terça-feira, 28 de abril de 2009

Epistemologia Genética de Jean Piaget


A partir da leitura do texto “Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento”, percebi que o conhecimento acontece por meio de um processo de equilibração e de abstração e não pela intervenção do meio ou por estruturas pré-determinadas. Sabe-se que, para que ocorra a aprendizagem a interação com o meio é fundamental, mas o indivíduo precisa ter estruturas construídas para assimilar os novos conhecimentos, para tanto, cada nova estrutura a ser construída irá “utilizar” as estruturas construídas anteriormente, podendo, o aluno voltar a um estágio anterior para adquirir um novo conhecimento: cada nova etapa tem inclusas as etapas anteriores.
A Epistemologia Genética de Jean Piaget vê a criança como sujeito que cria e recria o seu próprio modelo de realidade, atingindo um crescimento mental por integração de simples conceitos em conceitos de nível mais elevado ao longo de estádios. Piaget traçou então, quatro estádios nesse desenvolvimento: o estádio sensório-motor, o estádio pré-operatório, o estádio operatório concreto e o estádio operatório formal.

O que é inclusão?

A cada dia consigo compreender mais o que realmente é a inclusão e, com isso, me sinto também mais preparada para trabalhar com a diversidade.

A inclusão é :

- atender aos estudantes portadores de necessidades especiais na vizinhanças da sua residência
- propiciar a ampliação do acesso destes alunos às classes comuns.
- propiciar aos professores da classe comum um suporte técnico
- perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos diferentes
- levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as crianças portadoras de deficiência
- propiciar um atendimento integrado ao professor de classe comum.

O conceito de inclusão não é:

- levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado
- ignorar as necessidades específicas da criança
- fazer as crianças seguirem um processo único de desenvolvimento, ao mesmo tempo e para todas as idades
- extinguir o atendimento de educação especial antes do tempo
- esperar que os professores de classe regular ensinem as crianças portadoras. de necessidades especiais sem um suporte técnico.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Argumentos e Premissas!!!


Para a realização das atividades da Interdisciplina de Filosofia da Educação, precisamos compreender melhor alguns conceitos muito importantes para o desenvolvimento das atividades que se seguirão. Para tanto, busquei informações sobre o significado de argumento, premissa e conclusão.

Aprendi que um argumento é um conjunto de enunciados, mas não um conjunto qualquer de enunciados. Num argumento os enunciados têm que ter uma certa relação entre si e é necessário que um deles seja apresentado como uma tese, ou uma conclusão, e os demais como justificativa da tese, ou premissas para a conclusão.

Normalmente argumentos são utilizados para provar ou desaprovar algum enunciado ou para convencer alguém da verdade ou da falsidade de um enunciado.
Estamos perante um argumento sempre que alguém apresenta um conjunto de razões a favor de uma ideia. Os argumentos podem ter apenas uma premissa, ou mais de duas; contudo, só podem ter uma conclusão.

Mosaico Étnico-Racial

Valorização da diversidade na escola

Para a realização o mosaico étnico-racial, solicitei que cada criança fosse ao banheiro que fica em frente a sala e que observassem suas características e anotassem em seu caderno as suas características. Após, os alunos se uniram em duplas e cada uma falou de como vê o colega, listando para ele suas características. Em seguida, realizei uma hora do conto com a história “Menina Bonita do Laço de Fita” de Ana Maria Machado. A partir da história, começamos um debate sobre nossas características e com quem nos parecemos.
Com a história, consegui chegar até o ponto que eu desejava sobre a nossa origem e nossas etnias. As crianças simplesmente adoraram a história e tinham muito para falar de suas descendências, mas ainda não falavam em etnias. Tratava-se apenas de um diálogo sem muito conhecimento étnico, mas com um interesse incrível, percebi, com isso, que um grande trabalho estava surgindo. Como as crianças já estavam bem aguçadas e com muito o que falar sobre sua descendência, lancei de tema de casa para que pesquisassem sobre sua descendência.
Percebi um certo receio de alguns em comentar que seus antepassados eram negros, então achei prudente falar da minha etnia, mostrando que sou descendente de italianos, portugueses e negros e isso realmente fez efeito; logo surgiu “eu também profe sou descendente de negros, e eu também profe...” Fiquei muito feliz com esse momento, pois acho que consegui direcionar a conversa para que todos se sentissem à vontade para falar e que sentissem orgulho da sua origem.
Solicitei que trouxessem para o dia seguinte fotos de familiares com os quais eles são parecidos ou tem algum traço semelhante. Caso não pudessem trazer fotos, pedi que questionassem sobre as características dessas pessoas para que conseguissem desenha-las.
Solicitei que colocassem a sua foto ou o desenho do seu auto-retrato no centro de uma folha e que colassem as fotos das pessoas com quem se parecem ao redor e escrevessem o que são parecidos. Foi um momento de grande envolvimento. Salientaram a cor do cabelo, dos olhos, o sorriso, a altura e até mesmo características psicológicas.
Por fim, montamos um painel no saguão. Como havia outras duas turmas também realizando esse trabalho, a socialização foi ótima. Havia três painéis diferentes, mas que tratavam de nossa descendência, de nossa origem. Muitos encontravam a sua família nos outros painéis e chamavam os colegas para mostrar que havia outros que também faziam parte de sua família. Durante a empolgação da socialização, muitos diziam que eram parecidos com o avô, que tem o cabelo como de sua mãe, que é alto como seu tio... Eles queriam mostrar aos colegas com quem eram parecidos.
Foi muito gratificante a realização dessa atividade! Mais gratificante ainda foi ver o orgulho em apresentar a sua família e mostrar aos colegas a sua descendência.




quarta-feira, 22 de abril de 2009

As leis sobre a diversidade


Com as leituras realizadas na Interdisciplinas de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais - Unidade 2 - Políticas Públicas Brasileiras em Educação Especial e o Projeto Político - Pedagógico da Educação Inclusiva, percebi que é fundamental que pais e educadores conheçam sobre as leis que falam sobre a inclusão.
Várias leis e documentos estabelecem o direito das pessoas com necessidades especiais:
A Constituição da Republica de 1988, prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Garante também o direito de escola para todos.
A lei nº 7.853/89 define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa da sua deficiência, podendo, o infrator, sofrer a pena de um a quatro anos de prisão, mais multa.
O ECA também garante o direito à igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, garantindo também que o atendimento educacional especializado ocorra preferencialmente na rede regular de ensino, assim como também define a Convenção da Guatemala, reafirmando a urgência para providenciar uma educação que atenda às crianças, jovens e adultos com necessidades especiais.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Novas aprendizagens...

O que é o Construtivismo?




Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.
O Construtivismo valoriza o conhecimento prévio do aluno, propondo que ele participe ativamente do próprio aprendizado, que se dará a partir da experimentação, da pesquisa em grupo, do estímulo à dúvida e do desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. O construtivismo enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um degrau para conquistar a aprendizagem.
O construtivismo rejeita a apresentação de conhecimentos prontos ao estudante, daí o termo "construtivismo", pelo qual se procura indicar que uma pessoa aprende melhor quando toma parte de forma direta na construção do conhecimento que adquire.
O tra­ba­lho de edu­car não deve se limi­tar a trans­mi­tir con­teú­dos, mas a favo­re­cer a ati­vi­dade men­tal do aluno. Por isso, impor­tante é não ape­nas assi­mi­lar con­cei­tos, mas tam­bém gerar ques­tio­na­men­tos, ­ampliar as ­idéias. O construtivismo condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno. O pro­fes­sor cria situa­ções para que o aluno che­gue ao conhe­ci­mento.
A criança cons­trói o conhecimento a par­tir de suas des­co­ber­tas, quando em con­tato com o mundo e com os obje­tos. Por isso, não adianta ensi­nar a um aluno algo que ele ainda não tem con­di­ções inte­lec­tuais de absor­ver.
Segundo Piaget, o pen­sa­mento infan­til passa por qua­tro está­gios, desde o nas­ci­mento até o iní­cio da ado­les­cên­cia, ­quando a capa­ci­dade plena de racio­cí­nio é atin­gida.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Como avaliar um P.A?

Durante a realização do Projeto de Aprendizagem, ficava me questionando como eu poderiar avaliar um P.A quando realizado com meus alunos.

Bem sabemos que o P.A oportuniza novas formas de ensinar e aprender, mudando a maneira de apresentação dos conteúdos e ampliando as possibilidades de aquisição de informações, mas ficava com dúvidas sobre o que e como avaliar.

Nestas últimas semanas, contudo, trabalhamos a avaliação do Projeto de Aprendizagem. Assim, pude aprender alguns passos importantes para auxiliar na avaliação do Projeto. A partir destes passos, o professor pode avaliar o desenvolvimento de cada parte do projeto, mas o que eu achei mais interessante é a possibilidade do grupo avaliar o seu trabalho, rever o que foi desenvolvido e, se necessário, fazer algumas alterações de modo a aprimorá-lo, ampliando com isso, o conhecimento adquirido durante todo o processo.

Para avaliar um P.A, faz-se necessário avaliar os seguintes tópicos:

1- Sobre a Questão de Investigação:
· O projeto parte de uma questão claramente formulada e originada nas vivências e curiosidades dos sujeitos? Em outras palavras, a questão é “original”, no sentido de refletir uma curiosidade genuína do grupo, ou parece ser uma questão ligada a um repertório de temas tradicionalmente já abordados nas escolas?
· A questão é formulada de modo a impulsionar uma abertura para a exploração de novas relações ao invés de restringir a busca a uma simples resposta?


2- Sobre as certezas e dúvidas iniciais:
· Existe uma coerência lógica entre a Questão de Investigação e o que é afirmado no quadro inicial das Certezas Provisórias e das Dúvidas?


3- Processo de Desenvolvimento do Projeto:

· As certezas e dúvidas são consideradas na orientação das buscas ou são “esquecidas” durante o desenvolvimento do projeto?
· A busca de soluções para a questão eleita parte de uma sistematização criteriosa do que os sujeitos pensavam saber ("Certezas Provisórias") e do que julgavam necessário compreender ("Dúvidas Temporárias") para responder a questão?
· É possível identificar um movimento de mudanças e reformulações nas "certezas" e "dúvidas", durante a realização do projeto? Os sujeitos vão retomando as certezas e dúvidas na medida em que fazem descobertas que modificam seus conhecimentos iniciais? Ao mesmo tempo em que são encontradas soluções para as dúvidas já colocadas, são geradas novas questões e dúvidas? É possível perceber que o grupo toma consciência da existência desse processo de modificação das certezas que se aprofundam e consolidam ou se transformam em dúvidas e das dúvidas que se tornam novas certezas?


4- Sobre as buscas e a construção de novas relações (sobre procedimentos, instrumentos e fontes)
· Quais são as fontes, os instrumentos e os procedimentos usados na busca das soluções?
· Essas fontes, instrumentos e procedimentos são coerentes com a questão proposta, com as certezas e com as dúvidas?
· A busca e seleção de informações e a escolha dos procedimentos (enquetes, entrevistas, observações, experimentos, leituras) abrem para a construção de novas relações, novas articulações entre conceitos e idéias (novas formas de explorar as questões, utilização de novos instrumentos etc), por exemplo?
· Há evidências de rompimentos nos limites disciplinares?
· Observam-se aprendizagens relevantes relacionadas com os conteúdos e conceitos abordados no projeto?


5- Sobre os mapas conceituais
· Os mapas conceituais mostram uma evolução na apropriação do conhecimento? (especificamente nas relações e conceitos surgidos na busca de soluções)
· O mapa final representa os conceitos e relações que constam na síntese do projeto (resposta à pergunta principal)?


6- Sobre o conteúdo publicado
· Os textos que compõem o projeto formam um conjunto coerente que permite ao leitor acompanhar o desenrolar da investigação realizada?
· O material recolhido e elaborado no projeto é relevante e focado no problema proposto?
· O conjunto de informações recolhidas foi suficientemente trabalhado?
· O material é apresentado em forma de hipertexto permitindo diferentes navegações?
· Os textos produzidos pelo grupo são originais e refletem as características do grupo?
· As referências e citações estão clara e corretamente colocadas e identificadas?
· As imagens e vídeos, eventualmente publicados, contribuem para a compreensão do conteúdo?
· As certezas provisórias foram validadas?
· As dúvidas temporárias foram esclarecidas?
· Há uma síntese parcial ou final? E ela responde à Questão de Investigação?


7- Sobre a aprendizagem cooperativa
· Que tipos de registros aparecem com maior frequência: combinações, informações, sugestões, etc..?
· Os registros do processo mostram a riqueza do processo de aprendizagem do grupo, evidenciando um trabalho cooperativo?
· É possível identificar, pelos registros, interações virtuais ou presenciais com especialistas ou outras pessoas, fora do grupo, na busca por contribuições para o projeto?


8 – Sobre a apresentação do trabalho
· A organização do site facilita o acompanhamento do projeto?
· Foi adotado um padrão de letras (tamanhos e cores) que facilita a leitura?
· O site busca uma interação com o leitor?

Identificando Epistemologias

Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos



A leitura do texto Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos, me levou a entender melhor como está estruturado a relação ensino/aprendizagem escolar. Fazendo um paralelo entre os três modelos pedagógicos, podemos observar as diferenças no resultado final do processo de aprendizagem. O autor Fernando Becker nos apresenta os modelos pedagógicos e como tais modelos são sustentados por uma determinada epistemologia.


Pedagogia diretiva

“Não há nada no nosso intelecto que não tenha entrado lá através dos nossos sentidos”.



  • O conhecimento é transmitido para o aluno.

  • Professor é o detentor do saber.

  • O indivíduo é uma folha de papel em branco não somente ao nascer, mas frente a cada novo conteúdo.

  • O conhecimento vem do meio físico ou social.

  • Epistemologia = empirismo


    Pedagogia não-diretiva


  • O professor tem a função de auxiliar/facilitador do aluno.

  • Traz à consciência o saber que o aluno já possui.

  • O aluno já traz o saber que precisa desenvolver.

  • Aprende por si mesmo.

  • O aluno aprende conforme sua herança genética

  • Regime do deixa fazer.


    Pedagogia relacional

    O conhecimento novo é construído através de:

  • Ação do aluno sobre material significativo para ele (assimilação).

  • Respostas do aluno para si mesmo diante das perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação. Reflexionamento e reflexão.

  • Apropriação não mais do material, mas dos mecanismos de suas ações sobre esse material..

  • Professor ensina-aprende, aluno aprende-ensina.

  • O aluno não é passivo, ele interage integralmente com o meio.

domingo, 5 de abril de 2009

“Sou a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás...”

Essa frase me fez pensar muito sobre minha ancestralidade e, principalmente, me impulsionou na busca de dados sobre meus descendentes. Da minha família materna, conheço o início deste fio, desde a sua partida da Itália até a continuação aqui no Brasil, até os dias de hoje. Meu nono sempre teve muito orgulho em contar histórias sobre seus antepassados, a chegada destes no Brasil, o que fizeram, como enfrentaram os primeiros tempos... Ele é um verdadeiro contador de histórias.
Os pais de minha avó paterna sempre deixaram bem explícitas a sua descendência portuguesa, desde hábitos culinários até a sua aparência física, comprovada no sobrenome tipicamente português.
Mas ainda há muitas incógnitas sobre os pais de meu avô paterno, ainda há muitas perguntas sem respostas, muitas feições que ainda não sei ao certo de onde descendem. Pouco sabemos sobre a descendência de meu avô paterno, apenas acreditamos na sua descendência negra devido à cor da pele de seu pai (meu bisavô) e de seus tios, mas não há nada além de hipóteses.
Isso me causou uma grande vontade de pesquisar, de saber um pouco mais sobre ele e consequentemente, sobre mim também.
Hoje, sei de minha origem italiana, portuguesa e possivelmente, negra.
Tenho muito orgulho de olhar as fotos de meus antepassados, saber sua história, sua origem e reconhecer em mim a continuação deste fio.