domingo, 25 de novembro de 2007

Aplicando alguns conhecimentos...

O projeto curatorial da 6ª Bienal do Mercosul é composto por quatro projetos e um programa pedagógico.
Inicialmente, fomos à Mostra Conversas, que é uma exposição explorando a geografia cultural através de relações específicas entre obras de arte escolhidas por artistas.
Nesta mostra, fiquei conhecendo um espaço que me chamou a atenção pela possível relação que eu poderia fazer com meus alunos. Ali havia uma conversa entre as obras de Fernanda Laguna, Jorge Gumier Maier e Cecília Pavón que compartilham de uma estética que se apresenta como naif ou anti-conceitual, para o qual o primordial são sensações e interioridade do artista, ou seja, uma arte que existe para expressar os sentimentos, sem se importar com a opinião dos outros, se vão gostar ou não, se vão achar bonito ou não. Alberto Greco, artista dos anos 60 e 70, completa esse quarteto com uma obra em que a ‘arte’ está na seleção ou no enquadramento do cotidiano.
Essa mostra me deu algumas idéias de trabalhar a arte como uma maneira para meus alunos expressar seus sentimentos, sem uma preocupação com o belo e o bonito aos olhos dos outros, mas sim como Fernanda Laguna que transformou a sua obra em uma forma de expor seus sentimentos de maneira que pareça um diário.
Para a arte não conceitual, as obras devem fazer sentido apenas para quem a criou e isso que eu gostaria de propor às minhas turmas: uma exposição de sentimentos e de coisas que fizessem sentido para eles, sem se preocupar com a opinião dos colegas, (o que é muito comum entre as crianças) pois a arte seria para eles e não para os outros, assim, acredito que incentivaria a turma a valorizar mais as produções dos colegas, em vez de criticá-las.

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