segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Compartilhando debates...

No fórum eu fiz alguns comentários que gostaria de compartilhar com mais pessoas além das colegas do grupo de debate.
Eu adorei o texto “Por que você ouve tanta porcaria?”. Após essa leitura fiquei ainda mais crítica em relação ao que meus ouvidos merecem escutar... Tudo que há muito tempo eu me questionava. Às vezes me sentia até um pouco ultrapassada, pois nada que para os outros era o máximo, o melhor hit, a melhor banda, eu conseguia gostar, ou melhor, suportar.
Mas é no mínimo lamentável perceber que o povo ouve o que tem capacidade de compreender. Isso mostra o reflexo da cultura do povo brasileiro. No entanto, é ridículo e um tanto revoltante saber que o gosto musical de uma nação esteja sob o controle de uma verdadeira máfia musical, que decidem quem vai vender mais e quem vai fazer mais sucesso.
No texto fala que os professores podem ser agentes de mudança, mas vejo isso uma tarefa absolutamente difícil. Nossas crianças têm seus ouvidos acostumados desde muito pequenos a ouvir porcarias. Ouvem e cantam com seus pais as mais ridículas e apelativas músicas. Tentar agir nessas preferências musicais é também interferir em uma questão social, e isso é complicado!!!
Além disso, encontramos como obstáculo toda uma gigantesca mídia que empurra goela abaixo o que eles querem. Fazem isso de tal maneira que fica difícil bater de frente com todo o aparato emocional/apelativo e insistente por eles impulsionado. É até decepcionante, quando vemos nossos alunos cantando músicas maliciosas e eles nos dizem que é só o que ouvem em casa e que seus pais adoooram.
A mudança com certeza deve iniciar, semente a semente, com muitas pedrinhas para ultrapassar, mas não podemos esquecer que há uma raiz não muito boa e que influencia muito nossos alunos. Isso não significa que não tento mudar o que posso, só estou analisando claramente a realidade da sociedade em que vivemos, que é fortemente influenciada pela apelação da mídia.

domingo, 25 de novembro de 2007

Como percebi uma certa proximidade com as obras de Fernanda Laguna com a realidade de minhas turmas, resolvi pesquisar um pouco mais sobre ela, para também poder apresentá-la para meus alunos.
Sendo assim, encontrei algumas informações:



Fernanda Laguna nasceu em 1972, em Buenos Aires, Argentina. É professora de desenho e pintura na Escola Nacional de Belas Artes Prilidiano Pueyrredón. Em 2006 sua obra foi adquirida pelo Museu de Arte Latino-americano (MALBA), Buenos Aires, para fazer parte de sua coleção. As exposições individuais da artista foram: Fernanda Laguna no Espacio Tatlin, Buenos Aires; De Todo, Fundação Start, Buenos Aires (2000) e, nesse mesmo ano e local, Hernanda Vacun, Galeria Miniatura Minitienda. E assim sucedem-se participações em exposições coletivas no Uruguai, Argentina e Alemanha. Em 1999 abre junto com Cecilia Pavón o espaço de arte Belleza y Felicidad e realiza eventos de música, poesia, performance e outras mídias. Desde 1998 dirige com Cecília Pavón um editorial de poesia e conto de mesmo nome. Entre os anos 2000-2002 edita a revista mensal Belleza y felicidad.


Algumas obras de Fernanda Laguna:



Aplicando alguns conhecimentos...

O projeto curatorial da 6ª Bienal do Mercosul é composto por quatro projetos e um programa pedagógico.
Inicialmente, fomos à Mostra Conversas, que é uma exposição explorando a geografia cultural através de relações específicas entre obras de arte escolhidas por artistas.
Nesta mostra, fiquei conhecendo um espaço que me chamou a atenção pela possível relação que eu poderia fazer com meus alunos. Ali havia uma conversa entre as obras de Fernanda Laguna, Jorge Gumier Maier e Cecília Pavón que compartilham de uma estética que se apresenta como naif ou anti-conceitual, para o qual o primordial são sensações e interioridade do artista, ou seja, uma arte que existe para expressar os sentimentos, sem se importar com a opinião dos outros, se vão gostar ou não, se vão achar bonito ou não. Alberto Greco, artista dos anos 60 e 70, completa esse quarteto com uma obra em que a ‘arte’ está na seleção ou no enquadramento do cotidiano.
Essa mostra me deu algumas idéias de trabalhar a arte como uma maneira para meus alunos expressar seus sentimentos, sem uma preocupação com o belo e o bonito aos olhos dos outros, mas sim como Fernanda Laguna que transformou a sua obra em uma forma de expor seus sentimentos de maneira que pareça um diário.
Para a arte não conceitual, as obras devem fazer sentido apenas para quem a criou e isso que eu gostaria de propor às minhas turmas: uma exposição de sentimentos e de coisas que fizessem sentido para eles, sem se preocupar com a opinião dos colegas, (o que é muito comum entre as crianças) pois a arte seria para eles e não para os outros, assim, acredito que incentivaria a turma a valorizar mais as produções dos colegas, em vez de criticá-las.

Visitando a Bienal...

Durante a visita à Bienal do Mercosul, percebi que muitíssimas das obras não cumprem com as expectativas tradicionais da arte baseada na pintura, no desenho e na escultura. Muitas obras sequer cumprem com a suposição de que a arte exposta deva ser visual. Algumas obras utilizam sons, outras utilizam imagens em movimento e algumas ficam apenas na imaginação.
Além de prestigiar a Bienal, eu também pretendia, com a visitação, encontrar idéias que pudesse aplicar com minhas turmas a fim de trazê-las mais próximas a proposta da arte contemporânea e, dessa forma, fazer com que meus alunos percebessem a amplitude das artes, considerando seus mais variados movimentos e expressões. Na revista Nova Escola do mês de setembro, o curador da Bienal do Mercosul, Luis Camnitzer, afirma que “os professores podem se inspirar na curadoria pedagógica da mostra para preparar aulas mais criativas.”


segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Vivendo e aprendendo!!!


Eu simplesmente adorei a entrevista com a professora Tânia Fortuna. Aprendi muito sobre a importância da ludicidade na educação. Aprendi que uma experiência marcada pela ludicidade torna-se mais significante para o indivíduo, pois a brincadeira nos conecta com conosco mesmo e com o mundo, de forma que as atividades que envolvem a ludicidade se tornam mais importantes e atrativas, facilitando, assim, a aprendizagem.
Além disso, o ser humano gosta de se sentir sujeito em uma ação e necessitam estar uns com os outros, e isso o jogo possibilita: a ação do ser humano em um determinado grupo em que ele é sujeito de sua aprendizagem.

O brincar é uma construção social, sendo assim, as crianças da atual sociedade percebem o que o seu grupo social valoriza e este sendo absolutamente consumista, reflete este consumismo nas crianças.
Nossa sociedade valoriza mais o ter e menos o brincar, por isso, muitas crianças preferem colecionar brinquedos, sem se contentar com o que já possuem e nem mesmo brincam com seus brinquedos.
Nossas crianças, assim como nós adultos, também estão expostas à cultura consumista imposta pela mídia, o que os faz serem pequenos consumistas também: querem adquirir brinquedos não para satisfazer a vontade de brincar, mas para saciar a vontade de consumir, de ter, de adquirir. O que vemos, muitas vezes, são crianças com quartos abarrotados de brinquedos e, mesmo assim, sempre querendo mais e mais e, no entanto, não brincam.

Considerando que brincar é uma construção social, as crianças da atual sociedade percebem o que o seu grupo social valoriza e este sendo absolutamente consumista, reflete este consumismo nas crianças.
Nossa sociedade valoriza mais o ter e menos o brincar, por isso, muitas crianças preferem colecionar brinquedos, sem se contentar com o que já possuem e nem mesmo brincam com seus brinquedos.
Nossas crianças, assim como nós adultos, também estão expostas à cultura consumista imposta pela mídia, o que os faz serem pequenos consumistas também: querem adquirir brinquedos não para satisfazer a vontade de brincar, mas para saciar a vontade de consumir, de ter, de adquirir. O que vemos, muitas vezes, são crianças com quartos abarrotados de brinquedos e, mesmo assim, sempre querendo mais e mais e, no entanto, não brincam.

Em sua entrevista, a professora Tânia nos explica que a inserção de atividades lúdicas na escola produz grandes significados no processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que o professor goste mais de ensinar e que o aluno goste mais de aprender. Por meio das brincadeiras é possível chegar-se ao sucesso escolar, o qual garante a inclusão escolar e, conseqüentemente, a inclusão social, e esta seria a alavanca para uma mudança das relações entre os homens, que se tornariam agentes de sua própria aprendizagem, além de mais cooperativos, mais racionais e mais criativos.

domingo, 4 de novembro de 2007

Colocando em prática...

Na semana anterior coloquei em prática as atividades da aula de Teatro e os resultados superaram minhas expectativas. Percebi como as crianças se sentiram mais à vontade com a iniciação proposta pela interdisciplina.
Para iniciar realizei apenas as atividades que nós trabalhamos na aula presencial e a interpretação de uma cena de nosso cotidiano, mas não falei com eles a respeito de teatro, tratei como sendo brincadeiras. Acredito que, como era a iniciação. Era necessário que não houvesse nenhuma barreira e se eu falasse em teatro, provavelmente as crianças mais tímidas já criariam uma barreira.
Nesta atividade todas as crianças participaram ativamente, ao contrário das outras vezes em que trabalhei com teatro, onde os mais desinibidos acabavam “roubando a cena”.
A semente está plantada, basta agora fazê-la germinar!!!

Encantos para sempre!!!

Nesta semana, durante a leitura do texto “Encantos para Sempre”, aprendi algumas coisas que julguei importantíssimas e, por isso, resolvi compartilhá-las. Inicialmente, foi surpresa para mim em saber que os contos são criações populares, inicialmente contados e recontados na oralidade e que não tinham o objetivo de atender às crianças como seu principal público alvo. Além disso, fiquei surpreendida em descobrir que já há relatos de uma versão de Cinderela no antigo Egito. Nossa! Sua origem deve ser realmente antiga!!!Nunca que eu poderia imaginar que a insistência do sangue feminino nas histórias da Branca de Neve e da Bela Adormecida, assim como o vermelho e a rosa em Chapeuzinho Vermelho e em A Bela e a Fera, fossem vestígios da primeira menstruação, assim como O pé-de-feijão que cresce incontrolavelmente durante a noite, a torre alta que se ergue solitária pudessem ser alusão aos ritos da puberdade masculina. Maneiras que as sociedades primitivas utilizavam para marcar os ritos de passagem de uma idade para outra, e as marcas da iniciação sexual. Freud explica!!!
Interessante em saber que essas histórias "corriam o mundo" e que inspiraram vários autores a criar os Contos de Fadas que hoje narramos aos nossos alunos e que eles adoram.

domingo, 28 de outubro de 2007

Algumas reflexões...


Esta semana parei para refletir sobre o reflexo de algumas mudanças que realizei com minhas turmas. Acho que estou conseguindo fazer com que meus alunos sintam prazer com a leitura. Desde a primeira aula de Literatura Infanto Juvenil, eu tentei alterar algumas coisas que vinha fazendo sem perceber que não eram tão corretas assim...Agora, seguidamente, eu seleciono uma história para contar aos meus alunos e não realizo atividades sobre elas, para que as crianças aproveitem a história pelo prazer que ela possa lhes proporcionar e que não fiquem preocupados com os trabalhos que farão.

Percebi que já ocorreu mudança... Eles aguardam ansiosos pelo dia da história e, no momento de leitura, geralmente procuram ao livro que foi narrado pela professora. Chegam a fazer “ordem de leitura” do tal livro. Para mim isso já é um grande progresso!!! Estimular o prazer e o gosto pela leitura, no momento, é meu maior objetivo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A importância do Maravilhoso na Literatura Infantil

Com as leituras realizadas, pude constatar como é importante o uso de histórias que envolvem o Maravilhoso, ou seja, todas as situações que ocorrem fora do nosso entendimento de espaço e tempo ou realizada em local vago ou indeterminado na terra. Tais fenômenos não obedecem as leis naturais que regem o planeta.
Em um site de Literatura Infantil, descobri que Maravilhoso sempre foi e continua sendo um dos elementos mais importantes na literatura destinada às crianças. Através do prazer ou das emoções que as histórias lhes proporcionam, o simbolismo que está implícito nas tramas e personagens vai agir em seu inconsciente, atuando pouco a pouco para ajudar a resolver os conflitos interiores normais nessa fase da vida.
A Psicanálise afirma que os significados simbólicos dos contos maravilhosos estão ligados aos eternos dilemas que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional. É durante essa fase que surge a necessidade da criança em defender sua vontade e sua independência em relação ao poder dos pais ou à rivalidade com os irmãos ou amigos.

domingo, 21 de outubro de 2007

Contos de Fadas

O trabalho sobre os elementos da narrativa do conto da Cinderela, me motivou a procurar algumas informações quanto a sua primeira versão e algumas características dos contos de fadas. Encontrei as seguintes características:


  • Podem contar ou não com a presença de fadas, mas fazem uso de magia e encantamentos;

  • Seu núcleo problemático é existencial (o herói ou a heroína busca a realização pessoal);

  • Os obstáculos ou provas constituem-se num verdadeiro ritual de iniciação para o herói ou heroína;

  • Sua origem é celta.

Ao pesquisar sobre Cinderela, descobri um pouco mais sobre Charles Perrault, que sempre viveu em Paris e morreu aos 75 anos. Foi membro da alta burguesia. Perrault foi imortalizado por criar uma literatura de cunho popular que caiu no gosto infantil e contou também com a aprovação dos adultos. Com pouco mais de 50 anos, trocou o serviço ativo pela educação dos filhos. Movido por esse desejo, começou a registrar as histórias da tradição oral contadas, principalmente, pela mãe ao pé da lareira.
Com quase 70 anos, publicou um livro de contos conhecido, na época, como "contos de velha", "contos da cegonha" ou "contos da mamãe gansa", sendo o último o título por que ficou conhecida a obra em todo o mundo. A primeira edição, de onze de janeiro de 1697, recebeu o nome de "Histórias ou contos do tempo passado com moralidades", que remete à famosa moral da história presente ao final de cada texto.
Com redação simples e fluente, as histórias eram adaptações literárias que traziam ao final conceitos morais em forma de verso. Essa perspectiva promove, desde a fase inicial, na chamada literatura infantil a existência de um teor pedagógico associado ao lúdico.Os "Contos da mamãe gansa" se constituem de uma coletânea de oito histórias, posteriormente acrescidas de mais três títulos, ainda que num manuscrito de 1695, só encontrado em 1953, constassem apenas cinco textos. Os contos que falam de princesas, bruxas e fadas trazem histórias que habitam até hoje o imaginário infantil como "A Bela Adormecida", "Chapeuzinho Vermelho", "Cinderela", dentre outros.


Charles

Perrault

Rodas Cantadas

Durante algumas pesquisas na Internet aprendi um pouco mais sobre a grande importância das rodas cantadas no desenvolvimento das crianças, pois elas são umas das primeiras manifestações do espírito associativo das crianças. São também um dos melhores meios na sua educação musical, e ótimo veículo de transmissão das tradições através das gerações.
As mães e as avós ensinam às crianças as cantigas de roda que cantaram na sua infância. Eu nem imaginava que as cantigas de roda têm influência dos nossos antepassados portugueses e africanos. Por isso é de suma importância que a escola também proporcione momentos em que essa cultura popular seja evidenciada e valorizada, para que não caiam no esquecimento ou que não sejam apenas parte do folclore de antigamente.

Brinquedo ou brincadeira?

A atividade de Ludicidade me vez ver que, hoje, o jogo é um poderoso instrumento educativo, uma das mais completas formas de preparação para a vida real. Brincando forma-se o caráter integral da criança, do adolescente. Os jogos tradicionais infantis compreendem brinquedos ou brincadeiras. Consegui estabelecer as seguintes diferenças entre ambos:
  • Brinquedos são aqueles em que não há disputa, brinca-se por brincar. Joga-se por jogar. Brincar com boneca, cata-vento, aro de rodar, papagaio (pipa ou quadrado), ronda, cirandinha...
  • Brincadeiras são aqueles jogos em que há disputa, que provoca o desejo de ganhar, de vencer: bolinha de gude, unha de mula, ou sela-corrente, carniça, amarelinha, roda de pião, futebol de bola de meia.

Novas descobertas!!!

Para a realização da atividade da Interdisciplina de "Ludicidade e Educação", eu realizei algumas leituras sobre a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento das crianças e aprendia que muito mais do que proporcionar diversão e passatempo, os jogos infantis como pega-pega, esconde-esconde, amarelinha, entre outros menos conhecidos, podem ser utilizados para ajudar a desenvolver, nas crianças, a linguagem, a motricidade, a socialização, a concentração e a memória.
Os brinquedos são de vital importância para o desenvolvimento e a educação da criança, por propiciar o desenvolvimento simbólico, estimular sua imaginação, sua capacidade de raciocínio e sua auto-estima. Podem ser utilizados em tratamento psicoterápico com crianças com problemas emocionais causados por fatores variados, ou que apresentam distúrbios de comportamento ou baixo rendimento escolar. Carrinhos em miniatura, bonecas, bolas, ursos de pelúcia, ioiôs são exemplos de brinquedos. O ato de brincar em si, geralmente não exige um brinquedo, que seja um objeto tangível, pode acontecer como jogos simbólicos (faz-de-conta).

domingo, 14 de outubro de 2007

Registro de aprendizagens...



Eu gosto de trabalhar com teatro com minhas turmas, mas sempre ficava pensando como poderia ajudar àquelas crianças que são mais tímidas, mais retraídas a também aprender com o teatro e, muitas vezes, ficava frustrada, pois as crianças mais desinibidas acabavam "tomando conta" da peça e delegavam pequenas funções aos que mais precisavam desenvolver este lado!
Com a nossa aula presencial de Teatro, eu percebi que para haver uma interação plena com as Artes Cênicas é preciso partir de um certo ponto inicial, até que se consiga uma descontração maior e que se sinta prazer com o teatro, pois ele trabalha a integração da criança consigo mesma e com o mundo à sua volta, através de exercícios, estimulando o interesse, a investigação, o senso analítico, a criatividade na articulação da sua própria opinião e o desenvolvimento do seu potencial expressivo. Aprendi algumas técnicas que auxiliarão meu trabalho em sala de aula, e que ajudarão na "Improvisação para o teatro":

***

1. Espreguiçar, alongar, caminhando pelo espaço. Sair do "estado-cadeira", bem sentado, só pensativo, para um estado mais dinâmico, mais preparado para o jogo.


2. Cumprimentar um colega espreguiçando, soltando o ar pela boca, como um bocejo. Divertir-se no contato com o outro, com os demais colegas, jogando.


3. A turma de "felinos", se espreguiçando, bocejando, lançando um rugido no ar. Pode ser feito com dois grupos, frente a frente. Lembrar do rugido e do corpo em atitude de felino. Sempre lembrar que o corpo deve estar integrado na ação.


4. Brincadeira do "Chefe manda". O líder dá as instruções para o grupo: chefe mandar caminhar,chefe manda parar, chefe manda sentar no chão... etc. Quando o líder NÃO DIZ a frase "chefe manda" o grupo não obedece. É um bom exercício para concentrar, prestar atenção no comando e, também, divertir-se com os enganos...


5. Caminhada pelo espaço, com boa dinâmica, foco, orientação, mudança de direção.


6. Caminhada pelo espaço com "stop-congela", concentrado.


7. Caminhadas com "stop" e congela, explorando os níveis - bem alto, na ponta dos pés,no nível normal, no nível médio (abaixando-se), bem baixo e até no chão.


8. Caminhadas com "stop", níveis e direção do gesto e do olhar para um colega. Começam a se formar as composições, de forma aleatória.


9. Caminhadas com "stop" contando 10 tempos - 1, 2, 3... e no 10º tempo a pessoa congela e estará tocando um colega, um contato, alguma parte do corpo com apoio etc.


10. Daí estarão divididos em dois grupos – entra o primeiro grupo e se desloca em dez tempos,congela. Entra o segundo, se desloca em dez tempos e congela. Recomeça o primeiro, novo deslocamento até nova composição. Recomeça o segundo, assim sucessivamente. Sempre haverá um grupo parado, "congelado" e outro que se desloca, alterando a composição. Lembrem que há espaços como obstáculos para serem explorados - passar entre as pernas, por baixo de um braço erguido, rastejar ao lado de alguém, apoiar-se em alguém que está abaixado etc.


11. Palco-platéia: entra um integrante, compõe a sua escultura. Entra um segundo que complementa, entra um terceiro, assim por diante, até formar uma composição com 6, 7 ou 8 pessoas.


12. Entra um integrante, compõe a sua escultura. Entra um segundo, um terceiro e um quarto integrante. A seguir sai o primeiro que entrou, entra um novo integrante, sai o segundo, entra um novo, sai o terceiro, e assim por diante, e vai alterando a composição a cada vez que entra um e sai outro.


13. Formam-se os grupos e cada grupo escolhe três imagens para mostrar para a platéia – lembrar de não tapar o colega, de explorar os níveis, as linhas de tensão para não ficarem grudados uns nos outros etc.


.14. Grupos - cada grupo escolhe um tema e mostra em cinco fotos (passando de uma foto para outra com a transição - contando os tempos, cantando uma música ou em silêncio) Faço uma listagem rápida das situações que surgiram para nossa lembrança (acho que não vou lembrar de todos): "o salão de beleza", "a traição e o crime, a justiça", "o assalto e a fuga com a bolsa", "a orquestra e a cantora", "a festa de aniversário com a comilança", fotos de família.


No site artes.com encontrei a seguinte explicação sobre a importância do teatro para o desenvolvimento das crianças:

"Através do desenvolvimento artístico e da ambientação cultural pode-se proporcionar ao indivíduo um crescimento equilibrado, atendendo às diversas solicitações de um ser em formação, trabalhando sistematicamente sensações, sentidos e sentimentos, razão, emoção, pensamento e ação, corpo, som e espaço, dentre outros aspectos do vasto universo da percepção e da sensibilidade, na construção de uma vida adulta consciente e integrada."

sábado, 13 de outubro de 2007

Para saber mais!!!

Sempre admirei muito o trabalho de Tarsila do Amaral, suas temáticas, as cores, que Carlos Drummond tão bem definiu: “O amarelo vivo, o rosa violáceo, o azul pureza, o verde cantante”... mas nunca tinha me aprofundado em sua história. Com o trabalho de Artes Visuais, aproveitei para conhecer melhor ainda a sua arte e um pouco de sua vida:

Tarsila nasceu em 1887 dentro de uma família abastada do interior de São Paulo. Cresceu como uma princesa e foi educada dentro de padrões próprios para as donzelas bem-nascidas da época. Com pouquíssima idade casou-se pela primeira vez. Desse casamento nasceu sua filha Dulce. Pouco tempo depois se separou e anos mais tarde conseguiu a anulação para seu casamento. Em Paris, estudou artes plásticas e elaborou quadros acadêmicos. De volta ao Brasil conheceu os modernistas da Semana de 22, entre eles Oswald Andrade e Mario Andrade. Pouco tempo depois casou-se com Oswald Andrade. Neste período, criou a mais importante obra artística brasileira do movimento antropofágico "O Abaporu". A crise de 1929, acabou com a fortuna de Tarsila e Oswald e tempos depois eles se separaram. Tarsila morreu em 1973 deixando para o país um exemplo de valorização da amizade, do patriotismo e da cultura aos ministrar em suas obras as cores caipiras de sua infância, lendas, amigos e a sociedade.



Aproveitei para me deliciar no site Tarsila do Amaral.

Novas descobertas!!

É até com uma certa vergonha que devo confessar que eu não tinha idéia nenhuma sobre as diferenças entre Escola Tecnicista, Escola Nova e Proposta Triangular. Quando comecei a estudar sobre elas senti até um certo desconforto em perceber que sempre trabalhei com um pouco de cada uma delas, mas sem entender seu verdadeiro propósito. Reconheci que várias vezes fiz atividades de trabalhos manuais ou para o desenvolvimento de algumas destrezas, ou ainda primei pela livre-expressão, achando que assim estaria contribuindo para desenvolver a criatividade de meus alunos. Nossa!! Hoje percebo a importância de trazer a arte para dentro das vivências dos alunos, de forma que seja significante para suas vidas e os façam compreender melhor o mundo onde vivem. Já estou com mil idéias de releituras para fazer com minhas turmas, só não se se encontrarei subsídios para isso em minhas escolas. Acho que vou aproveitar algumas estátuas que há em minha cidade!!!

Abaporu - Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1.500.00. Foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.

Fonte: Site Tarsila do Amaral



segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Terceira semana...

Para a realização da atividade 1 da interdisciplina de Música na Escola, eu pesquisei um pouco sobre o que a música representa para os bebês.Descobri que mesmo antes do nascimento, a música já faz parte das vivências humanas. Dentro da barriga da mãe as preferências vão para os sons suaves e harmoniosos. Não apenas porque os fetos são pequenos ouvintes, mais frágeis e mais sensíveis, mas também porque a música serve como elo de ligação entre o mundo uterino e o mundo exterior. O efeito calmante da música nos fetos está comprovado através de várias experiências, o mesmo se poderá dizer em relação ao seu poder na estimulação da inteligência.
Mais calmos, mais sensíveis, mais inteligentes... Serão provavelmente assim as crianças que, desde cedo, se familiarizarem com a música. Mas, para isso, é necessário que as mães permitam que os seus bebês, muito antes de nascerem (no verdadeiro sentido do termo) nasçam para a música.




quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Segunda semana...

Nesta segunda semana, estou realizando a atividade sobre Poesias, na interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil. Com isso, eu percebi que as poesias que trabalhamos com as crianças não podem ser apenas com fim moralizador ou temas patrióticos ou ainda para ensinar a ter hábitos de higiene. Poesia é muito mais do que isso!
Poesia para as crianças é o brincar que elas tanto gostam, só que com as palavras. Palavras que, combinadas, inventam novos sentidos e constroem sons, ritmos e imagens diferentes. A criança está sempre em busca de experiências e a poesia é uma forma nova de descobrir a vida, explorando o mundo fascinante dos sons e das idéias.
Poesia e universo infantil têm muitos pontos em comum, especialmente a grande carga afetiva, as imagens, a fantasia e a sensibilidade. A linguagem poética faz parte naturalmente da linguagem da criança que se comunica com o mundo de maneira informal e lúdica.

"A leitura de poemas tem um poder encantatório, acalma e desperta a sensibilidade dos pequenos. Eu já fiz crianças dormirem por meio de poemas. Ler poemas em voz alta por várias vezes acaba virando música"

Sylvia Manzano


domingo, 30 de setembro de 2007

Brincando...

Em nossa recente aula de Ludicidade e Educação, sentimo-nos crianças novamente. Brincamos, rimos, enfim, nos divertimos muito. Mas, com certeza, o objetivo da aula ia muito além do simples entretenimento de nós, alunos... Algo importantíssimo estava nas entrelinhas de cada brincadeira.
Não podia deixar de relatar que aprendi que é possível canalizar positivamente a agressividade de alguns alunos através das brincadeiras, visto que por meio das brincadeiras as crianças conseguem aprender a lidar com algumas emoções/sensações que, dentro de uma sala de aula, ficariam menos evidentes. Em uma simples brincadeira como "Bola da vez", por exemplo, trabalha-se com receio de não ser escolhido, ansiedade, frustração, direção e paciência para esperar chegar sua vez.
Além disso, as brincadeiras são ótimas oportunidades para os alunos liberarem um pouco da energia que possuem e que, muitas vezes, os impedem de se concentrar na realização das atividades.

Ouvindo histórias...

Em nossa primeira aula de Literatura Infanto Juvenil, adquiri um aprendizado que me foi muito valioso: a narração de histórias não deve ser ligada a atividades. O objetivo do ouvir histórias é para desenvolver o gosto pela leitura, o encantamento pelas histórias, uma viagem pelo mundo da imaginação...
Eu sempre pensava que, ao narrar alguma história, deveria sempre realizar atividades sobre ela, englobando os outros conteúdos. E isso não era muito fácil!!! E tampouco prazeroso para os alunos. Alguma vezes eles me perguntavam antes mesmo de eu começar a narração o que teriam que fazer depois!
Agora, descobri que posso contar histórias para que meus alunos tenham o "simples" prazer de ouví-las e viajar com elas.

Primeira semana

No sementre passado, realizamos um memorial de nossas aprendizagens. Para tanto era preciso listar as conquistas através de argumentos e evidências, contudo este conceito não estava bem claro para nós. Já, neste semestre, iniciamos nossos estudos a fim de debatermos e compreendermos com maior clareza o que são os argumentos e o que são as evidências.
Para que nossos conceitos fossem mais claramente definidos, assistimos ao filme 12 HOMENS E UMA SENTENÇA. No filme, percebemos que argumento é uma linha de raciocínio utilizada no debate para defesa de um ponto de vista. O argumento é o elemento básico para a fundamentação de uma teoria. Trata-se de um recurso para convencer alguém, para alterar-lhe a opinião ou o comportamento.
Percebi que o jurado que defendia a inocência do jovem valeu-se de inúmeros argumentos para alterar a opinião dos demais jurados. Para isso, ele provou com as evidências, pois, segundo a Wikipédia, as evidências são informações cuja veracidade pode ser comprovada, com base em fatos obtidos através de observação, medição, ensaio ou outros meios.

domingo, 23 de setembro de 2007

Quem sou eu...


Olá! Sou Lucele Bolzan.

Moro em Sapiranga e sou professora da rede estadual e municipal de ensino.