terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Auto-avaliação sobre a participação no PA

Com o Projeto de Aprendizagem eu aprendi a...

A elaboração do Projeto de Aprendizagem foi um grande desafio para mim. No início do projeto eu estava bem tranqüila e, de certa forma, bem acomodada com a proposta, pois julgava dominar a elaboração de Projetos de Aprendizagem e em momento algum imaginei que ele seria desenvolvido a partir das dúvidas e das perguntas que nós tínhamos, tentando responder as nossas dúvidas por meio de pesquisas e interação.

Após as primeiras tentativas de desenvolver o PA, comecei a ficar muito ansiosa, pois não estava conseguindo compreender qual era a proposta. Inicialmente, sentia necessidade de interagir pessoalmente com minhas colegas de grupo, não conseguia imaginar um trabalho em grupo sem que o grupo se encontrasse pessoalmente e discutisse as possíveis dúvidas e certezas. Iniciei o PA com uma visão de trabalho coletivo e tive dificuldade de quebrar esse paradigma. Após algumas semanas um pouco atrapalhadas, percebi que é possível trabalhar em grupo e à distância, com grande independência.

Aprendi a ser mais independente e me posicionar frente a um determinado assunto, mas para isso percebi que precisava estar preparada para defender minhas idéias e para isso precisava estar informada, ou seja, precisei pesquisar bastante para poder contribuir com o PA. O meu crescimento foi muito grande, e percebido pelas trocas e interações dentro do projeto e a partir da elaboração dos mapas conceituais, nos quais ficou evidente o crescimento do grupo e o entendimento do assunto que estávamos pesquisando. A interação foi o ponto mais forte deste trabalho, mas senti que o trabalho, após compreendido, fluiu com mais facilidade devido a sintonia do grupo. Cada uma evoluía a partir de suas limitações e avançando em suas aprendizagens individuais e coletivas. Cada idéia que os componentes tinham, eram valorizadas pelo grupo, assim nos sentíamos valorizadas e mais animadas para contribuir com o grupo.

Não é uma tarefa muito fácil avaliar a si mesmo, mas revendo tudo o que foi construído e todos os conhecimentos que eu adquiri durante o processo de desenvolvimento do PA me sinto satisfeita, pois desenvolvi o hábito de pesquisa e investigação, além de conseguir interagir com o grupo em ambientes informatizados. Senti-me motivada a desenvolver a pesquisa e aprendi a trabalhar de forma cooperativa, tomando uma posição real de minhas limitações e de minhas possibilidades.

Ao rever os registros dos textos de interações e pesquisas realizadas em grupo e individualmente, as imagens, as várias páginas criadas com o resultado de nossas aprendizagens, o fórum de discussões, o diário de bordo, me possibilitou uma melhor compreensão da construção do conhecimento adquirido com o PA. Percebi que cada indivíduo envolvido no processo pode estar desenvolvendo a auto-crítica também.

Dessa forma, eu acredito que poderia ter contribuido mais ainda com o trabalho, pois como nos últimos dias estive com problemas... não pude contribuir tanto quanto eu gostaria. Mas como o nosso grupo tem uma excelente sintonia, daremos continuidade ao PA e continuaremos com nossas pesquisas.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Reflexão do Fórum sobre os elementos fundamentais à gestão democrática escolar

03/12/2008 23:25:30

Olá colegas, professores e tutores!!

Finalmente cheguei a esse Fórum...
Adorei os vídeos, os quais me levaram a perceber que, atualmente, não se pode conceber um processo educacional fundamentado em gestão que não seja democrática, que não envolva e comprometa todos os segmentos da comunidade escolar, bem como agreguem todos os profissionais da educação envolvidos no processo educativo, principalmente por ver como, no vídeo, é defendida a idéia de que quanto mais atores mais rico será o processo de democratização e mais rico será o produto final.
A gestão democrática depende das ações concretas que tragam a participação de todos, dando voz e vez à comunidade, compartilhando decisões e assuntos sobre a escola, envolvendo, assim, a comunidade escolar, de forma participativa, nas decisões administrativas, financeiras e pedagógicas também, dessa forma, os professores precisam aceitar que a comunidade também tem o que dizer também no campo pedagógico.
Um dos professores entrevistados no vídeo deixa bem claro que para haver mudanças na forma de reger a escola, dando abertura para a participação é necessário oportunizar a participação da comunidade, criar possibilidades para que a comunidade possa participar, pois participação se aprende participando.
Acredito que a participação democrática deve começar já dentro da sala de aula, mesmo nas séries iniciais, para que as crianças cresçam sabendo participar das decisões da sociedade, desenvolvendo competências especiais indispensáveis para viver em um mundo globalizado repleto de contradições, ao mesmo tempo em que saibam, coletivamente, buscar soluções para problemas comuns.

Abraços a todos, Lucele
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03/12/2008 23:56:21

Colegas,

Na verdade, a gestão democrática não é fácil, pois quanto maior for a participação, maior será o número de opiniões. Com mais pessoas envolvidas não é tão fácil se chegar a um consenso. Por isso, em muitas escolas, os diretores, professores e funcionários ainda monopolizam as oportunidades de participação da comunidade, em nome da competência pedagógica, evitando interferências dos servidores e de pais de alunos.
Para que a gestão democrática realmente acontecesse nas escolas, deveria ser abolida a idéia de autoritarismo e centralização que o cargo de diretor culturalmente carrega consigo e que ainda é extremamente forte. A meu ver, realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos têm mais chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade a respeito da atuação da escola.
O professor Jorge Najjar, faz uma excelente conclusão da importância da Gestão democrática:
A gestão democrática pode trazer uma nova escola, com nova qualidade.
O caminho, indispensável à solução dos problemas que a educação brasileira enfrenta, é a democratização da própria escola.

Até breve, Lucele

Reflexão do Fórum sobre Maturana

11/09/2008 14:02:15

Olá colegas e profe @n@...
Não sei se estou enganada, mas eu percebi uma forte semelhança da teoria estudada com Maturana com o construtivismo. Senti que esta teoria poderia embasar o construtivismo, pois defende que o ser humano constrói o seu conhecimento a partir da interação com o mundo e com os objetos deste, visto que o conhecimento não se limita ao recebimento de informações. Conforme o texto, o ser humano é um ser autônomo e auto-produtor, capaz de produzir o seu conhecimento a partir da interação com o meio. Isso se resume na frase: Todo fazer é um conhecer e todo conhecer é um fazer. Dessa forma, consigo compreender como é difícil para nossos alunos aprender se limitando apenas a receber passivamente informações vindas do professor.

Um abraço, Lucele

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11/09/2008 14:31:30

Pessoal!!!

Enquanto eu lia o texto, fui vendo a necessidade de manter relações de afeto com meus alunos, de forma a configurar uma relação baseada no amor.
Pelo que eu entendi, essa relação entre o professor e o aluno pode interferir no processo de aprendizagem, facilitando-a, quando baseada no amor, ou dificultando-a quando baseada no medo.
Isso tudo me fez lembrar de um caso que estou vivendo em minha família: o meu afilhado tem muito medo de uma de suas professoras, a qual busca manter essa relação de medo, que para ela é respeito... O problema é que o menino simplesmente não consegue aprender nada da disciplina que ela leciona, como se ele tivesse criado uma barreira entre os dois, mas se eu o ajudo e explico as atividades que ele tem no caderno, ele logo entende tudo!
A partir das frases do texto, concluo que a dificuldade que ele tem não está apenas no conteúdo, mas sim, e fortemente, na relação com sua professora, pois... As diferentes emoções possibilitam e/ou interditam domínios de ação (...) é provável que a emoção auxilie o raciocínio.

Até breve... Lucele

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11/09/2008 14:43:56

Profe e colegas...
Como eu fiquei na dúvida de realmente havia compreendido bem as idéias de Maturana, resolvi pesquisar mais e encontrei ótimas explicações para a minha dúvida:

Os estudos de Maturana explicitam o sinônimo entre conhecer e viver. A noção de viver-conhecer está diretamente vinculada com o modo de relacionar-se e de organizar-se nessa relação. Não se trata de adaptação ao meio.
O viver-conhecer na relação significa, ao mesmo tempo, a criação/recriação desse espaço relacional, e de outros, e a criação/recriação do sistema em relação. Pode incluir, em algum momento, a adaptação, mas vai além dela. Para Maturana a conversa, na ação educativa, é elemento central na relação que produz o conhecimento. A conversa constitui-se, assim, em um espaço relacional por excelência na ação educativa.
Ele acrescenta que...
O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência (Maturana, 1998b, p. 29).

Reflexão do Fórum sobre Erik Erikson II

07/09/2008 23:00:29

Pois é Kelli, após ler as tuas colocações parei para pensar no dia-a-dia de meus pais e percebi que eles têm uma vida até mais divertida do que a minha...!!!
Agora eles não têm mais aquela cobrança da sociedade de ter que construir, já deixaram de lado a frenética busca e estão dando espaço ao que realmente gostam de fazer. Claro que eles ainda são socialmente ativos, fazem cursos, pertencem a entidades filantrópicas, saem bastante, mas eu vejo que é com uma visão de mundo completamente diferente da que eu tenho hoje. Enquanto eu busco qualificação profissional, eles buscam realização pessoal. Enquanto eu faço muitos planos para o futuro, eles aproveitam mais as pequenas alegrias do cotidiano. E... enquanto eu sou completamente despreocupada com minha saúde, eles se preocupam com a qualidade na alimentação, qualidade do sono...
Com os estudos sobre a teoria de Erikson, percebi que ao longo da vida vai havendo desenvolvimento da personalidade. Cada fase caracteriza-se por um conflito sócio-emocional no indivíduo, exige uma resolução dessa crise para que se chegue ao estádio seguinte e para que a próxima fase possa ser ultrapassada sem problemas. As mudanças que ocorrem não se produzem de igual modo em todo o indivíduo: o ritmo de desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. O ser humano interage com o meio envolvente: o meio natural, a família, os amigos, a escola, a comunidade, que o ajudam a desenvolver-se.

Um SUpeR BEijO!!!
Lucele

Reflexão do Fórum sobre Erik Erikson

03/09/2008 19:22:36

Olá Colegas!

Quando li as colocações da colega Janete:
(Os psicólogos Douvan e Adelson afirmam em The Adolescent Experience que, embora a teoria da identidade, de Erikson, possa ser válida para meninos, não o é para meninas, porque a identidade de uma mulher se define, em parte, pela identidade do homem com o qual ela casa) , fiquei pensando em minha vida, e é claro, a de meu marido... Percebi que muito de nossas personalidades é fruto de nossa longa convivência, já que éramos quase criança quando começamos a namorar. Percebi que aprendemos a gostar das coisas que o outro gosta ou a não gostar...
Querendo ou não, temos que assumir que nossa personalidade se define, em parte, pela identidade da pessoa com quem a gente casa ou com quem convivemos por muito tempo, mas acredito que isso seja válido para ambos os sexos, não apenas para as mulheres.

Bjs, Lucele
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03/09/2008 19:36:15

Olá colega Luciane!

Realmente, Erikson dá especial importância ao período da adolescência, devido ao fato ser a transição entre a infância e a idade adulta, em que se verificam acontecimentos relevantes para a personalidade adulta. Cada estágio contribui para a formação da personalidade total, sendo por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar. Como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir uma duração exata a cada estágio. O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.
A adolescência é o período mais conturbado, mas não é o único, as crises estão presentes em todas as idades, sendo a forma como é resolvida determinante para resolver na vida futura os conflitos. O termo crise que me referi na mensagem anterior é visto como um ponto decisivo e necessário, um momento crucial, quando o desenvolvimento tem de optar por uma ou outra direção. OK?


ABraÇOs,
LUceLe
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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Natal todo dia!!