sexta-feira, 19 de junho de 2009

Relacionando conceitos!

A proposta de nossa aula presencial de Psicologia II era construirmos em pequenos grupos um mapa conceitual relacionando alguns conceitos da teoria piagetiana que abordamos ao longo das aulas.

Indígenas e sua identidade étnica!


Os povos indígenas têm o direito de preservar, expressar e desenvolver livremente sua personalidade cultural, em todos os seus aspectos, livres de qualquer tentativa de assimilação. Só recentemente os diferentes segmentos da sociedade brasileira estão se conscientizando de que os índios são seus contemporâneos. Eles vivem no mesmo país, participam da elaboração de leis, elegem candidatos e compartilham problemas semelhantes, como as conseqüências da poluição ambiental e das diretrizes e ações do governo nas áreas da política, economia, saúde, educação e administração pública em geral. Um fato notável é o crescimento do número de indígenas no cenário político brasileiro. Somente em 2000, foram eleitos, entre vereadores, vice-prefeitos e um prefeito, 80 índios.
Mesmo assim, no que diz respeito à identidade étnica, as mudanças ocorridas em várias sociedades indígenas, como o fato de falarem português, vestirem roupas iguais às dos outros membros da sociedade nacional com que estão em contato, participarem da política, utilizarem modernas tecnologias (como câmeras de vídeo, máquinas fotográficas e aparelhos de fax), não fazem com que percam sua identidade étnica e deixem de ser indígenas.

Desenvolvimento Moral


Para compreender melhor o desenvolvimento moral, segundo Piaget, realizei algumas pesquisas sobre o tema e pude constatar que a agressividade faz parte do processo de desenvolvimento moral, pois a criança passa por uma fase pré-moral, caracterizada pela anomia, coincidindo com o "egocentrismo" infantil e que vai até aproximadamente 4 ou 5 anos. Gradualmente, a criança vai entrando na fase da moral heterônoma e caminha gradualmente para a fase autônoma.
Na fase de anomia, natural na criança pequena, ainda no egocentrismo, não existem regras e normas. O bebê, por exemplo, quando está com fome, chora e quer ser alimentado na hora. As necessidades básicas determinam as normas de conduta. No indivíduo adulto, caracteriza-se por aquele que não respeita as leis, pessoas, normas.
Na moralidade heretônoma, os deveres são vistos como externos, impostos e não como obrigações elaboradas pela consciência. O Bem é visto como o cumprimento da ordem, o certo é a observância da regra que não pode ser transgredida nem relativizada por interpretações flexíveis. A responsabilidade pelos atos é avaliada de acordo com as conseqüências objetivas das ações e não pelas intenções. O indivíduo obedece às normas por medo da punição. Na ausência da autoridade ocorre a indisciplina.
Na moralidade autônoma, o indivíduo adquire a consciência moral. Os deveres são cumpridos com consciência de sua necessidade e significação. Possui princípios éticos e morais. Na ausência da autoridade continua o mesmo. É responsável, auto-disciplinado e justo. A responsabilidade pelos atos é proporcional à intenção e não apenas pelas conseqüências do ato.
Na medida em que a criança cresce, ela vai percebendo que o "mundo" tem suas regras. Dessa forma, não consigo concordar que todas as atitudes de agressividade das crianças sejam somente devido ao processo de desenvolvimento moral, pois, ainda segundo Piaget, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais. Por isso que geralmente os alunos mais agressivos são filhos de pais também agressivos, mas não por uma questão de genética, mas sim por conviver diariamente com os princípios da sua família.
Tendo conhecimento que as crianças e adolescentes seguem fases mais ou menos parecidas quanto ao desenvolvimento moral, cabe ao educador compreender que há determinadas formas de lidar com diferentes situações e diferentes faixas etárias. Cabe a ele, ainda, conduzir a criança na transição das fases, encaminhando-se naturalmente para a sua própria autonomia moral e intelectual, mas o contexto familiar influencia positiva ou negativamente neste desenvolvimento.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Conhecendo a Hidrocefalia!

Durante as pesquisas realizadas para o estudo de caso da interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais, descobri que o aluno que eu estava pesquisando nasceu com hidrocefalia. Para saber se a causa de seus problemas eram em decorrência da hidrocefalia, comecei a pesquisar sobre a doença e suas sequelas e aprendi que a hidrocefalia ocorre quando o líquido da medula não pode circular normalmente. Este líquido acumula-se no cérebro e, caso não seja controlado, pode acarretar no surgimento de graves conseqüências. Esta situação se resolve introduzindo-se cirurgicamente um tubo fino com uma válvula de pressão no interior dos ventrículos cerebrais.
Esta técnica, de modo geral, controla a hidrocefalia, direcionando o líquido para a cavidade abdominal ou para uma veia no pescoço, que leva ao coração. De acordo com Martín (2004), "é a condição patológica caracterizada pelo aumento da pressão intracraniana. Produz-se como conseqüência de um desequilíbrio entre a formação e a absorção do líquido cefalorraquidiano (LCR)". Neste caso, a caixa craniana cresce e a cabeça aumenta de tamanho.
As causas mais freqüentes, segundo o Coletivo de Autores (2001), são, "secreção aumentada de LCR, a obstrução das vias de circulação do LCR, seja no interior do sistema ventricular, seja na sua saída para o espaço subaracnóideo e o bloqueio na absorção do LCR". Dentre estas três causas, a mais freqüente é a obstrutiva (não comunicante).
De acordo com os mesmos autores, algumas sequelas como as de ordem motora surgem, como por exemplo, déficits de equilíbrio, na coordenação ampla e fina.
Na pesquisa realizada, constatei que algumas crianças com hidrocefalia podem ter dificuldades cognitivas, deficiências físicas ou possibilidade de outros problemas de saúde, atrasos no desenvolvimento, problemas de aprendizagem , problemas na fala, problemas na visão e dificuldade de memória, como é o caso do menino que eu estou acompanhando.
Os pais e professores deverão estar conscientes das complexidades de viver com hidrocefalia e assegurar que a sua criança receba o acompanhamento adequado, as intervenções e terapias necessárias. Na escola, eu acredito que ninguém saiba o motivo das dificuldades do menino, pois em documento nenhum esta informação aparece. Agora eu conheço as características desta doença, consigo compreender a sua situação e irei divulgar entre os seus professores um pouco de seu diagnóstico e da consequencias que ele tem em função da doença.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Aprendendo sobre o Autismo!


Eu sempre tive muita vontade de saber mais sobre o autismo e com as leituras realizadas para a Interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais e com as pesquisas feitas, aprendi que autismo é uma patologia diferente da deficiência mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.
O autismo é um transtorno mental que afeta a comunicação e o comportamento humano. O termo autismo refere-se ao significado: ausente ou perdido. Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade.
A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas, mas a causa do autismo não é conhecida.
Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).
Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais.
Muitas vezes, o autismo é confundido com outras síndromes ou com outros transtornos globais do desenvolvimento, pelo fato de não ser diagnosticado através de exames laboratoriais ou de imagem, por não haver marcador biológico que o caracterize, seu processo de reconhecimento é dificultado, o que posterga a sua identificação.
Grande parte dos profissionais que trabalham com autismo, dizem que faz parte do tratamento recomendado para portadores de autismo o recebimento de educação especial, com aprendizagem intensa e gradual, acompanhada de um controle intenso do comportamento da criança. O enfoque atual é fazer com que estas crianças aprendam conceitos básicos para que funcionem o melhor possível dentro da sociedade. As escolas especializadas, atualmente, individualizam o tratamento para cada criança, tornando assim o aprendizado bem mais específico e eficiente.
As pessoas com autismo são capazes de crescer, aprender e desenvolver-se. Com a ajuda adequada, as crianças com deficiência mental e autismo podem viver de forma satisfatória a sua vida adulta.
Acredito que uma criança com autismo pode obter resultados escolares muito interessantes, mas acho que seria importante avaliar a necessidade específica da criança e seu grau de comprometimento para direcioná-la para à escola mais adequada: educação especial ou escola regular com adequação do currículo à criança.