quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Planejamento




Ao ler o texto "Planejamento: em busca de caminhos", encontrei várias relações com minha prática, pois assim como a autora, eu também estou, desde junho, atuando como coordenadora pedagógica do currículo (1º ano à 4ª série). Mas como a coordenação ainda é uma nova experiência, eu prefiro relatar as relações existentes com a minha prática docente, pois tenho mais subsídios e experiências para relatar.
Atualmente, não realizamos mais planos de curso e de unidades, pois eles são elaborados pela secretaria de educação, com todos os conteúdos a serem desenvolvidos em cada trimestre, conhecidos como planos de estudos. Com base nestes planos de estudos, desenvolvemos nossos projetos pedagógicos e planos de aula diários, de forma a contemplar os conteúdos neles especificados. Nos projetos pedagógicos temos uma abertura maior para escolher uma temática a ser trabalhada, que pode ser da escolha do professor ou da turma. Dentro desta temática, desenvolvemos as aulas com base nos conteúdos dos planos de estudos.
A autora comenta que os antigos planos de curso e de unidade acabavam sendo hipotéticos, mas, ao longo de alguns anos usando os atuais planos de estudos, percebo que estes também são um pouco hipotéticos, pois presumem um andamento dos conteúdos contínuo, que não condiz com as diferenças entre escolas e suas realidades, nem mesmo a sondagem de início de ano, que eu julgo essencial para saber de onde partir, está inclusa nos planos de estudos. Infelizmente, estes planos limitam o trabalho do professor a uma série de conteúdos que devem ser necessariamente trabalhados, independente do andamento da turma. Muitas vezes, esses planos, assim como os antigos planos de curso e de unidades, acabam ficando abandonados, pois nem sempre a mecanicidade descrita no papel pode ser efetivada em sala de aula. Acabamos contornando a burocracia destes planos para atender verdadeiramente às necessidades de nossas turmas.

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