” do PA que será desenvolvido durante o estágio. Mesmo sabendo que não poderei realizar o estágio agora neste semestre, continuarei interagindo com as colegas e também, de uma certa forma, me preparar para o meu estágio.
No início do desenvolvimento das arquiteturas, tudo parecia muito obscuro, confuso e isso causava muita angústia. Hoje, não nego que ainda existe uma grande parcela de angústia, entretanto, depois de fazermos, refazermos, pensarmos e repensarmos no PA, acredito que estamos conseguindo traçar um bom caminho para iniciar.
Como foram importantes os momentos de reflexão em grupo. Foi com essas reflexões e interações dos professores e tutores que estamos conseguindo visualizar o PA na prática. Ontem, por exemplo, quando o grupo se reuniu, muitas dúvidas foram esclarecidas e muitas novas ideias surgiram a partir de nossas discussões.
Acredito que o desafio será muito grande, mas tenho certeza de que a troca de experiências entre as colegas do grupo das arquiteturas facilitará o trabalho.

Bom estágio a todas!!!!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O que busco na educação?


"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram.

Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."


(Jean Piaget)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Temas Geradores...

Não há como falar de Paulo Freire sem falar no Método Paulo Freire...


Não sabia muito bem sobre esse método, mas após o enfoque temático 5 da Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação aprendi que este método é a adequação do processo educativo às características do meio. No vídeo, vimos que depois de localizar e recrutar adultos analfabetos de uma comunidade, iniciava o trabalho de entrevista com os inscritos. Nestas entrevistas, registravam-se as palavras dos entrevistados que se referiam as suas experiências de vida local: questões sobre experiências vividas na família, no trabalho, nas atividades religiosas, políticas, recreativas etc. O conjunto da entrevista fornecia a equipe de educadores uma extensa relação de palavras da realidade daquela comunidade e dos alunos, permitindo que o educando trouxesse para a sala de aula a sua visão do mundo e da realidade.
Estas palavras, então chamadas de Temas Geradores, apontavam as utopias que moviam os alunos e as discussões das situações sugeridas pelas palavras ou temas geradores, permitia que o educando se conscientizassem da realidade em que vivia e de sua participação na transformação dessa realidade, o que tornava mais significativo e mais eficiente o processo de alfabetização, pois segundo Freire, ninguém começa lendo a palavra, as pessoas começam lendo o mundo; antes da palavra aqueles alunos tinham um mundo para ler.
O grande legado de Paulo Freire para a educação é que o aluno pudesse participar mais e que esse educação não estivesse aprisionada dentro de uma escola, mas que envolvesse todos os setores da sociedade.

Mestre Paulo Freire!

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
( Paulo Freire )
Este semestre tivemos novamente a oportunidade de aprofundar nossos estudos sobre o mestre Paulo Freire. Ele é considerado um dos grandes pedagogos da atualidade e respeitado mundialmente com uma incomparável contribuição em favor da educação popular. A partir das leituras realizadas e dos vídeos assistidos, percebe-se o quanto o legado deste educador enfatiza o aspecto sócio, político e cultural da educação, contribuindo para uma verdadeira valorização da cultura popular, pois a proposta de Paulo Freire tem o objetivo de possibilitar uma real participação do povo enquanto sujeito de todo um processo cultural.
Para Freire a educação é um processo de problematização da realidade, do enfrentamento e de questionamentos dos problemas que envolvem o indivíduo, o diálogo com o meio, sobre os desejos, as necessidades, as perspectivas de mudanças, os instrumentos, as dificuldades, as características, os detalhes de um mundo percebido e carente de transformações.

Prós e contras da inclusão dos surdos na escola regular

Hoje, fala-se muito em inclusão como uma forma de diminuir as diferenças, mas o que ocorre com as crianças e adolescentes surdos que vão para as escolas regulares é uma falsa inclusão. Esses estudantes têm suas potencialidades pouco desenvolvidas, pois estas escolas possuem uma visão ouvinte da educação e não tomam como princípio norteador de sua educação a cultura surda, mas sim a cultura prevalecente, ou seja a cultura ouvinte, que defini-se sempre por um ensino descontextualizado, sem aprendizagem significativa, apenas mecânica, e portanto desconectada da realidade dos educandos surdos. No entanto, para que a inclusão realmente seja eficiente e que atenda às expectativas da comunidade surda, não adianta apenas contratar intérpretes para as aulas, a escola precisa rever todo o seu processo educacional de forma que atenda às necessidades dos estudantes surdos, aplicando recursos suficientes para a realização de ações pedagógicas que auxiliem no desenvolvimento cognitivo desses alunos.
Quando as crianças surdas têm sua iniciação escolar com um professor também surdo, as possibilidades de sucesso deste indivíduo são muito maiores do que daquelas crianças que são falsamente incluídas em escolas normais inclusivas, pois terá neste profissional um marco referencial de que ser surdo não limita e tampouco desqualifica qualquer pessoa.

Reflexão... algo pessoal!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pedagogia de Projetos!

Gostaria de relembrar alguns aspectos positivos da Pedagogia de Projetos. Esse novo método de desenvolver projetos oportuniza novas formas de ensinar e aprender, pois é desenvolvido a partir das dúvidas e das perguntas dos alunos e quem o desenvolve são os próprios alunos, tentando responder as suas dúvidas, por meio de pesquisas e interação, diretamente conectadas com seus interesses. Pensando na minha prática pedagógica, percebi que o objetivo deste tipo de trabalho é proporcionar aos educandos a possibilidade de escolher o assunto que gostariam de aprender, desenvolver o hábito da pesquisa e investigação além de interagir em ambientes informatizados, sentindo-se motivados a desenvolver a pesquisa de forma interdisciplinar e cooperativa.
Considerando que a Pedagogia de Projetos dá a atividade de aprender um sentido novo, onde as necessidades das aprendizagens nascem nas tentativas de resolver situações problemáticas, um projeto gera situações de aprendizagens ao mesmo tempo reais e diversificadas tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental e Médio, pois possibilita que os alunos, ao decidirem, opinarem, debaterem, construam sua autonomia e aprendam a aprender com um grau maior de autoconsciência e independência.

A educação de surdos!


Durante os estudos realizados na unidade 3 da Interdisciplina de Libras, percebi que muitas escolas para surdos, deixam a desejar no momento em que estruturam seu projeto pedagógico aos olhos dos ouvintes, os quais elaboram e analisam toda a estruturação do processo de ensino de acordo com a visão dos ouvintes, que difere e muito da visão do surdo e da maneira como este percebe a sua cultura e a sua identidade.
Nos textos estudados, percebe-se a grande importância de as escolas de surdos terem em seu quadro funcional profissionais que dominem a Língua de Sinais, ou ainda e quem sabe preferencialmente, professores surdos e com domínio da Língua de Sinais, visto que esta escola para surdos não deve apenas estar preparada para ensinar os conteúdos pré-estabelecidos para cada série, mas sim apresentar a essa criança surda a identidade, a língua, a história, a arte, a comunidade e a culturas surda, tudo isso focalizado e entendido a partir da diferença, a partir do seu reconhecimento político e da sua valorização como diferente e não como inferior por estar na condição de diferente.

Ao ler o documento “A educação que nós, surdos, queremos e temos direito”, percebi que, para realmente falarmos em uma educação para surdos, é necessário oferecer condições de qualidade educativa para as pessoas surdas, a fim de que possam se desenvolver conforme suas potencialidades e, tal situação só poderá ocorrer de fato no momento em que a opinião do surdo seja respeitada!

Trocando experiências na aula da EJA...

Em nossa última aula de EJA, apresentamos as conclusões obtidas ao longo do nosso trabalho de pesquisa nas escolas onde há a Educação de Jovens e Adultos. Para mim, ficou evidente que toda a teoria estudada foi fundamental para a compreensão dos dados coletados com os alunos da EJA.
De modo geral, conseguimos ver o aluno da EJA com um olhar diferente, pois aprendemos que este aluno é normalmente aquele que foi excluído da escola ou que se excluiu, por ter problemas de comportamento, dificuldades de aprendizagem, repetências consecutivas, desinteresse...
Na teoria de Martha K. de Oliveira (p59) vimos que “o aluno da EJA geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles provenientes de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar.” Afirmação que constatamos com as entrevistas feitas na saída de campo, pois apenas um aluno é Sapiranguense, os demais vieram em busca de emprego. Alguns começaram a trabalhar ainda crianças e não tiveram oportunidade de estudar.
Enfim, deparamos-nos com diversas realidades, idades diferentes e cada um com uma história de vida diferente e almejam uma vida mais digna melhor. Os alunos da EJA que entrevistamos estão cientes de que para conseguir um emprego melhor ou até mesmo para poder se comunicar ou ler uma revista, bula de um remédio e ajudar seu filho nos deveres de casa é necessário estudar.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um mundo nas mãos!


Através de alguns filmes assistidos na Interdisciplina de Libras foi possível fazer uma análise do quanto já evoluímos no que se refere ao respeito e a igualdade dos surdos. Estudando alguns dados históricos e com base nos filmes já vistos, compreende-se melhor porque ainda há tantas demonstrações de discriminação ou até mesmo de piedade. Causa até certa repugnância em ver que os surdos eram tratados como incapazes e até mesmo idiotas, como mostra o filme “Menino Selvagem”, mas o que mais me incomodou, tanto ao ver este filme, como ao ver o filme “Seu nome é Jonas” era o fato de acharem, mesmo os médicos e outros especialistas na área, que os surdos deveriam aprender a falar de qualquer maneira, valorizando apenas o Oralismo, sendo até mesmo proibido o uso da língua de sinais ou qualquer outra comunicação por sinal.
Não estamos mais no século XVIII, quando as crianças que não acompanhavam um "ritmo" estabelecido pelo grupo eram rotuladas e estigmatizadas de incapazes e idiotas. Hoje acredito que maioria das pessoas já consegue ver o homem como um ser social, que necessita de profunda inserção cultural para se desenvolver.
A surdez não afeta a capacidade de ninguém para aprender e a Língua de Sinais é, com certeza, uma das maneiras de inclusão social da comunidade surda. Ainda há um longo caminho para que a integração dos surdos realmente aconteça em nossa sociedade. Quando as pessoas com necessidades especiais devido a deficiência ou problemas em seu desenvolvimento consigam viver e conviver normalmente com as demais pessoas de sua comunidade, isso sim será inclusão, mas para isso é preciso que se alarguem as possibilidades para que as pessoas em geral consigam ter acesso também a Língua de Sinais.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social

Na Interdisciplina de Linguagem e Educação trabalhamos sobre as práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social. Nossa atividade foi pedir que uma criança ou um adulto em fase inicial de escolarização contasse uma história para que pudéssemos transcrever a narrativa, analisando-a de acordo com a teoria estudada. A criança escolhida é uma menina, tem 5 anos e estuda em uma escola de Educação Infantil, filha de uma colega de escola.
Durante a narrativa, a menina usou uma entonação de voz diferente. A cada “daí” que ela dizia, ela criava um tom de suspense, provável reflexo das narrativas que ela está habituada a ouvir, pois percebi que já está adquirindo as noções dos usos e do funcionamento da linguagem.
Com base na leitura realizada, percebi que ela já consegue compreender a variação da linguagem no momento em que tem a intenção de narrar alguma história, diferentemente da maneira em que ocorre em uma simples conversa.
Pude analisar que ela usou vários elementos dos contos de fadas e narrou a história com grande propriedade, próprio da criança que desde os primeiros anos de vida já convive com o mundo literário, mas para isso, o papel dos professores e dos pais é fundamental. São eles que irão inserir a criança neste universo e desenvolver o gosto em ouvir e contar histórias. "O ideal é que ele seja um verdadeiro co-construtor das narrativas, incentivando a criança a avançar nos recursos que utiliza em suas construções", diz Maria Virgínia.
Com essa atividade, constatei que ao ouvir as narrativas das crianças percebemos uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação.
Após a narração da história, hora de desenhar...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Desafios da Educação de Jovens e Adultos


Durante o fórum da Interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos no Brasil, debatemos muito sobre o grande desafio e a grande responsabilidade de ser um professor da EJA. Digo que ser professor da EJA é uma grande desafio, pois para os adultos das camadas populares, a escolarização tem uma prioridade bem menor do que as questões de sobrevivência, como habitação, saúde, emprego, alimentação, transporte.
Mas, com a leitura do texto “Alfabetização de adultos: ainda um desafio” de Hara Regina, percebi que trazendo o cotidiano destes adultos para a sala de aula, até mesmo os alunos com mais dificuldade de aprendizagem, com pouca oralidade, poderão falar e participar com segurança, fazendo com que as dificuldades diminuam, pois quando se toma como ponto de partida o que estes adultos sabem, em vez de partir do que ignoram, percebe-se que a aprendizagem é construída pelo sujeito através das suas relações com o meio, assim como ocorre com as crianças.

Práticas de Leitura, escrita e oralidade no contexto social

Durante a realização de uma atividade da Interdisciplina de Linguagem e Educação, fomos instigados a pensar sobre o a ausência do letramento social em nossas escolas e a prevalência apenas do letramento escolar.
Percebi, com isso, que atualmente tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita é poder se engajar em práticas sociais letradas, respondendo aos inevitáveis apelos da atual cultura.
A partir da leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (KLEIMAN, 2006), constatei que a importância das práticas sociais de leitura enfatiza as diferenças entre as modalidades da língua oral e da língua escrita e demonstram como muitas crianças se apropriam da linguagem escrita através do contato com diferentes gêneros textuais, explorando através de suas interações com adultos alfabetizados a leitura e a produção de textos, mesmo antes de estarem alfabetizadas da forma convencional, enquanto que outras, apesar de alfabetizadas, não apresentam domínio da linguagem utilizada nas formas de comunicação oral. Analisando, assim, que as práticas de alfabetização nem sempre são capazes de promover a inserção dos alunos na cultura da leitura e da escrita, a escola deve buscar ser um espaço de abertura para outras formas do conhecimento, para ampliar o mundo social das crianças e também os múltiplos modos de mostrar, aprender, discutir e conhecer as diferentes linguagens sociais.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fordismo e Taylorismo na educação?

Taylor e Ford abriram caminho para que a Capitalismo Industrial atingisse novos patamares. Mas qual a relação disso com a educação?


Eu já conhecia os princípios do Fordismo e do Taylorismo, mas não imaginava que isso pudesse ter alguma relação com a educação escolar. Depois de ler o texto de Santomé, percebemos que este chama a atenção para as mudanças que começam a ocorrer durante o século XX sobre a necessidade de introduzir as questões sociais e os problemas do dia-a-dia no trabalho curricular de sala de aula e dentro das escolas, pois até então havia um distanciamento entre a realidade e as instituições escolares. Os conteúdos que formaram o currículo escolar eram trabalhados de forma isolada, ignorando que o verdadeiro sentido da escola existir é o de preparar cidadãos para compreender, julgar e intervir na sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática.
Nunca imaginei que a educação sofresse influências das filosofias do Taylorismo e do Fordismo. Percebi que os alunos estão desmotivados, provavelmente porque suas vivências, interesse, saberes e ritmos não estão sendo respeitados. Por isso, acredito que para garantir uma educação de qualidade com aprendizagens significativas, os sistemas educacionais necessitam rever suas propostas de ensino, buscando uma integração curricular não fragmentada durante todo o processo educativo.
A influência do Taylorismo na educação moderna gerou alguns problemas que precisam ser revistos pelos educadores e toda a comunidade escolar: as metodologias pedagógicas precisam ser revistas, pois, ao se subjugar aos reguladores das políticas educacionais que, de cima para baixo, elaboram sugestões, imposições, para nortear a educação ignorando as necessidades específicas de cada povo, evitam que as escolas trabalhem com liberdade desenvolvendo seu trabalho pautado no que é realmente preciso diante da realidade socioeconômica de sua clientela.