terça-feira, 27 de maio de 2008

Ciências... e o ensino atual!


A partir das atividades realizadas na Interdisciplina de Ciências, percebe-se que as atenções da educação estão hoje basicamente voltadas para a idéia de cidadania e para a formação de professores com novos perfis profissionais, capazes de trabalhar com uma visão interdisciplinar da ciência, própria das múltiplas formas de se conhecer e intervir na sociedade hoje.
As atividades realizadas até então, nos orientam para um ensino de Ciências que vise uma reflexão mais crítica sobre os processos que ocorrem na natureza, na sociedade e na qualidade de vida de cada cidadão. É preciso preparar os alunos para que sejam capazes de perceber como os conhecimentos se relacionam e, mais, como podem afetar suas vidas.
Com isso, percebe-se que estão surgindo novos objetivos para o ensino de Ciências, objetivos que envolvam o debate e exijam, para tanto, educadores abertos, dispostos a questionar com seus alunos o lugar da ciência no mundo, sua relação com o bem-estar humano e com outros valores da sociedade.

O Jogo no Ensino da Matemática

Neste semestre estamos tendo a oportunidade de explorar materiais diferenciados para a realização de jogos, que, geralmente envolvem o desejo e o interesse do jogador pela própria ação de jogar, e envolve também a competição e o desafio que motivam o jogador a conhecer seus limites e suas possibilidades de superação de alguns limites, na busca da vitória, adquirindo confiança e coragem para se arriscar.
O jogo atrai a atenção pelo fato de estar competindo, e como todos os jogos, ou se destrói o inimigo, ou considera o adversário como referência constante para o diálogo consigo mesmo. Quando jogos são propostos para as crianças, a reação mais comum entre eles é de alegria e interesse pela atividade, pelo material e pelas regras, mas o interesse e alegria pelo jogo simplesmente não bastam, é preciso que haja uma intervenção pedagógica a fim que esse jogo seja útil na aprendizagem de conceitos matemáticos. Pelo fato do jogo ser uma atividade competitiva, ele apresenta situações onde o sujeito tem a necessidade de coordenar diferentes pontos de vista, estabelecer relações e resolver conflitos.
Quando nos referimos à utilização de jogos nas aulas de Matemática, esperamos que eles tenham utilidade em todos os níveis de ensino, portanto os objetivos do jogo têm que ser claros, adequados, e sempre representem um desafio para o nível com o qual estamos trabalhando. O cumprimento de regras envolve o fato de se relacionar com outras pessoas que pensam, agem e criam estratégias de maneiras diferentes.
No jogo, mesmo que seja derrotado o sujeito pode conhecer-se, estabelecer o limite de sua competência como jogador e avaliar o que tem que ser trabalhado, aprender a perder e trabalhar estratégias para que não seja derrotado na próxima vez.
Pedagogicamente o jogo se apresenta produtivo ao professor, ou seja, facilitador na aprendizagem de estruturas muitas vezes de difícil assimilação, e produtivo ao aluno que desenvolve a capacidade de pensar, analisar, refletir, compreender conceitos matemáticos, etc.

domingo, 25 de maio de 2008

O que é um geoplano?

Nestas últimas atividades de Matemática, eu pude conhecer um pouco mais sobre o geoplano e adquirir subsídios e também mais segurança para poder trabalhá-lo com minhas turmas. Mas...

O que é um geoplano?

O Geoplano é um pedaço de madeira, de forma quadrada, com vários pregos cravados, a meia altura, formando um quadriculado. É importante ressaltar que a distância de um prego para outro, tanto na horinzontal quanto na vertical, é a mesma. O geoplano é um recurso utilizado para auxiliar os professores no trabalho com figuras e formas geométricas planas. No Geoplano podem ser trabalhados o conceito de medida, de vértice, de aresta, de lado, de simetria, área, perímetro, multiplicação nas séries iniciais, entre outros.
No Geoplano, formam-se polígonos variados cujas áreas e perímetros podem ser calculadas. É um grande material no auxílio aos professores.
Os polígonos são formados por borrachinhas (atilhos), que permitem a quem o manipula “desenhar” figuras na malha de pinos para depois registrar as figuras construídas no geoplano em papel ou no papel quadriculado.
Favorece a visualização, o desenho, a imaginação e a comparação de figuras em diferentes posições, auxiliando a criança a desenvolver seu sentido de espaço e a identificação de figuras e suas propriedades.
Permite o desenvolvimento de todas as habilidades de percepção espacial, em especial a coordenação visomotora, a memória visual e a constância de forma e tamanho, bem como a percepção da posição de uma figura no espaço.
Hoje em dia, com o auxílio de recursos computacionais, foi criado um software do Geoplano. É mais uma forma de interação da máquina com o homem em benefício da construção de conceitos matemáticos.




domingo, 18 de maio de 2008

Problemas Matemáticos

Sempre me questionei sobre as inúmeras dificuldades que as crianças demonstram frente à resolução de problemas matemáticos e a famosa frase sempre surge:
“É de mais ou de menos? É de vezes ou de dividir? Tem que fazer duas contas?”
Para tentar resolver esse problema ou pelo menos ir aos poucos tentando ampliar a compreensão destes problemas, aproveitei a idéia da Caixa da Transformação da revista Nova Escola e criei a Caixa dos Problemas. Para realizar essa atividade preparei várias caixinhas com material de contagem, tais como:
· Canudinhos.
· Tampinhas.
· Botões.
· Palitos de picolé.
· Copinhos plásticos.

Então sentamos em um grande círculo e a caixa ia passando de mão em mão enquanto a música tocava. Quando ela parava, a criança que estivesse com a caixa na mão, abria e retirava um ficha com um problema para ser resolvido. A criança, então, lia o problema, e escolhia o material que iria usar para calcular. Optei por cálculos simples para que as crianças compreendessem bem o processo e não simplesmente pegar os números e fazer de mais ou de menos.
A cada problema lido, eu questionava sobre o que estava acontecendo em cada situação, de maneira que a criança compreendesse realmente cada problema. Por exemplo: aluno pegou 36 tampinhas para representar os docinhos e distribuiu em 6 copinhos plásticos, assim ele compreendeu o problema. Em seguida, o aluno registrava a operação no quadro. Assim foram sendo resolvidos todos os problemas.
Eu não imaginava que essa atividade pudesse ser tão significativa e gratificante. Percebi o quanto os alunos evoluíram, mas o que eu pude constatar também é que, na maioria das vezes, os alunos só compreendiam quando eu explicava o problema e não quando simplesmente liam a sentença. Com isso, eu percebi que a dificuldade maior está na interpretação, pois eles lêem e não entendem o que estão lendo. Precisava fazer questionamentos para que eles conseguissem pensar no que estavam lendo.

Construindo as linhas de tempo

Exploro diariamente as noções de tempo com algumas perguntas: que dia é hoje? Que dia da semana? Que dia do mês? E ontem... E amanhã...
Já aproveitei a aula de Educação Física e fiz uma brincadeira com as noções de espaço :dentro e fora, direita e esquerda, girando (pág.49). Bom, dentro e fora, para uma turma de 3ª série foi fácil, mas direita e esquerda... que confusão. Alguns dominavam muito bem, já outros sempre esperavam o colega para fazer igual. Nesta semana, iniciamos o projeto “Resgatando a minha história e a de minha cidade”. Pretendo agora, iniciar com as sugestões das páginas 83, 84 e 85, para tentar avaliar o estágio em que meus alunos se encontram para saber a melhor maneira de auxiliá-los.
Aproveitando o dia das mães, fizemos uma pesquisa de como era a infância da mãe (brincadeiras e brinquedos, passeios, escola, roupas, amigos etc). Em sala, formamos um paralelo entre a sua infância e a de sua mãe. Assim, as crianças poderão analisar as diferenças entre os elementos de épocas diferentes (sugestão pág. 91) A partir do dia das mães, então, iniciamos a história de cada um, fazendo uma reflexão sobre as perguntas:
# Como iniciou a minha história?
# O que já vivenciei até os dias de hoje?
# Como foram meus primeiros dias, meses e anos?
Então, solicitei para que as crianças começassem a coletar dados de sua vida, desde o nascimento e que trouxessem fotos para ilustrar os acontecimentos. Surgiram várias lembranças, que foram sendo anotadas em uma tabela. A partir desta tabela, criamos a linha de tempo, com base nas pág 110 e 111.
Eu fiz as linhas de tempo com minhas turmas e foi maravilhoso... O resultado superou minhas expectativas.
As famílias deram um grande auxílio na coleta de dados e de material (fotos), mas não vou mentir, foi bem difícil de fazer com que eles compreendessem a passagem do tempo em uma linha. Inicialmente, começamos em folhas brancas, mas como percebi que não estavam conseguindo fazer, criei uma matriz com uma linha, dividida em anos e esses anos com doze espaços, não sei se deveria ter feito isso, mas daí sim eles começaram a compreender. Então eles iniciaram completando com o ano do nascimento até o ano atual e marcando os meses de cada ano.
Em seguida, consultavam a tabela, localizavam a data e o acontecimento e escreviam na linha do tempo. Cada um queria me contar o que havia descoberto sobre sua vida. Adorei esse momento, pois percebi que muitos desconheciam fatos de seus primeiros anos.
Acredito que para as crianças, o fato de sentar com a família, olhar fotos e saber o que aconteceu no passado e organizar esses acontecimentos em uma linha visível foi muito significante para que conseguissem aperfeiçoar suas noções de temporalidade. As linhas de tempo ficaram ótimas...

domingo, 4 de maio de 2008

Vídeo Balance

Gostaria de socializar a impressão que eu tive do vídeo Balance e demonstrar o quanto é possível tirar conclusões e aprender muito a partir de um vídeo. A idéia valeu como sugestão para trabalharmos com nossos alunos também
mais esse instrumento pedagógico.

O vídeo retrata um universo um pouco diferente... Os habitantes daquele estranho universo viviam em uma certa “harmonia”, pois disso dependia a própria sobrevivência. Um precisava do outro para conseguir permanecer vivo. Mas, na verdade, a aparente união que havia entre aqueles seres era com objetivos puramente individuais. Quando um deles dava um passo, os outros todos também viam-se obrigados a dar o mesmo passo para que o equilíbrio continuasse. Além disso, o aparente equilíbrio era mantido, visto que seus moradores estavam na mesma posição frente ao universo, todos dispunham dos mesmos objetos e até das mesmas vontades. No entanto, quando algo novo surge, pelas mãos de um único ser, causa inveja, a discórdia e a busca pelo poder entre os demais, mesmo que para isso seja necessário acabar com os outros indivíduos e até mesmo causar um desequilíbrio em seu universo.
Eu vejo uma complexa relação entre as atividades humanas com as mudanças em nosso sistema, pois a partir do momento que uma pessoa age individualmente de forma que possa causar algum prejuízo ao meio ambiente, está alterando o equilíbrio desse sistema. Além de que, as ações individuais, com o tempo passam a ser coletivas.
Os graves problemas ambientais da atualidade têm diversas origens, destacando-se aqueles causados pelas atividades industriais, agrícolas e urbanas que vêm colocando em xeque o futuro da humanidade e do planeta. Se nós não cuidarmos bem da água, solo, da natureza como um todo, do ar, nossa existência está com os dias provavelmente contados! Como os seres daquele universo, que foram sucumbidos pela ganância e pela necessidade do poder sobre os demais. A necessidade do poder supera até mesmo a própria sobrevivência da espécie humana.
A partir do momento em que o ideal do ser humano não está mais apenas na sobrevivência e sim em adquirir e aumentar suas posses, os cuidados com a sobrevivência do planeta estão em segundo plano. Vemos indústrias riquíssimas, que, para aumentar seus lucros e evitar despesas extras, sacrificam a vida de animais e cursos de água, conseqüentemente, sacrificam a vida de outras pessoas e a sua também, que dependem das águas e do ar para sobreviver, esquecendo-se que sem os outros não se ganha o que quer, como o ser do filme, que precisou destruir a todos para ficar de posse daquela caixa, mas ao final, sem os outros, ele também não poderia ficar com a caixa. Enfim, destruiu-se a si mesmo. Assim como o ser humano, que ao destruir a natureza (seu universo) irá destruir a si mesmo.

O vídeo nos faz pensar em imagens da atualidade:






sexta-feira, 2 de maio de 2008

Campo Aditivo



A partir da leitura da reportagem Campo Aditivo,na revista Nova Escola do mês de maio de 2007, percebi a necessidade de explorar bem o campo aditivo para que as crianças saibam interpretar e resolver situações problemas criados em sala de aula, mas também em seu contidiano. A resolução de problemas não deve ser apenas uma forma de exercitar o que já foi ensinado, mas sim uma estratégia que orienta e provoca aprendizagens. Sendo assim, é de extrema importância que os professores criem situações nas quais os alunos possam criar estratégias para encontrar o resultado, explorando as diferentes maneiras que se pode chegar ao resultado.




Link para a reportagem:





quinta-feira, 1 de maio de 2008

Trocando experiências!!!

Gostaria de compartilhar uma atividade que realizei com minha turma e que foi muito legal:

BOLICHE DAS CORES


Como Jogar: Cada cor vale uma pontuação que varia conforme a idade das crianças. Como trabalho com terceira série, imaginei a seguinte pontuação:

ROSA: 10 pontos
VERDE: 20 pontos
AZUL: 40 pontos
VERMELHO: 100 pontos



Uma criança de cada vez joga uma bola de meia contra os pinos do boliche e registra em sua planilha os pinos que conseguiu derrubar e calcula a sua pontuação:


Faixa etária: Crianças do Ensino Fundamental, sendo que para cada idade deve ser dado um valor diferente para os pinos.

O que desenvolve: Além de entreter e divertir, jogo de boliche exercita a coordenação motora, a direção, a análise de estratégias, proporcionando momentos de convivência coletiva que desenvolvem os contatos sociais e as relações emocionais. Com a contagem dos pontos o alunos está aperfeiçoando sua capacidade de cálculo mental e o raciocínio lógico.

Número de participantes: Pode-se jogar com a turma toda ou com pequenos grupos de alunos.


Aplicação da atividade: Realizei o boliche com toda a turma junta. Afastamos as mesas e sentamos no chão em um grande círculo. Fiz a tabela para a pontuação em uma matriz. Cada aluno recebeu a sua tabela para o controle dos pontos.
Um aluno de cada vez atirava a bola de meia e anotava a sua pontuação. Percebi dificuldade das crianças em acertar as garrafas, muitos jogavam a bola bem longe e não acertavam nenhuma garrafa. Inicialmente, eu imaginava que cada aluno faria o seu cálculo, mas o que aconteceu foi que a turma toda acabava somando os pontos dos colegas. Alguns usavam os dedos para somar a sua pontuação e contavam de 10 em 10.
Adorei realizar essa atividade e as crianças também. No início elas faziam os cálculos com mais lentidão e, como já falei, usavam os dedos, mas depois de um tempo de jogo, a turma já calculava mais mentalmente.
Eles deram a idéia de jogarmos outro dia com pontuações mais altas. Isso mostra que já estão tendo facilidade de calcular mentalmente os números mais baixos e já se sentem à vontade para seguir além. Quando eu percebia que alguns alunos não conseguiam fazer a soma e apresentavam maior dificuldade, levava-os a pensar na base 10, já que com esse material a turma já compreende bem. Assim fazia algumas intervenções necessárias:

**Quantar barrinhas vale o pino rosa?
**Quantos pinos rosa você derrubou?
**Então quantos pontos você fez?

Como eu percebi que alguns alunos acabavam não somando, pois os colegas falavam a resposta, para uma próxima vez criaria duplas, onde um joga e o outro soma a pontuação do colega, sem que a turma possa dar as respostas. Talvez também não sentaria os alunos em círculo, pois eles se empolgam muito e acabam se aproximando muito e quase fecham o círculo.