terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Auto-avaliação sobre a participação no PA

Com o Projeto de Aprendizagem eu aprendi a...

A elaboração do Projeto de Aprendizagem foi um grande desafio para mim. No início do projeto eu estava bem tranqüila e, de certa forma, bem acomodada com a proposta, pois julgava dominar a elaboração de Projetos de Aprendizagem e em momento algum imaginei que ele seria desenvolvido a partir das dúvidas e das perguntas que nós tínhamos, tentando responder as nossas dúvidas por meio de pesquisas e interação.

Após as primeiras tentativas de desenvolver o PA, comecei a ficar muito ansiosa, pois não estava conseguindo compreender qual era a proposta. Inicialmente, sentia necessidade de interagir pessoalmente com minhas colegas de grupo, não conseguia imaginar um trabalho em grupo sem que o grupo se encontrasse pessoalmente e discutisse as possíveis dúvidas e certezas. Iniciei o PA com uma visão de trabalho coletivo e tive dificuldade de quebrar esse paradigma. Após algumas semanas um pouco atrapalhadas, percebi que é possível trabalhar em grupo e à distância, com grande independência.

Aprendi a ser mais independente e me posicionar frente a um determinado assunto, mas para isso percebi que precisava estar preparada para defender minhas idéias e para isso precisava estar informada, ou seja, precisei pesquisar bastante para poder contribuir com o PA. O meu crescimento foi muito grande, e percebido pelas trocas e interações dentro do projeto e a partir da elaboração dos mapas conceituais, nos quais ficou evidente o crescimento do grupo e o entendimento do assunto que estávamos pesquisando. A interação foi o ponto mais forte deste trabalho, mas senti que o trabalho, após compreendido, fluiu com mais facilidade devido a sintonia do grupo. Cada uma evoluía a partir de suas limitações e avançando em suas aprendizagens individuais e coletivas. Cada idéia que os componentes tinham, eram valorizadas pelo grupo, assim nos sentíamos valorizadas e mais animadas para contribuir com o grupo.

Não é uma tarefa muito fácil avaliar a si mesmo, mas revendo tudo o que foi construído e todos os conhecimentos que eu adquiri durante o processo de desenvolvimento do PA me sinto satisfeita, pois desenvolvi o hábito de pesquisa e investigação, além de conseguir interagir com o grupo em ambientes informatizados. Senti-me motivada a desenvolver a pesquisa e aprendi a trabalhar de forma cooperativa, tomando uma posição real de minhas limitações e de minhas possibilidades.

Ao rever os registros dos textos de interações e pesquisas realizadas em grupo e individualmente, as imagens, as várias páginas criadas com o resultado de nossas aprendizagens, o fórum de discussões, o diário de bordo, me possibilitou uma melhor compreensão da construção do conhecimento adquirido com o PA. Percebi que cada indivíduo envolvido no processo pode estar desenvolvendo a auto-crítica também.

Dessa forma, eu acredito que poderia ter contribuido mais ainda com o trabalho, pois como nos últimos dias estive com problemas... não pude contribuir tanto quanto eu gostaria. Mas como o nosso grupo tem uma excelente sintonia, daremos continuidade ao PA e continuaremos com nossas pesquisas.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Reflexão do Fórum sobre os elementos fundamentais à gestão democrática escolar

03/12/2008 23:25:30

Olá colegas, professores e tutores!!

Finalmente cheguei a esse Fórum...
Adorei os vídeos, os quais me levaram a perceber que, atualmente, não se pode conceber um processo educacional fundamentado em gestão que não seja democrática, que não envolva e comprometa todos os segmentos da comunidade escolar, bem como agreguem todos os profissionais da educação envolvidos no processo educativo, principalmente por ver como, no vídeo, é defendida a idéia de que quanto mais atores mais rico será o processo de democratização e mais rico será o produto final.
A gestão democrática depende das ações concretas que tragam a participação de todos, dando voz e vez à comunidade, compartilhando decisões e assuntos sobre a escola, envolvendo, assim, a comunidade escolar, de forma participativa, nas decisões administrativas, financeiras e pedagógicas também, dessa forma, os professores precisam aceitar que a comunidade também tem o que dizer também no campo pedagógico.
Um dos professores entrevistados no vídeo deixa bem claro que para haver mudanças na forma de reger a escola, dando abertura para a participação é necessário oportunizar a participação da comunidade, criar possibilidades para que a comunidade possa participar, pois participação se aprende participando.
Acredito que a participação democrática deve começar já dentro da sala de aula, mesmo nas séries iniciais, para que as crianças cresçam sabendo participar das decisões da sociedade, desenvolvendo competências especiais indispensáveis para viver em um mundo globalizado repleto de contradições, ao mesmo tempo em que saibam, coletivamente, buscar soluções para problemas comuns.

Abraços a todos, Lucele
*******************

03/12/2008 23:56:21

Colegas,

Na verdade, a gestão democrática não é fácil, pois quanto maior for a participação, maior será o número de opiniões. Com mais pessoas envolvidas não é tão fácil se chegar a um consenso. Por isso, em muitas escolas, os diretores, professores e funcionários ainda monopolizam as oportunidades de participação da comunidade, em nome da competência pedagógica, evitando interferências dos servidores e de pais de alunos.
Para que a gestão democrática realmente acontecesse nas escolas, deveria ser abolida a idéia de autoritarismo e centralização que o cargo de diretor culturalmente carrega consigo e que ainda é extremamente forte. A meu ver, realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos têm mais chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade a respeito da atuação da escola.
O professor Jorge Najjar, faz uma excelente conclusão da importância da Gestão democrática:
A gestão democrática pode trazer uma nova escola, com nova qualidade.
O caminho, indispensável à solução dos problemas que a educação brasileira enfrenta, é a democratização da própria escola.

Até breve, Lucele

Reflexão do Fórum sobre Maturana

11/09/2008 14:02:15

Olá colegas e profe @n@...
Não sei se estou enganada, mas eu percebi uma forte semelhança da teoria estudada com Maturana com o construtivismo. Senti que esta teoria poderia embasar o construtivismo, pois defende que o ser humano constrói o seu conhecimento a partir da interação com o mundo e com os objetos deste, visto que o conhecimento não se limita ao recebimento de informações. Conforme o texto, o ser humano é um ser autônomo e auto-produtor, capaz de produzir o seu conhecimento a partir da interação com o meio. Isso se resume na frase: Todo fazer é um conhecer e todo conhecer é um fazer. Dessa forma, consigo compreender como é difícil para nossos alunos aprender se limitando apenas a receber passivamente informações vindas do professor.

Um abraço, Lucele

*********************
11/09/2008 14:31:30

Pessoal!!!

Enquanto eu lia o texto, fui vendo a necessidade de manter relações de afeto com meus alunos, de forma a configurar uma relação baseada no amor.
Pelo que eu entendi, essa relação entre o professor e o aluno pode interferir no processo de aprendizagem, facilitando-a, quando baseada no amor, ou dificultando-a quando baseada no medo.
Isso tudo me fez lembrar de um caso que estou vivendo em minha família: o meu afilhado tem muito medo de uma de suas professoras, a qual busca manter essa relação de medo, que para ela é respeito... O problema é que o menino simplesmente não consegue aprender nada da disciplina que ela leciona, como se ele tivesse criado uma barreira entre os dois, mas se eu o ajudo e explico as atividades que ele tem no caderno, ele logo entende tudo!
A partir das frases do texto, concluo que a dificuldade que ele tem não está apenas no conteúdo, mas sim, e fortemente, na relação com sua professora, pois... As diferentes emoções possibilitam e/ou interditam domínios de ação (...) é provável que a emoção auxilie o raciocínio.

Até breve... Lucele

*********************

11/09/2008 14:43:56

Profe e colegas...
Como eu fiquei na dúvida de realmente havia compreendido bem as idéias de Maturana, resolvi pesquisar mais e encontrei ótimas explicações para a minha dúvida:

Os estudos de Maturana explicitam o sinônimo entre conhecer e viver. A noção de viver-conhecer está diretamente vinculada com o modo de relacionar-se e de organizar-se nessa relação. Não se trata de adaptação ao meio.
O viver-conhecer na relação significa, ao mesmo tempo, a criação/recriação desse espaço relacional, e de outros, e a criação/recriação do sistema em relação. Pode incluir, em algum momento, a adaptação, mas vai além dela. Para Maturana a conversa, na ação educativa, é elemento central na relação que produz o conhecimento. A conversa constitui-se, assim, em um espaço relacional por excelência na ação educativa.
Ele acrescenta que...
O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência (Maturana, 1998b, p. 29).

Reflexão do Fórum sobre Erik Erikson II

07/09/2008 23:00:29

Pois é Kelli, após ler as tuas colocações parei para pensar no dia-a-dia de meus pais e percebi que eles têm uma vida até mais divertida do que a minha...!!!
Agora eles não têm mais aquela cobrança da sociedade de ter que construir, já deixaram de lado a frenética busca e estão dando espaço ao que realmente gostam de fazer. Claro que eles ainda são socialmente ativos, fazem cursos, pertencem a entidades filantrópicas, saem bastante, mas eu vejo que é com uma visão de mundo completamente diferente da que eu tenho hoje. Enquanto eu busco qualificação profissional, eles buscam realização pessoal. Enquanto eu faço muitos planos para o futuro, eles aproveitam mais as pequenas alegrias do cotidiano. E... enquanto eu sou completamente despreocupada com minha saúde, eles se preocupam com a qualidade na alimentação, qualidade do sono...
Com os estudos sobre a teoria de Erikson, percebi que ao longo da vida vai havendo desenvolvimento da personalidade. Cada fase caracteriza-se por um conflito sócio-emocional no indivíduo, exige uma resolução dessa crise para que se chegue ao estádio seguinte e para que a próxima fase possa ser ultrapassada sem problemas. As mudanças que ocorrem não se produzem de igual modo em todo o indivíduo: o ritmo de desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. O ser humano interage com o meio envolvente: o meio natural, a família, os amigos, a escola, a comunidade, que o ajudam a desenvolver-se.

Um SUpeR BEijO!!!
Lucele

Reflexão do Fórum sobre Erik Erikson

03/09/2008 19:22:36

Olá Colegas!

Quando li as colocações da colega Janete:
(Os psicólogos Douvan e Adelson afirmam em The Adolescent Experience que, embora a teoria da identidade, de Erikson, possa ser válida para meninos, não o é para meninas, porque a identidade de uma mulher se define, em parte, pela identidade do homem com o qual ela casa) , fiquei pensando em minha vida, e é claro, a de meu marido... Percebi que muito de nossas personalidades é fruto de nossa longa convivência, já que éramos quase criança quando começamos a namorar. Percebi que aprendemos a gostar das coisas que o outro gosta ou a não gostar...
Querendo ou não, temos que assumir que nossa personalidade se define, em parte, pela identidade da pessoa com quem a gente casa ou com quem convivemos por muito tempo, mas acredito que isso seja válido para ambos os sexos, não apenas para as mulheres.

Bjs, Lucele
********************
03/09/2008 19:36:15

Olá colega Luciane!

Realmente, Erikson dá especial importância ao período da adolescência, devido ao fato ser a transição entre a infância e a idade adulta, em que se verificam acontecimentos relevantes para a personalidade adulta. Cada estágio contribui para a formação da personalidade total, sendo por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar. Como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir uma duração exata a cada estágio. O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.
A adolescência é o período mais conturbado, mas não é o único, as crises estão presentes em todas as idades, sendo a forma como é resolvida determinante para resolver na vida futura os conflitos. O termo crise que me referi na mensagem anterior é visto como um ponto decisivo e necessário, um momento crucial, quando o desenvolvimento tem de optar por uma ou outra direção. OK?


ABraÇOs,
LUceLe
*******************

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Natal todo dia!!

sábado, 29 de novembro de 2008

Gestão Democrática e Gestão Patrimonialista

Achei muito interessante aprender sobre os INDICADORES DE GESTÃO DEMOCRÁTICA E GESTÃO PATRIMONIALISTA, os quais eu simplesmente desconhecia... A gestão patrimonialista tem sua origem no patriarcalismo medieval, onde o gestor público tomava suas decisões conforme a sua vontade, seus interesses e de acordo com sua simpatia ou antipatia. Já a a gestão democrática busca reforçar as relações democráticas, dando espaço para compartilhar decisões e assuntos sobre a escola, envolvendo a comunidade escolar, de forma participativa, nas decisões administrativas, financeiras e pedagógicas.

GESTÃO DEMOCRÁTICA:
  • EXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL DO PODER NA GESTÃO DA ESCOLA
  • ACESSO DA COMUNIDADE ESCOLAR ÀS DECISÕES NA GESTÃO DA ESCOLA
  • TRANSPARÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
  • MEDIAÇÕES INSTITUCIONAIS ENTRE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESCOLA
  • UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PÚBLICO
  • CRITÉRIOS IMPESSOAIS, OBJETIVOS E UNIVERSAIS NA GESTÃO DOS RECURSOS DA ESCOLA
  • EQUIVALÊNCIA ENTRE DECISÕES E REALIDADE SOCIAL DA ESCOLA
  • ACESSO À INFORMAÇÃO PELA COMUNIDADE ESCOLAR

GESTÃO PATRIMONIALISTA:

  • INEXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL DO PODER NA GESTÃO DA ESCOLA
  • UTILIZAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA PARA OBTER ACESSO PRIVILEGIADO ÀS DECISÕES
  • AUSÊNCIA DE TRANSPARÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
  • AUSÊNCIA DE MEDIAÇÕES INSTITUCIONAIS ENTRE A ESCOLA E ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS DO SISTEMA DE ENSINO
  • UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PRIVADO
  • CRITÉRIOS PESSOAIS E/OU PARTICULARISTAS NA GESTÃO DOS RECURSOS DA ESCOLA
  • DISPARIDADE ENTRE AS DECISÕES E A REALIDADE SOCIAL DA ESCOLA
  • UTILIZAÇÃO PESSOAL E/OU PRIVADA DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO ADMINISTIVA, FINANCEIRA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA
  • BUROCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Reflexão sobre o Projeto de Aprendizagem

Ao contrário do que eu pensava e sempre trabalhei, um Projeto de Aprendizagem não é a criação de um projeto pelo professor como nós estamos acostumados a realizar em nossas salas de aula. O Projeto de Aprendizagem, na verdade, é desenvolvido a partir das dúvidas e das perguntas dos alunos e quem o desenvolve são os próprios alunos, tentando responder as suas dúvidas, por meio de pesquisas e interação. Esse novo método de desenvolver projetos oportuniza novas formas de ensinar e aprender, além da quebra dos paradigmas que estamos condicionadas e “acostumadas” (talvez acomodadas) a fazer. Esses paradigmas foram quebrados totalmente no decorrer do processo de criação do PA, e principalmente, na quebra, de nossas atitudes frente ao conhecimento, fazendo com que através das inúmeras possibilidades de aquisição de informações possa tornar possível a aquisição e construção do verdadeiro saber de todos os envolvidos neste processo, no caso o nosso grupo.
Pensando na minha prática pedagógica, percebi que o objetivo deste tipo de trabalho é proporcionar aos educandos a possibilidade de escolher o assunto que gostariam de aprender, desenvolver o hábito da pesquisa e investigação além de interagir em ambientes informatizados, sentindo-se motivados a desenvolver a pesquisa de forma interdisciplinar e cooperativa. Foi muito bom aprender essa nova forma de trabalhar com projetos, pois o Projeto de Aprendizagem é desenvolvido a partir das dúvidas dos alunos e do que eles realmente querem aprender. Por isso quem o desenvolve são os próprios alunos, tentando responder a dúvida, por meio de pesquisas e interação. Não foi fácil mudar nossa maneira de ver um projeto, pois estávamos condicionados a outras maneiras de ensinar.
No início, tive muita dificuldade de compreender a dinâmica à distância para um trabalho em grupo. Não conseguia imaginar a interação sem o grupo se reunir. E esse foi outro paradigma quebrado. Após algumas semanas um pouco atrapalhadas, percebi que é possível trabalhar em grupo e à distância, com grande independência, pois é possível romper com horários, espaços etc. Além disso, mesmo sabendo que o mais importante era a aprendizagem adquirida durante todo o processo de desenvolvimento do PA, fiquei ansiosa para ver o seu fim, o seu desfecho, mas com o tempo, percebi que essa pressa não devia fazer parte do PA.
Gostei muito do novo desafio...

domingo, 26 de outubro de 2008

Novo Mapa Conceitual

O Projeto de Aprendizagem continua sendo um desafio... Após muuuuuitas conversas e debates realizamos nosso 2º Mapa Conceitual com base em nossas dúvidas e certezas, mas logo depois o aprimoramos, criando assim o nosso 3º Mapa Conceitual. Acredito que este mapa ficou muito bom, pois conseguimos contemplar nossas dúvidas e certezas de forma integrada. Com a evolução de nossos mapas é possível perceber também a grande evolução de nossas aprendizagens sobre a elaboração de um PA.

3º MAPA CONCEITUAL:


Conselho de Alimentação Escolar - CAE


Para a realização de um trabalho da Interdisciplina de Organização e Gestão na Educação, tive a oportunidade de conhecer um pouco sobre os Conselhos Municipais, principalmente o Conselho de Alimentação Escolar, sobre o qual realizei meu trabalho. Constatei as competências do CAE e como são escolhidos seus representantes.
Para compreender melhor sobre a criação do CAE, realizei algumas pesquisas e vi a referência de sua criação na década de 80, com o clima de redemocratização, que trouxe uma profunda modificação das políticas sociais brasileiras, no sentido da descentralização administrativa, diminuição do papel do Estado e estímulo à participação da população no conjunto das ações sociais que baseia sua trajetória na busca de caminhos que aliem eficiência e eficácia das ações do Estado à participação popular.
Descobri que a criação do CAE diminuiu a atuação do Estado e estimulou a participação popular no conjunto das ações de gestão da merenda escolar, o que favoreceu a regularidade do fornecimento da merenda, a melhoria da qualidade das refeições, atendimento dos hábitos alimentares, diversificação da oferta de alimentos, incentivo à economia local e regional, diminuição dos custos operacionais e estímulo à participação da comunidade local na execução e controle do Conselho de Alimentação Escolar.
A atuação do Conselho de Alimentação Escolar pode ser uma garantia de que os recursos destinados à alimentação escolar não sejam apenas repassados à prefeitura.
Assim, compreendi que, através do CAE, é possível ouvir as informações locais e garantir que sejam atendidas as necessidades da maioria da população de Sapiranga, conforme propõe Vieira (2001), ao afirmar que “os Conselhos deveriam atuar como espaço de ações e mudanças implementadas a partir da avaliação das necessidades do conjunto de seus usuários”, e não apenas se deter na fiscalização da aplicação dos recursos destinados do PNAE.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

PPP e Regimento Escolar


Para a realização de uma atividade, tive a oportunidade de ler e analisar o PPP e o Regimento de minha escola. A escola tem por costume, no início do ano letivo ou no seu final, rever o seu PPP. Geralmente, isso acontece em reuniões no início do ano letivo, ou bem no final, para que as modificações sejam aplicadas no ano seguinte. No entanto, não acredito que essas alterações possam realmente surtir algum efeito para a aplicação deste PPP na escola, pois da maneira como são realizadas essas análises, não vejo muita reflexão e tampouco algum embasamento teórico. Para muitos é apenas mais uma questão burocrática que deve ser cumprida na reunião o mais rápido possível para que tal reunião termine mais cedo. Infelizmente, a realidade é exatamente assim! Apenas dividimos o PPP em partes e formamos grupos para analisar a parte que foi sorteada para o grupo.
Tanto isso é evidente que no item “avaliação”, ainda existe apenas a definição para a avaliação das séries, sendo que na escola já está ocorrendo, gradativamente, a transição para anos, ou seja, a cada ano cria-se um novo ano. Já existem 1º, 2º e 3º anos e ainda existem da 3ª a 8ª série. Ao analisar o PPP da escola, percebi que essas mudanças referentes à adequação da escola a nova lei do Ensino Fundamental de 9 anos não estão contempladas no mesmo.
Vejo uma grande necessidade de revermos anualmente nosso PPP, acredito que isso deveria ser feito pelo grande grupo, ou seja, todos analisando ao mesmo tempo todas as partes do PPP de forma a contemplar as necessidades e mudanças percebidas durante o ano anterior.
O nosso regimento não foi elaborado especificamente para a escola, utilizando somente o Regimento Padrão das Escolas de Ensino Fundamental da Rede Municipal de Sapiranga, não há nele qualquer modificação do referido regimento municipal levando em conta a realidade social de nossa escola.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Aprendendo com as dificuldades!

Ainda ando um pouco confusa e insegura com o Projeto de Aprendizagem. Mesmo sabendo que o mais importante é a aprendizagem decorrente durante todo o processo de desenvolvimento do PA, estou ansiosa para ver o seu fim... quero ver logo o seu desfecho, mas também sei que essa pressa não deve fazer parte do PA.

Para a realização do Mapa Conceitual, tive a oportunidade de aprender a trabalhar com mais uma ferramenta que eu simplesmente não sabia que existia. A princípio nós realizamos o Mapa Conceitual no Paint, mas depois que aprendi as vantagens de usar o Cmap Tools, realizamos o mapa com esse programa e ficou muito melhor. Agora estamos ralizando nossa 2ª versão do Mapa Conceitual!


1ª VERSÃO - MAPA CONCEITUAL

domingo, 28 de setembro de 2008

Como ocorre a aprendizagem na vida adulta?

Tomando por base o meu processo de aprendizagem, relembrando um pouco de uma experiência vivida com uma turma de EJA e retomando os textos e as teorias estudadas na Interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta, percebo que os adultos são motivados a aprender à medida que experimentam que suas necessidades e interesses serão satisfeitos. Por isto estes são os pontos mais apropriados para se iniciar a organização das atividades de aprendizagem do adulto. A orientação da aprendizagem do adulto está centrada na vida, principalmente na sua vida, no seu cotidiano, pois a experiência que eles trazem é a mais rica fonte para o adulto aprender.
A relação entre o professor e o aluno pode interferir no processo de aprendizagem, pois assim como as crianças, os adultos também têm uma profunda necessidade de serem cativados afetivamente, sendo assim, o papel do professor é engajar-se no processo de mútua investigação com os alunos e não apenas transmitir-lhes seu conhecimento e depois avaliá-los.
Os adultos, muitas vezes quando chegam a escola estão cansados, desmotivados, muitos vão à escola por exigências do empregador. Nesses momentos cabe ao professor incentivá-los e respeitar as diferenças individuais entre cada um, que crescem com a idade. A educação de adultos deve considerar as diferenças de tempo, lugar, religião e ritmo de aprendizagem, sem esquecer que esse adulto tem uma vida, muitas vezes, complicada e rica de experiências.
Enfim, as teorias estudadas e a vivência com educação de adultos me mostrou que o ser humano constrói o seu conhecimento a partir da interação com o mundo e com os objetos deste, visto que o conhecimento não se limita ao recebimento de informações, o ser humano é um ser autônomo e auto-produtor, capaz de produzir o seu conhecimento a partir da interação com o meio.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Que dúvida...

Realmente, a construção do Projeto de Aprendizagem está sendo um grande desafio...
O grupo parecia estar estabilizado, com as idéias bem definidas, ou seja, já estávamos com o projeto parcialmente elaborado (ao nosso ver). Mas as coisas tomaram um caminho um pouco diferente do que esperávamos... (na verdade, o que esperávamos era exatamente o que estávamos condicionadas e acostumadas a fazer).
Como as perguntas têm o poder de nos desestabilizar e nos fazer refletir. A partir das conversas com o professor Crediné e com a Sibicca a dúvida e a insegurança se instaurou em nosso grupo. Voltamos a “estaca zero” e estamos revendo nossa questão de investigação. Mas como o professor Crediné nos falou...


“Neste momento, quanto mais certezas e dúvidas tivermos, melhor será o nosso trabalho... não se apressem em analisar, e sim em prover mais dúvidas e certezas, pois assim estarão criando um contexto maior para a exploração e discussão.”

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Aprendendo sobre Maturana...

Refleti bastante após a leitura do texto "Transformações na convivência segundo Maturana” e percebi que a sua teoria defende que o ser humano constrói o seu conhecimento a partir da interação com o mundo e com os objetos deste, visto que o conhecimento não se limita ao recebimento de informações. Conforme o texto, o ser humano é um ser autônomo e auto-produtor, capaz de produzir o seu conhecimento a partir da interação com o meio. Isso se resume na frase:
"Todo fazer é um conhecer e todo conhecer é um fazer."
Dessa forma, consigo compreender como é difícil para nossos alunos aprender se limitando apenas a receber passivamente informações vindas do professor.
Enquanto eu lia o texto, fui vendo a necessidade de manter relações de afeto com meus alunos, de forma a configurar uma relação baseada no amor.Pelo que eu entendi, essa relação entre o professor e o aluno pode interferir no processo de aprendizagem, facilitando-a, quando baseada no amor, ou dificultando-a quando baseada no medo.
"As diferentes emoções possibilitam e/ou interditam domínios de ação (...) é provável que a emoção auxilie o raciocínio."
Os estudos de Maturana explicitam o sinônimo entre conhecer e viver. A noção de viver-conhecer está diretamente vinculada com o modo de relacionar-se e de organizar-se nessa relação. Não se trata de adaptação ao meio. O viver-conhecer na relação significa, ao mesmo tempo, a criação/recriação desse espaço relacional, e de outros, e a criação/recriação do sistema em relação. Pode incluir, em algum momento, a adaptação, mas vai além dela. Para Maturana a conversa, na ação educativa, é elemento central na relação que produz o conhecimento. A conversa constitui-se, assim, em um espaço relacional por excelência na ação educativa.Ele acrescenta que...
"O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência."
(Maturana, 1998b, p. 29)

Projeto de Aprendizagem!

Nas Interdisciplinas de Seminário V e Projeto de Aprendizagem estamos aprendendo a desenvolver um PA (Projeto de Aprendizagem). Ao contrário do que eu pensava e sempre trabalhei, o PA não é a criação de um projeto pelo professor segundo as datas comemorativas do ano, como nós estamos acostumados a realizar em nossas salas de aula: Projeto Folclore, Projeto Meio Ambiente, Projeto Saúde...
Esses são Projetos de Ensino!
O Projeto de Aprendizagem é desenvolvido a partir das dúvidas dos alunos e quem o desenvolve são os próprios alunos, tentando responder a dúvida, por meio de pesquisas e interação.
Esse novo método de desenvolver projetos oportuniza as novas formas de ensinar e aprender, além da quebra de paradigmas antigos na forma seqüencial de apresentação dos conteúdos, na classificação dos alunos por séries, fatos estes que serão quebrados totalmente no decorrer do processo, e principalmente, na quebra, de nossas atitudes frente ao conhecimento, fazendo com que este através das inúmeras possibilidades de aquisição de informações possa tornar possível a aquisição e construção do verdadeiro saber, a todos os envolvidos neste processo.

Educação Nacional e Sistemas de Ensino

Há muito o que aprender sobre a Educação Nacional e os Sistemas de Ensino... Mas, nesta semana eu tive a oportunidade de aprender que desde a Constituição de 1988 tem ocorrido no Brasil uma grande descentralização de recursos fiscais da União para estados e municípios, os quais, historicamente, já assumiram a responsabilidade de manter o ensino fundamental e médio. O objetivo das mudanças com a descentralização da educação é dar autonomia de funcionamento às escolas e criar espaços para a sua gestão democrática.
A Constituição Federal Brasileira de 1988, reconheceu o Município como instância administrativa. No campo da educação oportunizou a possibilidade de organização de seus sistemas de ensino em colaboração com a União, os Estados e o Distrito Federal.
Os Municípios mantêm ligação financeira com a União e com os Estados, através dos programas de educação infantil e do ensino fundamental. O município, através dessa colaboração e através de seu órgão administrativo, pode administrar seu sistema de ensino, definindo normas e metodologias pedagógicas que se adaptem melhor a realidade de seu município.
As articulações entre as diferentes esferas do poder público existem, e as leis seguidas pelo município são estaduais e federais. As leis, na esfera municipal, se articulam entre os sistemas de ensino. Sendo assim, a Constituição determina que a União prestará assistência técnica e financeira ao Município para o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória e estabelece que o Município atuará prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. É garantido pela Constituição Federal de 1988, a educação das crianças até 6 anos, como dever do Estado e responsabilidade do Município, tanto nas creches como na pré-escola, estendendo-se para o Ensino Fundamental.
Os Estados deverão organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Gestão Democrática na e da Educação: concepções e vivências


A gestão democrática busca reforçar as relações democráticas, dando espaço para compartilhar decisões e assuntos sobre a escola, envolvendo a comunidade escolar, de forma participativa, nas decisões administrativas, financeiras e pedagógicas. Mas para que a gestão democrática ocorra é necessário haver mudanças na forma de reger a escola, dando abertura para a participação, ou seja, para a democracia participativa.A gestão democrática foi incorporada na administração escolar, combatendo os demais princípios da gerência científica, atendendo, assim, às reivindicações da classe trabalhadora que lutava pelo direito de seus filhos à escola pública de qualidade. A democratização da gestão escolar surgiu a partir do movimento de redemocratização da sociedade brasileira, fortalecendo-se com a crítica ao excesso de centralismo administrativo, garantindo a continuidade dos estudos de forma universal a toda a população.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que garante, entre outros, a gestão democrática na escola, a educação brasileira conquistou o direito de refletir sobre a necessidade e a importância da participação consciente dos diretores, pais, alunos, professores e funcionários com relação às decisões a serem tomadas no cotidiano escolar, na busca de um compromisso coletivo com resultados educacionais mais significativos.
Com a introdução da participação, alguns valores como a flexibilidade, a tolerância com as diferenças, as relações mais igualitárias, a justiça e a cidadania foram surgindo lentamente, levando a sociedade brasileira a compreender o processo de democratização, o qual resgatou as lutas da sociedade por direitos sociais e por cidadania, ou seja, resgatou as lutas por melhores condições de vida e, conseqüentemente, por melhores condições e acesso à educação de qualidade. Mas, mesmo estando presente nos discursos de diversas pessoas e sendo considerada a forma de governo da sociedade moderna, a democracia e com ela a participação, não acontece na prática tal como acontece no discurso, ou pelo menos de acordo com seus princípios norteadores. Isso acontece também na gestão democrática na escola, pois sabe-se que, historicamente, a escola pública é vista como propriedade do governo ou das pessoas que nela trabalha. Em muitas escolas, os diretores, professores e funcionários ainda monopolizam as oportunidades de participação da comunidade, em nome da competência pedagógica, evitando interferências dos servidores e de pais de alunos. O diretor escolar tem grande poder para dificultar ou facilitar a implantação de procedimentos participativos e da legitimação da autonomia.
Dessa forma, para que a gestão democrática realmente acontecesse nas escolas, deveria ser abolida a idéia de autoritarismo da instituição que o cargo de diretor escolar culturalmente carrega consigo e que ainda é extremamente forte, inclusive na escola em que eu trabalho. O poder de decisão deveria ser de todos os segmentos da escola e que teria um presidente eleito a cada ano, dentre os membros dos professores eleitos, pela comunidade escolar com a função de representar a escola perante os órgãos oficiais, de desempatar voto, quando ocorresse empate e assinar documentos. Acredito que esse enfoque democrático do papel do diretor dentro da gestão escolar criaria condições para que todos os segmentos da escola participassem democraticamente da tomada de decisões no que diz respeito ao destino da escola e de sua administração. A implementação da gestão democrática na escola é uma das maneiras de levar a verdadeira democracia para toda a sociedade.


Vida Adulta!

Nesta semana, tive a oportunidade de aprender um pouco sobre Erikson e “As Oito Idades do Homem” na interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta. Erikson dá especial importância ao período da adolescência, devido ao fato de ser a transição entre a infância e a idade adulta, em que se verificam acontecimentos relevantes para a personalidade adulta. Cada estágio contribui para a formação da personalidade total, sendo por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar. Como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir uma duração exata a cada estágio.
O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores. O termo crise é visto como um ponto decisivo e necessário, um momento crucial, quando o desenvolvimento tem de optar por uma ou outra direção.
A adolescência é o período mais conturbado, mas não é o único, as crises estão presentes em todas as idades, sendo a forma como é resolvida determinante para resolver na vida futura os conflitos. Com os estudos sobre Erikson, percebi que ao longo da vida vai havendo desenvolvimento da personalidade.
Cada fase caracteriza-se por um conflito sócio-emocional no indivíduo, exige uma resolução dessa crise para que se chegue ao estádio seguinte e para que a próxima fase possa ser ultrapassada sem problemas. As mudanças que ocorrem não se produzem de igual modo em todo o indivíduo: o ritmo de desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. O ser humano interage com o meio envolvente: o meio natural, a família, os amigos, a escola, a comunidade, que o ajudam a desenvolver-se.

sábado, 23 de agosto de 2008

Algumas aprendizagens...

A leitura do texto POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO, me fez aprender uma pouco mais sobre a política de nosso país, além de alguns conceitos:

DEMOCRACIA:

  • É um conjunto de procedimentos para a formação de um governo, baseado fundamentalmente de escolha de representantes por meio do voto, obedecendo-se os critérios construídos para esta escolha e a noção de igualdade de peso entre todos os votantes.Em termos, a democracia é a forma de governo vigente, mas digo “em temos”, pois apesar de termos conquistados direitos com a Constituição de 1988, esses direitos têm dificuldades de serem executados, prevalecendo a política do neoliberalismo, que mudou o foco do governo, deixando de lado o social para investir no capital. Vivemos em um país, onde todos seus cidadãos têm direito (regidos pela constituinte) à saúde, educação, saneamento básico..., mas estes direitos estão sendo privatizados, terceirizados, enfim, repassados para a sociedade civil.
ESTADO:

  • Forma a base da organização moderna que se configura nas instituições públicas governamentais organizadoras de todo o aparato político, representativo, econômico e jurídico da sociedade.
    O sentido de Estado apresentado no texto como um sinônimo para governo federal, mas não apenas como governo, mas sim todos os ministérios que evolvem a tomada de decisões políticas de um país, sendo o mesmo que uma instituição organizada politicamente, socialmente e juridicamente, ocupando um território definido, onde a lei máxima é a Constituição. A atual política é parte da estratégia de reformar o Estado, diminuindo a sua atuação nas políticas sociais para superar a crise, deixando de ser o responsável pelo desenvolvimento econômico e social.

GLOBALIZAÇÃO:

  • Segundo a Wikipédia, a globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados.
    No texto afirma que a globalização é uma das estratégias da reforma do Estado, que encontrou no neoliberalismo e na globalização uma maneira de superar a crise, atraindo investidores com capital especulativo que vêm em busca de altos juros. A escola tem a missão de atender ao capitalismo e às conseqüências da globalização, tendo que preparar seus alunos para compreender e interagir nesse período de muitas transformações, com muitas informações e de linguagem específica, ou seja, a escola acaba tendo que responder às expectativas ao setor produtivo.

PARTICIPAÇÃO:

  • “Só se aprende a participar, participando.” É um dos princípios da gestão democrática, mas na prática está cada vez menos sendo executada. Na escola, por exemplo, todos os envolvidos no cotidiano escolar deveriam participar da sua gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que participam de projetos na escola, e toda a comunidade ao redor da escola, mas na prática não é isso o que acontece.
NEOLIBERALISMO:
  • É uma opção política que defende a não participação do estado na economia. Defende a reforma no Estado, pois acredita que a crise esteja no Estado e que solução seja diminuir a atuação do Estado nas políticas públicas, racionalizando e/ou terceirizando os investimentos nesta área, dando o máximo para o capital, para que ele seja mais eficiente e produtivo, ocorrendo assim, a separação entre o econômico e o político, além do esvaziamento da democracia. Para evitar o caos social, repassa-se à sociedade civil a responsabilidade de executar políticas publicas, que a acaba focalizando nos mais pobres.
    No glossário, consta que é uma opção política de governos que defendem a necessidade de retirada da ação do Estado de determinadas áreas a fim de que se possa investir em outras, mais prioritárias.
    Assim como eu havia compreendido: o Estado investe em outras áreas que considera mais importantes para superar a crise, e, segundo a teoria neoliberal, acaba sendo investido prioritariamente no capital, no mercado.

POLÍTICA:

  • Ciência do governo de instituições relativas ao Estado; conjunto de regras
    relativas ao exercício de administração pública; arte ou habilidade de governar bem; conjunto de objetivos que orientam a administração de um governo (plataforma). Após a leitura, percebi melhor que a política está presente em tudo o que pensamos, falamos e fazemos. É a relação de poder entre pessoas podendo ser estendida sobre lugares, espaços, instituições, tempo, etc. Política é poder exercer a vontade ou as escolhas sobre outros com o objetivo coletivo ou não.

POLÍTICAS EDUCACIONAIS:

  • A política educacional é parte da redefinição de papel do Estado, fazendo parte do movimento deste período do capitalismo. Defende o acesso de todos à escola, mas introduz nas escolas a avaliação da qualidade pela visão neoliberal, fazendo com que essas busquem um padrão de qualidade externo e quantitativo.

POLÍTICAS PÚBLICAS:

  • São as decisões, as ações e as leis que se estabelecem para garantir os direitos sociais coletivos e sociais. Podem ser reconhecidas como as políticas sociais que também fazem parte do projeto de reforma do estado para superar a crise, as quais foram consideradas serviços não-exclusivos do Estado. Mesmo sendo um direito de todos os cidadãos, as políticas publicas não são executadas pelo Estado, o qual repassa recursos a instituições de direito privado para a execução das políticas públicas, que priorizam os mais pobres para evitar o caos social.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O que é ser adulto?


Segundo Michaelis, adulto é ''Que, ou o que atingiu o máximo de seu crescimento e a plenitude de suas funções biológicas. Que, ou o que chegou à maioridade''. Mas, para mim, ser adulto é muito mais do que isto; ser adulto é se comportar de acordo com os valores, princípios, normas, leis, aceitar a responsabilidade pelas conseqüências de seus atos, tomar decisões com base em critérios e valores pessoais, independentemente da influência dos pais ou de outras pessoas, alcançar independência financeira...
Não existe tempo nem idade. Alguns são responsáveis desde criança, outros morrem tentando crescer. O adulto situa-se atualmente numa sociedade de escolhas, decisões, projetos profissionais e familiares, por isso, ser adulto é fazer escolhas. Escolhas estas que influenciarão o resto da vida, escolhendo o que é melhor e não exatamente o que nos faz mas feliz. É na fase adulta que depositamos grande parte de nossos sonhos e é também nessa fase que podemos concretizá-los. O bom, seria ser adulto, guardando dentro do peito um coração puro... de criança mesmo!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Alguns agradecimentos...

Tudo passa, sempre passará!!!
Obrigada pela força que nos transmitiram e pelas orações!
***

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Planejamento do tempo!

Reflexão sobre a construção da tabela de organização do tempo

Este semestre eu tive um certo alívio ao preparar a tabela do tempo. Finalmente, eu terei mais tempo para a realização das atividades do Pead e para momentos de lazer com meu maridinho, afinal, depois de tudo... nós merecemos. Não me arrependo de ter me exonerado de um concurso, pois fiz uma escolha: optei pela minha qualificação!!! Agora com 22h apenas, tudo ficará mais em ordem.
Eu fiquei surpreendida em ver como os afazeres domésticos me tomam bastante tempo, mas achei difícil de determinar o tempo certo durante o dia, pois nem sempre eu ocupo o mesmo tempo para fazer essas atividades. Outra coisa que me fez pensar e eu não soube como colocar na tabela foram as atividades referentes à obra da minha casa. Às vezes não preciso me envolver, outra vezes, perco uma tarde inteira. Isso eu não tive como prever na tabela do tempo, assim como outras coisas que ocorrem em nosso dia-a-dia e que não são previsíveis. Confesso que eu não consegui colocar nesse planejamento tudo, tudo que ocorre em meus dias, mas priorizei pelos compromissos fixos e que, às vezes, podem sofrer algumas pequenas alterações.
Nós semestres anteriores, eu não estava conseguindo me organizar, sempre faltavam horas em meu relógio. Acredito que se eu tivesse feito, desde o início, uma tabela de tempo, talvez conseguiria ter me organizado melhor. Depois da construção da tabela, percebi que já estou me policiando para não alterar meu cronograma, ou seja, procuro realizar as tarefas domésticas no prazo máximo do período que determinei e já estou vindo para a “minha aula” todas as tardes, durante o horário que eu pré-estabeleci.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Realização do workshop!

Que aprendizagens se consolidaram no preparo e realização do workshop?



Durante a realização do workshop, eu percebi que já tenho um grande domínio do PowerPoint, mas ainda preciso desenvolver a habilidade de síntese. Tive uma certa dificuldade de resumir o trabalho em tópicos. Tinha muitas coisas que eu gostaria de compartilhar, queria falar de todas, mas o tempo era uma barreira.
Durante a apresentação, acabei excedendo o tempo. Eu estava apenas no meio de minha apresentação e o professor Crediné já estava com a placa de 2 minutos. Isso me deixou um "pouco" nervosa! Comecei a tremer e a falar muito rápido para conseguir exteriorizar tudo o que eu julgava relevante.
Mas, por fim , tudo acabou bem. No entanto, fiquei certa de que preciso ampliar minha capacidade de síntese e ser mais sucinta em meus slides.

Um pouco de reflexão...

Que aprendizagens se consolidaram ao preparar a síntese-reflexão?

Durante o semestre, realizamos várias atividades, aplicamos muitas delas em nossas turmas e, com isso, ampliamos muito os nossos conhecimentos, mas como, para a maioria dos professores, o dia-a-dia é tão corrido, não paramos para refletir sobre o que construímos realmente.
Percebi que a preparação da síntese-reflexão me fez analisar as aprendizagens adquiridas e como essas aprendizagens refletiram em minha prática. No decorrer do semestre, eu não havia percebido como todas as Interdisciplinas estavam envolvidas no mesmo tema, formando uma rede. Só percebi mesmo o reflexo dessa rede, no momento em que parei para analisar todas as atividades e a maneira como elas intervieram no planejamento de minhas aulas.
Pude analisar, claramente, como esse semestre foi de extrema importância para a ampliação dos meus conhecimentos sobre as noções de Tempo e Espaço. Pude preencher várias lacunas existentes e que me deixavam, de certa forma, insegura.
Durante a realização da síntese, percebi que em todas as Interdisciplinas, as atenções da educação hoje estão, basicamente, voltadas à idéia de cidadania e para a formação de professores capazes de trabalhar com uma visão interdisciplinar, própria das múltiplas formas de aprender e de ensinar.
A reflexão síntese me fez analisar a minha prática e o que realmente se consolidou. Segundo Paulo Freire...


“Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.”



Início do eixo V


O que parecia tão longe... começa a criar formas e se consolidar...
Entramos no 5º semestre de nossa caminhada à qualificação profissional.

sábado, 14 de junho de 2008

Perguntas de alto ou baixo nível???

Em nossa aula presencial de Seminário Integrador IV,
nós fomos motivados a analisar algumas perguntas.
Essa atividade nos levou a perceber que há perguntas que
são consideradas de "Alto Nível" e outras
consideradas de "Baixo Nível".
Segundo Vasco Moretto em seu livro Prova,
"Dominar a arte de perguntar é, talvez, uma das competências mais importantes do professor. Uma razão nos parece fundamental:
uma boa pergunta possibilita uma boa resposta."


Dessa forma, criou-se uma lista com as características das perguntas:

**ALTO GRAU DE APRENDIZAGEM**

  • gera polêmica
  • instigante
  • requer pesquisa
  • requer o desenvolvimento de atividades práticas para respondê-las
  • admite diferentes soluções
  • conceitos individuais - valores
  • polarizadora
  • possibilita a exploração seguindo diferentes perspectivas
  • desafiadora
  • pode desencadear várias outras questões
  • mobilizadora
  • abrangente
  • procura determinar causas
  • permite diferentes ou desdobramentos

Eu considero uma pergunta de alto nível quando ela causa uma desacomodação e isso leva a uma aprendizagem.
Uma pergunta de alto nível desencadeia uma série de ações: leva à reflexão, que leva à curiosidade, que traz a vontade de aprender, que causa a desacomodação, que se interliga a uma pesquisa aprofundada, que acaba desencadeando outras perguntas, as quais permitem novas reflexões que, por fim, proporcionam novas aprendizagens.
Acredito que, se não proporcionar novas aprendizagens, a pergunta não era de alto nível.


**BAIXO GRAU DE APRENDIZAGEM**

  • mal formulada
  • pessoal/subjetiva/crença
  • levam a respostas que indicam gosto pessoal.
  • pesquisa muito rápida – resposta direta
  • não gera novas perguntas – se esgotam as respostas.
  • induz a resposta/direciona.
  • não tem caminho científico para explorar.

Eu considero uma pergunta de baixo nível, quando ela não leva a uma reflexão e sim ao repasse de informações mecanicamente. A pergunta com baixo nível de aprendizagem já faz alusão a uma resposta pronta, na qual nada se pesquisa e nada se constrói.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Aprendendo a partir de perguntas...


Até pouco tempo atrás eu acharia um pouco estranha essa colocação...
Mas é possível sim, visto que o professor não é o transmissor do conhecimento, e sim aquele que prepara as melhores condições para que a sua construção se efetue.
A partir da leitura dos textos da interdisciplina de Seminário IV, percebe-se que o professor deve estar atento às perguntas dos alunos, pois nelas encontram-se as janelas para a aprendizagem e para conquistar o aluno. Essas perguntas serão geradas a partir de experiências anteriores, mas principalmente, serão as vozes da curiosidade das crianças, que é a chave para a motivação e para a aprendizagem.
Através das perguntas suscitadas em sala de aula, também podemos perceber qual é a curiosidade de nossos alunos e sobre o que eles querem aprender, para daí sim desenvolvermos os planos de aula, projetos de ensino e projetos de aprendizagem.


Vamos proporcionar momentos em que nossos alunos sintam-se à vontade para perguntar, perguntar, perguntar...

Há muito mais coisas por trás das perguntas do que nós podemos imaginar...

domingo, 8 de junho de 2008

Hiperatividade ou falta de limites?


Em uma de minhas pesquisas pela Internet, li este texto e achei interessante compartilhar com outros professores, mesmo que não se refere diretamente às Interdisciplinas que estamos trabalhando neste semestre, para mim foi uma aprendizagem significativa...



(Edição Abril/2007)

Escrito por Gilmar de Oliveira


Imagine uma foto borrada, daquelas que se tiram com a máquina em movimento.É mais ou menos assim a forma do hiperativo ver o mundo.A Hiperatividade, ou melhor dizendo, o Transtorno do Déficit de Atenção (TDA), quando seguido de impulsividade, agitação, quando parece que a criança “tem um motorzinho que não desliga nunca” é classificada como TDA-H (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). É causada por uma disfunção no Sistema Nervoso Central, mas com fatores ambientais e familiares que, em muitos casos, acentuam as características desse déficit. É, na verdade, uma diminuição severa da capacidade de concentração e análise das situações cotidianas. Faz com que a pessoa (a infância é onde tal disfunção causa maior preocupação e maiores problemas) perceba vários estímulos ao mesmo tempo, sem concentrar-se no foco desejado, mudando tais focos constantemente, não medindo os perigos, nem as conseqüências dos seus atos, em geral feitos sem planejamento. Com isto o rendimento em sala de aula cai muito, o aluno vira um “serelepe” nas aulas externas, atrasa atividades, perde materiais, anda ou corre pela classe e pelo pátio o tempo todo, perturba os colegas, faz e diz coisas sem pensar. Isto ocorre porque o hiperativo (TDA-H) não reflete nem planeja seus atos, não concentra-se na situação por já estar vislumbrando outra e outra e outra... O que colabora com a situação é que existe no cérebro uma área de auto-censura, que controla nossos desejos e que nos hiperativos (TDA-H), ainda não se sabe ao certo o motivo, tal função não atua como deveria. Porém existem pessoas que agem sem medida ou sem controle e não possuem Déficit de Atenção (TDA), assim como muitos dos TDA’s possuem problemas na atenção, mas não na conduta. Perceba, professor, que hoje em dia qualquer criança mais peralta, ou criada sem limites, já é considerada Hiperativa.
É um engano, um erro grotesco rotular desta forma. Mas parece conveniente... A família“ganha” uma desculpa para a falta de limites;” a escola uma resposta para a angústia do fracasso escolar sem trabalhar a criança, e todos “ganham” com a medicação do educando, em geral, Cloridrato de Ritalina e fica “centrada, obediente”. Poderíamos chamar a Ritalina da DROGA DA OBEDIÊNCIA, e sendo assim, nossos supostos hiperativos poderiam ser “ADESTRANDOS”, no lugar de educandos. Quem perde é a criança, quem perde é a sociedade quando um médico usa de sua onipotência e diagnostica sozinho o TDA-H, sem ajuda da escola (que muitas vezes exagera nos laudos, feitos em momentos de tensão) e de um psicólogo especializado.Um déficit que afeta várias área deve ser diagnosticado e trabalhado por vários profissionais. Nem sempre as cidades apresentam estrutura para tanto. Nem por isso devemos simplesmente rotular e deixar assim mesmo”.
Agitação não é hiperatividade, nem a impulsividade faz o hiperativo. Falta de limites e de diálogo, não transforma alguém em hiperativo. Analisar os critérios diagnósticos do TDA e do TDA-H em obras como Barckey, Kaplan ou mesmo no CID-10 (ou via internet) é uma grande ajuda ao educador e às famílias.São inúmeros os distúrbios comportamentais e cognitivos com sintomas semelhantes ao TDA-H. Somente um diagnóstico em conjunto entre neurologista, psicólogo, família e escola é que pode trazer a certeza de um tratamento correto e, quando preciso, com o uso de medicação. Antes de rotular, é melhor sabermos como agir, como identificar e principalmente, como lidar com crianças excessivamente agitadas (neste mundo agitadíssimo). Hiperativas ou não, com crianças com estímulos múltiplos de todos os lados, com pais ansiosos, com a múltipla oferta de estímulos em nosso meio que em certos casos, desconcentraria até monges budistas. Importante não esquecer que uma diminuição na atenção não desqualifica a inteligência, a memória, a cognição, a atenção global e a maior parte das formas de raciocínio do educando. E que o bom senso, a negociação, atividades dinâmicas ajudam qualquer aluno e desenvolver seu trabalho em sala de aula.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Explorando Noções de Espaço


Após conhecermos a história de cada um, fiz uma associação com a história do município, levando os alunos a perceber que, assim como nós temos uma história e um passado, nossa cidade também tem uma história que iniciou há muito tempo atrás. Mas para iniciar a compreensão do que era um município, fiz algumas atividades sugeridas no livro trabalhado em Estudos Sociais.
Em um dia, quando fomos ao refeitório, pedi para que as crianças observassem bem o caminho. De volta à sala de aula, dividi a turma em grupos para que desenhassem o trajeto apenas de ida. Outro dia, pedi para que observassem como vemos o trajeto na ida e na volta. Na sala, novamente desenhamos, mas então exploramos a caminho como o vemos na volta também. Em um outro momento, a turma trabalhou com o desenho da sala de aula. Para essa atividade, tentamos imaginar que estávamos flutuando e víamos a sala bem do alto, sem o telhado.
Já outro dia, levei para a sala caixas de diversos tamanhos e pedi para que as crianças organizassem as caixas conforme o tamanho delas. Em seguida, pedi para que escolhessem caixas para representar a escola, o bairro, a cidade, o estado e o país. Como eu esperava, as crianças escolheram a caixa menor para representar a escola, a segunda menor para representar o bairro, assim até a caixa grande que representou o país.
Dessa forma, exploramos a inserção das caixas menores dentro das maiores, relacionando que a escola está dentro do bairro, o bairro está dentro da cidade, a cidade está dentro do estado e o estado está dentro do país.
Depois, as crianças começaram a falar nos mapas, então busquei os mapas do Brasil, do RS, de Sapiranga e dos bairros. Realizamos a observação inversa, questionando o que há dentro do Brasil, ou seja, como ele é dividido, até que as crianças localizaram o RS. Assim, também exploramos a divisão do estado, até que localizamos Sapiranga. Logo, pegamos o mapa de Sapiranga e as crianças puderam encontrar o bairro da escola e onde a maioria mora. Em todas os mapas, sempre relacionamos às caixas.
Confesso que fiquei maravilhada com o resultado da atividade. Sempre tive dificuldades para fazer as crianças compreenderem esses conceitos, mas com essa atividade os resultados foram excelentes.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ciências... e o ensino atual!


A partir das atividades realizadas na Interdisciplina de Ciências, percebe-se que as atenções da educação estão hoje basicamente voltadas para a idéia de cidadania e para a formação de professores com novos perfis profissionais, capazes de trabalhar com uma visão interdisciplinar da ciência, própria das múltiplas formas de se conhecer e intervir na sociedade hoje.
As atividades realizadas até então, nos orientam para um ensino de Ciências que vise uma reflexão mais crítica sobre os processos que ocorrem na natureza, na sociedade e na qualidade de vida de cada cidadão. É preciso preparar os alunos para que sejam capazes de perceber como os conhecimentos se relacionam e, mais, como podem afetar suas vidas.
Com isso, percebe-se que estão surgindo novos objetivos para o ensino de Ciências, objetivos que envolvam o debate e exijam, para tanto, educadores abertos, dispostos a questionar com seus alunos o lugar da ciência no mundo, sua relação com o bem-estar humano e com outros valores da sociedade.

O Jogo no Ensino da Matemática

Neste semestre estamos tendo a oportunidade de explorar materiais diferenciados para a realização de jogos, que, geralmente envolvem o desejo e o interesse do jogador pela própria ação de jogar, e envolve também a competição e o desafio que motivam o jogador a conhecer seus limites e suas possibilidades de superação de alguns limites, na busca da vitória, adquirindo confiança e coragem para se arriscar.
O jogo atrai a atenção pelo fato de estar competindo, e como todos os jogos, ou se destrói o inimigo, ou considera o adversário como referência constante para o diálogo consigo mesmo. Quando jogos são propostos para as crianças, a reação mais comum entre eles é de alegria e interesse pela atividade, pelo material e pelas regras, mas o interesse e alegria pelo jogo simplesmente não bastam, é preciso que haja uma intervenção pedagógica a fim que esse jogo seja útil na aprendizagem de conceitos matemáticos. Pelo fato do jogo ser uma atividade competitiva, ele apresenta situações onde o sujeito tem a necessidade de coordenar diferentes pontos de vista, estabelecer relações e resolver conflitos.
Quando nos referimos à utilização de jogos nas aulas de Matemática, esperamos que eles tenham utilidade em todos os níveis de ensino, portanto os objetivos do jogo têm que ser claros, adequados, e sempre representem um desafio para o nível com o qual estamos trabalhando. O cumprimento de regras envolve o fato de se relacionar com outras pessoas que pensam, agem e criam estratégias de maneiras diferentes.
No jogo, mesmo que seja derrotado o sujeito pode conhecer-se, estabelecer o limite de sua competência como jogador e avaliar o que tem que ser trabalhado, aprender a perder e trabalhar estratégias para que não seja derrotado na próxima vez.
Pedagogicamente o jogo se apresenta produtivo ao professor, ou seja, facilitador na aprendizagem de estruturas muitas vezes de difícil assimilação, e produtivo ao aluno que desenvolve a capacidade de pensar, analisar, refletir, compreender conceitos matemáticos, etc.

domingo, 25 de maio de 2008

O que é um geoplano?

Nestas últimas atividades de Matemática, eu pude conhecer um pouco mais sobre o geoplano e adquirir subsídios e também mais segurança para poder trabalhá-lo com minhas turmas. Mas...

O que é um geoplano?

O Geoplano é um pedaço de madeira, de forma quadrada, com vários pregos cravados, a meia altura, formando um quadriculado. É importante ressaltar que a distância de um prego para outro, tanto na horinzontal quanto na vertical, é a mesma. O geoplano é um recurso utilizado para auxiliar os professores no trabalho com figuras e formas geométricas planas. No Geoplano podem ser trabalhados o conceito de medida, de vértice, de aresta, de lado, de simetria, área, perímetro, multiplicação nas séries iniciais, entre outros.
No Geoplano, formam-se polígonos variados cujas áreas e perímetros podem ser calculadas. É um grande material no auxílio aos professores.
Os polígonos são formados por borrachinhas (atilhos), que permitem a quem o manipula “desenhar” figuras na malha de pinos para depois registrar as figuras construídas no geoplano em papel ou no papel quadriculado.
Favorece a visualização, o desenho, a imaginação e a comparação de figuras em diferentes posições, auxiliando a criança a desenvolver seu sentido de espaço e a identificação de figuras e suas propriedades.
Permite o desenvolvimento de todas as habilidades de percepção espacial, em especial a coordenação visomotora, a memória visual e a constância de forma e tamanho, bem como a percepção da posição de uma figura no espaço.
Hoje em dia, com o auxílio de recursos computacionais, foi criado um software do Geoplano. É mais uma forma de interação da máquina com o homem em benefício da construção de conceitos matemáticos.




domingo, 18 de maio de 2008

Problemas Matemáticos

Sempre me questionei sobre as inúmeras dificuldades que as crianças demonstram frente à resolução de problemas matemáticos e a famosa frase sempre surge:
“É de mais ou de menos? É de vezes ou de dividir? Tem que fazer duas contas?”
Para tentar resolver esse problema ou pelo menos ir aos poucos tentando ampliar a compreensão destes problemas, aproveitei a idéia da Caixa da Transformação da revista Nova Escola e criei a Caixa dos Problemas. Para realizar essa atividade preparei várias caixinhas com material de contagem, tais como:
· Canudinhos.
· Tampinhas.
· Botões.
· Palitos de picolé.
· Copinhos plásticos.

Então sentamos em um grande círculo e a caixa ia passando de mão em mão enquanto a música tocava. Quando ela parava, a criança que estivesse com a caixa na mão, abria e retirava um ficha com um problema para ser resolvido. A criança, então, lia o problema, e escolhia o material que iria usar para calcular. Optei por cálculos simples para que as crianças compreendessem bem o processo e não simplesmente pegar os números e fazer de mais ou de menos.
A cada problema lido, eu questionava sobre o que estava acontecendo em cada situação, de maneira que a criança compreendesse realmente cada problema. Por exemplo: aluno pegou 36 tampinhas para representar os docinhos e distribuiu em 6 copinhos plásticos, assim ele compreendeu o problema. Em seguida, o aluno registrava a operação no quadro. Assim foram sendo resolvidos todos os problemas.
Eu não imaginava que essa atividade pudesse ser tão significativa e gratificante. Percebi o quanto os alunos evoluíram, mas o que eu pude constatar também é que, na maioria das vezes, os alunos só compreendiam quando eu explicava o problema e não quando simplesmente liam a sentença. Com isso, eu percebi que a dificuldade maior está na interpretação, pois eles lêem e não entendem o que estão lendo. Precisava fazer questionamentos para que eles conseguissem pensar no que estavam lendo.

Construindo as linhas de tempo

Exploro diariamente as noções de tempo com algumas perguntas: que dia é hoje? Que dia da semana? Que dia do mês? E ontem... E amanhã...
Já aproveitei a aula de Educação Física e fiz uma brincadeira com as noções de espaço :dentro e fora, direita e esquerda, girando (pág.49). Bom, dentro e fora, para uma turma de 3ª série foi fácil, mas direita e esquerda... que confusão. Alguns dominavam muito bem, já outros sempre esperavam o colega para fazer igual. Nesta semana, iniciamos o projeto “Resgatando a minha história e a de minha cidade”. Pretendo agora, iniciar com as sugestões das páginas 83, 84 e 85, para tentar avaliar o estágio em que meus alunos se encontram para saber a melhor maneira de auxiliá-los.
Aproveitando o dia das mães, fizemos uma pesquisa de como era a infância da mãe (brincadeiras e brinquedos, passeios, escola, roupas, amigos etc). Em sala, formamos um paralelo entre a sua infância e a de sua mãe. Assim, as crianças poderão analisar as diferenças entre os elementos de épocas diferentes (sugestão pág. 91) A partir do dia das mães, então, iniciamos a história de cada um, fazendo uma reflexão sobre as perguntas:
# Como iniciou a minha história?
# O que já vivenciei até os dias de hoje?
# Como foram meus primeiros dias, meses e anos?
Então, solicitei para que as crianças começassem a coletar dados de sua vida, desde o nascimento e que trouxessem fotos para ilustrar os acontecimentos. Surgiram várias lembranças, que foram sendo anotadas em uma tabela. A partir desta tabela, criamos a linha de tempo, com base nas pág 110 e 111.
Eu fiz as linhas de tempo com minhas turmas e foi maravilhoso... O resultado superou minhas expectativas.
As famílias deram um grande auxílio na coleta de dados e de material (fotos), mas não vou mentir, foi bem difícil de fazer com que eles compreendessem a passagem do tempo em uma linha. Inicialmente, começamos em folhas brancas, mas como percebi que não estavam conseguindo fazer, criei uma matriz com uma linha, dividida em anos e esses anos com doze espaços, não sei se deveria ter feito isso, mas daí sim eles começaram a compreender. Então eles iniciaram completando com o ano do nascimento até o ano atual e marcando os meses de cada ano.
Em seguida, consultavam a tabela, localizavam a data e o acontecimento e escreviam na linha do tempo. Cada um queria me contar o que havia descoberto sobre sua vida. Adorei esse momento, pois percebi que muitos desconheciam fatos de seus primeiros anos.
Acredito que para as crianças, o fato de sentar com a família, olhar fotos e saber o que aconteceu no passado e organizar esses acontecimentos em uma linha visível foi muito significante para que conseguissem aperfeiçoar suas noções de temporalidade. As linhas de tempo ficaram ótimas...

domingo, 4 de maio de 2008

Vídeo Balance

Gostaria de socializar a impressão que eu tive do vídeo Balance e demonstrar o quanto é possível tirar conclusões e aprender muito a partir de um vídeo. A idéia valeu como sugestão para trabalharmos com nossos alunos também
mais esse instrumento pedagógico.

O vídeo retrata um universo um pouco diferente... Os habitantes daquele estranho universo viviam em uma certa “harmonia”, pois disso dependia a própria sobrevivência. Um precisava do outro para conseguir permanecer vivo. Mas, na verdade, a aparente união que havia entre aqueles seres era com objetivos puramente individuais. Quando um deles dava um passo, os outros todos também viam-se obrigados a dar o mesmo passo para que o equilíbrio continuasse. Além disso, o aparente equilíbrio era mantido, visto que seus moradores estavam na mesma posição frente ao universo, todos dispunham dos mesmos objetos e até das mesmas vontades. No entanto, quando algo novo surge, pelas mãos de um único ser, causa inveja, a discórdia e a busca pelo poder entre os demais, mesmo que para isso seja necessário acabar com os outros indivíduos e até mesmo causar um desequilíbrio em seu universo.
Eu vejo uma complexa relação entre as atividades humanas com as mudanças em nosso sistema, pois a partir do momento que uma pessoa age individualmente de forma que possa causar algum prejuízo ao meio ambiente, está alterando o equilíbrio desse sistema. Além de que, as ações individuais, com o tempo passam a ser coletivas.
Os graves problemas ambientais da atualidade têm diversas origens, destacando-se aqueles causados pelas atividades industriais, agrícolas e urbanas que vêm colocando em xeque o futuro da humanidade e do planeta. Se nós não cuidarmos bem da água, solo, da natureza como um todo, do ar, nossa existência está com os dias provavelmente contados! Como os seres daquele universo, que foram sucumbidos pela ganância e pela necessidade do poder sobre os demais. A necessidade do poder supera até mesmo a própria sobrevivência da espécie humana.
A partir do momento em que o ideal do ser humano não está mais apenas na sobrevivência e sim em adquirir e aumentar suas posses, os cuidados com a sobrevivência do planeta estão em segundo plano. Vemos indústrias riquíssimas, que, para aumentar seus lucros e evitar despesas extras, sacrificam a vida de animais e cursos de água, conseqüentemente, sacrificam a vida de outras pessoas e a sua também, que dependem das águas e do ar para sobreviver, esquecendo-se que sem os outros não se ganha o que quer, como o ser do filme, que precisou destruir a todos para ficar de posse daquela caixa, mas ao final, sem os outros, ele também não poderia ficar com a caixa. Enfim, destruiu-se a si mesmo. Assim como o ser humano, que ao destruir a natureza (seu universo) irá destruir a si mesmo.

O vídeo nos faz pensar em imagens da atualidade:






sexta-feira, 2 de maio de 2008

Campo Aditivo



A partir da leitura da reportagem Campo Aditivo,na revista Nova Escola do mês de maio de 2007, percebi a necessidade de explorar bem o campo aditivo para que as crianças saibam interpretar e resolver situações problemas criados em sala de aula, mas também em seu contidiano. A resolução de problemas não deve ser apenas uma forma de exercitar o que já foi ensinado, mas sim uma estratégia que orienta e provoca aprendizagens. Sendo assim, é de extrema importância que os professores criem situações nas quais os alunos possam criar estratégias para encontrar o resultado, explorando as diferentes maneiras que se pode chegar ao resultado.




Link para a reportagem:





quinta-feira, 1 de maio de 2008

Trocando experiências!!!

Gostaria de compartilhar uma atividade que realizei com minha turma e que foi muito legal:

BOLICHE DAS CORES


Como Jogar: Cada cor vale uma pontuação que varia conforme a idade das crianças. Como trabalho com terceira série, imaginei a seguinte pontuação:

ROSA: 10 pontos
VERDE: 20 pontos
AZUL: 40 pontos
VERMELHO: 100 pontos



Uma criança de cada vez joga uma bola de meia contra os pinos do boliche e registra em sua planilha os pinos que conseguiu derrubar e calcula a sua pontuação:


Faixa etária: Crianças do Ensino Fundamental, sendo que para cada idade deve ser dado um valor diferente para os pinos.

O que desenvolve: Além de entreter e divertir, jogo de boliche exercita a coordenação motora, a direção, a análise de estratégias, proporcionando momentos de convivência coletiva que desenvolvem os contatos sociais e as relações emocionais. Com a contagem dos pontos o alunos está aperfeiçoando sua capacidade de cálculo mental e o raciocínio lógico.

Número de participantes: Pode-se jogar com a turma toda ou com pequenos grupos de alunos.


Aplicação da atividade: Realizei o boliche com toda a turma junta. Afastamos as mesas e sentamos no chão em um grande círculo. Fiz a tabela para a pontuação em uma matriz. Cada aluno recebeu a sua tabela para o controle dos pontos.
Um aluno de cada vez atirava a bola de meia e anotava a sua pontuação. Percebi dificuldade das crianças em acertar as garrafas, muitos jogavam a bola bem longe e não acertavam nenhuma garrafa. Inicialmente, eu imaginava que cada aluno faria o seu cálculo, mas o que aconteceu foi que a turma toda acabava somando os pontos dos colegas. Alguns usavam os dedos para somar a sua pontuação e contavam de 10 em 10.
Adorei realizar essa atividade e as crianças também. No início elas faziam os cálculos com mais lentidão e, como já falei, usavam os dedos, mas depois de um tempo de jogo, a turma já calculava mais mentalmente.
Eles deram a idéia de jogarmos outro dia com pontuações mais altas. Isso mostra que já estão tendo facilidade de calcular mentalmente os números mais baixos e já se sentem à vontade para seguir além. Quando eu percebia que alguns alunos não conseguiam fazer a soma e apresentavam maior dificuldade, levava-os a pensar na base 10, já que com esse material a turma já compreende bem. Assim fazia algumas intervenções necessárias:

**Quantar barrinhas vale o pino rosa?
**Quantos pinos rosa você derrubou?
**Então quantos pontos você fez?

Como eu percebi que alguns alunos acabavam não somando, pois os colegas falavam a resposta, para uma próxima vez criaria duplas, onde um joga e o outro soma a pontuação do colega, sem que a turma possa dar as respostas. Talvez também não sentaria os alunos em círculo, pois eles se empolgam muito e acabam se aproximando muito e quase fecham o círculo.




quarta-feira, 30 de abril de 2008

Vídeo de Ciências

Um dos meus objetivos do Plano Individual de Estudos da Interdisciplina de Seminário Integrador IV era aprender a procurar vídeos e inseri-los em trabalhos, no Pbwiki e no Blog. Aproveitei que a Interdisciplina de Ciências nos sugeriu o vídeo Balance e fui em busca de alcançar esse objetivo.
Aproveitei que a Sibbica estava no MSN e a aluguei. Ela foi me ensinando o passo a passo e deu certo. Podem comprovar...
Em breve criarei um tutorial com as explicações que ela me deu para socializar essa aprendizagem com todos!