sábado, 23 de maio de 2009

Alunos com necessidades especiais

A partir dos estudos realizados na Interdisciplina de Necessidades Educacionais Especiais, temos aprendido muito sobre os alunos com necessidades especiais, e eu acredito que alunos com dificuldades de aprendizagem também devem ser visto com alguma necessidade especial, pois geralmente por trás desta dificuldade há uma série de questões emocionais, familiares e sociais não resolvidas.
Quando falamos em inclusão não podemos esquecer que um aluno com necessidade especial será inserido dentro de uma turma regular. A turma não pode parar de evoluir em função deste aluno, mas este aluno também não acompanhará o ritmo da turma, pois o seu ritmo é diferente.
Uma coisa que sempre me deixa com muitos questionamentos... dar a esse aluno atividades diferenciadas, dentro de suas limitações, ou proporcionar a ele as mesmas atividades do restante da turma, mas adaptada ao seu limite físico, quando forem deficiências físicas. Mas se a necessidade especial for de alguma dificuldade de aprendizagem ou deficiência mental, seria recomendado dar a esse aluno a mesma atividade dada ao restante da turma, mas como um apoio maior e talvez com um grau de exigência menor.
Já tive e tenho alunos com dificuldade de aprendizagem, por fatores familiares, sociais, psicológicos... e já tentei fazer as duas coisas: dar atividades diferenciadas e dar as mesmas atividades do restante da turma. Há alunos que aceitam tranquilamente realizar atividades dentro de sua necessidade e diferente do restante da turma, já outros não gostam e se sentem excluídos, pois os colegas sempre questionam as atividades diferentes. Geralmente faço um pouco de cada. Às vezes trabalho as mesmas atividades com material de apoio, mas em seguida dou uma mais específica para o nível dele. Não sei se estou fazendo o certo. Às vezes dá super certo, mas há dias que volto para casa frustrada por ter conseguido avançar tão pouco.
O ideal seria conseguir fazer conforme o vídeo Atendimento Educacional Especializado – Deficiência mental, que mostra uma proposta de trabalho que parte dos próprios alunos, na qual eles definem o que será estudado. Não há planejamento das aulas, pois não se sabe o que partirá dos alunos. Acredito que quando se trabalha com Atendimento Especializado isso seja o mais indicado, no entanto, dentro de uma sala regular, com conteúdos a serem desenvolvidos, não acho muito viável. Precisamos organizar as aulas de forma que todos os conteúdos da série sejam trabalhados e precisamos fazer com o que o aluno de inclusão consiga evoluir dentro de suas limitações, mas sem defasar o restante da turma...
É possível, mas não é fácil.
Precisamos reconhecer as diferenças como desafios positivos.

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